COLE SPROUSE
— Lili... — repito baixinho.
Essa garota realmente merecia um nome assim. O que eu quero dizer é um nome suave, bonito, delicado... coisas que essa menina é.
Ela estava me encarando, assim como eu encarava ela. Dou um sorriso fraco, dizendo:
— Parece que vai ter que me aguentar, Storm Girl. — mexo em uma mecha de cabelo sua. Seus dedos seguram minha mão e tiram de lá.
— Já sabe meu nome, por que continua me chamando assim? — ela pergunta sem olhar nos meus olhos. Suspiro e me apoio na mesa.
— Me acostumei. — ela ergue a sobrancelha e olha em minha direção.
— Nos conhecemos a dois dias. — ela fala como se fosse o óbvio, e é.
— Eu sei. — ela revira os olhos e começa a rabiscar alguma coisa em seu caderno.
***
— Certo, entenderam? — escuto a voz da professora gritar. Levanto a cabeça, assustado, e vejo Storm Girl ao meu lado rindo. — Sr. Sprouse, você entendeu?
— Sim, claro. — falo meio atordoado. Essa aula rende algumas horinhas de sono, e para alguém como eu que não dormi foi ótimo.
— Perfeito! — a professora bate palmas. — Quero os trabalhos para semana, sem ser na próxima, a seguinte! Então agilizem! Estão dispensados.
Vejo todos os alunos começarem a sair da sala. Uns animados outros meio se rastejando, eu sou o que rasteja com toda certeza. Enquanto ia em direção a saída vejo Lili passar por mim, agarro seu braço e puxo em minha direção.
— Vamos fazer esse negócio quando? — vejo ela respirar fundo quando passo o braço em torno de seus ombros.
— Não sei. — ela dá de ombros e tira minha mão de seu ombro. — Em casa eu tenho vários materiais, você talvez pudesse ir lá.
Um sorriso involuntário surge em meu rosto. Tê-la por uma tarde inteira seria tudo o que eu mais precisava.
— Claro. Quando? — vejo Tiera passar ao meu lado.
— Cole. — ela beija o canto da minha boca. — Você pode nos dar licença?
Tiera faz um movimento para que Lili saia dali, ela concorda e começa a ir em direção a outra sala de aula. Viro o rosto e me deparo com Tiera próxima de mim.
— Quem era ela? — ela mexe no meu cabelo.
— Minha dupla de arte... — falo, segurando sua cintura e a puxando para a próxima aula que eu sei que temos juntos.
— Minha dupla é um cara estranho, talvez pudéssemos pedir para mudar, o que acha? — Tiera me sugere, se isso fosse a dois ou três dias atrás, com toda certeza aceitaria. Mas tinha algo em Lili que me fazia querer conhecê-la mais.
— Vamos deixar para a próxima. — beijo sua boca, e depois entro na sala de aula.
***
— Ei! Lili! — a aula tinha acabado a pelo menos meia hora, e nesse tempo eu vasculhei cada pedaço dessa escola procurando pela Storm Girl, que no final estava sentada na porta de entrada da escola.
Vejo seus olhos verdes se levantarem em minha direção, e mais uma vez eu me questiono se ela sabe do quanto é encantadora. Suas pernas estavam dobradas junto ao peito, vi os fones de ouvido cairem ao seu lado, em cima de sua mochila e alguns livros.
— Lili? — me sento ao seu lado. Ela batucava a mão em cima do livro e cantarolava uma música baixinho.
— Sim? — ela fala sem realmente me olhar. Tinha vontade de segurar seu queixo e obrigá-la a olhar em minha direção.
— Vamos fazer o trabalho quando? — vejo ela arregalar um pouco os olhos e depois tirar os fones o ouvido, suas mãos estavam levemente sujas de tinta.
— Estou surpresa de que queira fazer um trabalho... — ela fala de cabeça meio baixa. Levanto a sobrancelha, confuso.
— Vale nota. — dou de ombros e me deito no gramado.
— Então se o trabalho não valesse nota não ia se importar tanto assim? — ela, finalmente, olha em minha direção novamente.
— Se minha dupla não fosse você? Talvez não ligaria. Mas se fosse você, escalaria paredes se precisasse. — falo. Vejo ela ruborizar de leve e virar a cabeça rapidamente.
— Não prefere Tiera? — ela faz algo inesperado, se deita ao meu lado no gramado. Um esboço de sorriso começa a aparecer no meu rosto.
— Se falasse que sim você ia se incomodar? — ela dá de ombros ao meu lado.
— Acho que não faria diferença, você não sabia da minha existência até ontem. — ela coloca as mãos em cima da barriga.
— Má sorte a minha. — olho em sua direção, ela fecha os olhos e dá uma risadinha, ruborizando ainda mais. — Quando você acha que podemos fazer o trabalho?
— Eu não sei, já tenho ideias de obras na minha cabeça, então seu trabalho seria mínimo. — ela abre os olhos mas depois fecha de novo por conta dos poucos raios de sol.
— Entendo... — olho pra cima também e fecho os olhos. Conseguia escutar sua respiração ao meu lado.
— Lils? — escuto uma voz feminina chamar. Sinto Lili ao meu lado se levantar rapidamente, me levantei rapidamente sentindo minha cabeça rodar de leve. Quando consegui normalizar a minha visão e não sentir que estava entrando em um universo paralelo ou coisa so tipo, vejo uma garota baixinha parada na nossa frente. — Está fazendo o que aí, artista?
— Nessa, oi. — vejo Lili ir correndo na direção da tal Nessa e falar algo baixinho com ela. Era cômico ver Lili corar toda a vez que Nessa olhava em minha direção e ria. — Você está viajando! — consigo escutar a voz de Lili falar enquanto ria.
Vejo Lili se virar e pegar sua mochila, correndo e sem olhar em minha direção. Parecia envergonhada e mais tímida do que o normal. Tento imaginar o que Nessa falou a ela para se comportar desse jeito.
Antes que ela pudesse se afastar de mim de fato, agarro seu pulso e puxo em minha direção. Suas bochechas se tornam rosadas e seus olhos esverdeados se arregalam em minha direção. Rio de seu desespero tirar o nosso contato através dos pulsos.
— Só queria dar lhe um beijo de despedida... — digo e vejo ela se engasgar com a própria saliva.
— Cole, me desculpe mas é que... — ela se embola para falar. Ignoro isso e puxo seu rosto, o virando e depositando um beijo em sua bochecha vermelha. — Nos vemos amanhã?
Ela concorda e vai até Nessa, que estava rindo de sua cara.
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storm.
Fiksi Penggemarfic. 𝘀𝗽𝗿𝗼𝘂𝘀𝗲𝗵𝗮𝗿𝘁. + 🪜 】 Todos nós temos seus medos. Altura, aranhas, medo de escuro, que alguém puxe seu pé no meio da noite; e isso é normal. Mas o que todos nunca imaginariam era que Cole Sprouse, o garoto popular e rei dos joguinh...