Princesa da Corte Noturna

Capítulo 35

Tamlin tirou as proteções para eu poder sair, mas estavam todos em cima de mim, não pretendiam me perder de vista, não me deram nem um cavalo, tive que cavalgar com Jurian, Chegamos à muralha sem incidentes. Feyre parecia cansada, ficou procurando sinais de que Dagdan e Brannaghes tivessem usando a influência de daemati em mais alguém, e novamente fiquei sentindo que não estava ajudando-a em nada.

— A fenda na muralha fica bem ali — disse Lucien.

 Pisando nas flores cor-de-rosa caídas, Dagdan e Brannagh passaram para o lado do feérico, desci do cavalo, e Jurian saiu serpenteando para avaliar o terreno, as sentinelas permaneceram com as montarias.

— Quem partiu a muralha aqui? — perguntou Brannagh. 

Ele analisava o buraco que não conseguíamos ver — a própria muralha era completamente invisível —, mas sentíamos, como se o ar tivesse sido sugado em um ponto.

— Não sabemos — respondeu Lucien,  — Alguns dos buracos simplesmente apareceram ao longo dos séculos. Este mal é largo o bastante para uma pessoa.

— Claro — falo rindo.

— O que você sabe? — pergunta Lucien.

— Nada que eu deseje compartilhar com vocês. — falo.

Sinto ela arranhar meu escudo, minha cabeça doí. — Vai nos contar, não é?

— Sai da minha cabeça, sua vadia — falo — Tudo bem, pelo que eu estudei, só grandes choques podem rachar a muralha, como uma grande explosão de poder, ou dois poderes distintos se chocando, como água e fogo, mas só rachar, as aberturas acontecem com o tempo.

Todos me olharam curiosos. — O quê? Eu sei muito mais do que digo, e não porque sou velha, mas porque estudo.

— Que gracinha, temos uma enciclopédia ambulante. — debocha a princesa

— Sim, sabe, eu sei como quebrar um laço de irmandade, mas no lugar que eu li, dizia que eles não conseguiam sobreviver depois que partia o laço, interessante, não? — minto. 

Ela faz cara de espanto e raiva, e parece prestes a me atacar.

— São apenas 3 buracos mesmo? — interrompeu Jurian, ao que parecia ela queria arrancar minha cabeça.

— Tem mais um ao longo da costa, a cerca de 1,5 quilômetro. — diz Lucien

— É inútil para eles, por isso não comentei desse — falo

— Como sabe que é inútil? — questiona Jurian.

— É útil? — pergunto

— Não— responde

— Tá vendo.

— Você sabe de mais sobre isso, pra quem quer manter a muralha. — fala ele.

— Eu sei de mais sobre tudo querido, não se engane, eu vivo com criaturas de mais de 15 mil anos — respondo.

— A prisão, certo? — fala ele

— Vamos dizer que sim.

— O continente certamente também deve ter trechos. — fala Feyre

— Suas rainhas têm um poder ainda mais fraco sobre o povo que vocês — revelou Dagdan. Tomei aquele fragmento de informação, estudando-o.

— Deixaremos que explorem, então — falou, gesticulando para o buraco. — Quando tiverem terminado, cavalgaremos para o seguinte.