Capítulo 21 - Ramé

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Será uma miragem? Ou eu realmente voltei em 3 dias?
Vamos bater um papo no final do cap, boa leitura.

Ramé; do balinês: algo ao mesmo tempo caótico e alegre.

Point of view Sarah Andrade 

Acordei no dia seguinte sentindo meu braço levemente dormente pelo peso que se encontrava acima dele. O corpo de Juliette estava parcialmente em cima do meu, uma de suas coxas estava sobre as minhas e suas cabeça se encontrava sobre meu ombro e meu braço estava abaixo de seu corpo em um abraço desajeitado, ela ressonava baixinho e parecia cansada.

Na posição que nos encontrávamos, seria difícil se soltar sem acordá-la, mas para minha surpresa, consegui, Juliette apenas agarrou meu travesseiro e continuou imersa em um sono profundo.

Levantei e fui direto ao banheiro, tomei um rápido e vesti um short jeans e uma regata branca, sai do quarto com todo cuidado possível para não acordá-la.

Olhei o visor do meu celular e já marcava quase 8hrs da manhã, para minha sorte Noah não teria aula devido a uma reunião de professores ou então ele estaria muito atrasado. Quando cheguei parei em frente a porta de seu quarto, abri lentamente e tive a visão do meu filho deitado assistindo a um desenho aleatório abraço a lua de pelúcia que Juliette havia me dado no dia em que fomos ao parque, sorri com a cena e me aproximei.

- Bom dia, bebê. - falei assim que me sentei na cama ao seu lado e ele se sentou imediatamente em meu colo.

- Dia, mommy. - respondeu entusiasmado me dando um beijo estalado na bochecha.

- Vamos escovar os dentes e ir fazer nosso café da manhã? - perguntei e Noah assentiu, pulando para fora da cama.

- Tia Ju, foi embora? - perguntou assim que me aproximei com o banquinho o colocando de frente a pia, para que Noah subisse.

- Não, meu anjo, ela ainda está dormindo. - falei e Noah começou a escovar os dentes, ele estava crescendo, a cada dia se tornava mais independente e passava a errar menos as palavras na hora de falar.

- Vamo levar café pa ela, no quarto mommy? - perguntou assim que terminou.

- Claro, meu amor. Acho que ela vai gostar bastante né? - falei e ele concordou com a cabeça.

Descemos para a cozinha, e Noah logo pediu para que fizéssemos panquecas, confesso que eu não levava muito jeito, quem fazia sempre era Mari, mas hoje era sua folga, então eu não teria pra onde correr.

Preparei a massa, me certificando de ler a receita pelo menos umas cinco vezes antes de colocar os ingredientes, Noah se divertiu fazendo sua costumeira bagunça para mexer a massa com uma espátula.

A pior parte estava sendo virar as panquecas na frigideira, eu havia queimado a primeira e Noah só sabia rir da minha cara de decepção, após alguns minutos, havia acabado de fazer e estava apenas esperando o café ficar pronto, quanto fazia um suco para Noah.

Arrumamos tudo em uma bandeja, picamos algumas frutas e colocamos em um recipiente, juntamente com os pratos com as panquecas, as xícaras de café e mais algumas coisas, Noah estava levando seu colo com suco na mão, e havia insistido para que eu colocasse uma flor junto na bandeja.

Foi difícil subir as escadas equilibrando tudo e ainda ficar de olho para que o pequeno não caísse, seguimos até o quarto e Noah empurrou a porta. Pra minha sorte, Juliette havia se vestido logo depois de tomar um banho durante a madrugada.

Coloquei a bandeja sobre a mesa de cabeceira e ajudei Noah a subir na cama, ele se deitou ao lado de Juliette e ficou a encarando, suas mãozinhas seguiram lentamente até os cabelos castanhos que estavam espalhados pelas costas da morena e começaram um leve carinho, me derreti inteira com a cena, apesar de Noah ser uma criança doce e tranquila, ele apenas demonstrava algum tipo de carinho com meus pais, Kerline, Thais, o casal Gicela, Laura e Gil, Juliette havia chegado a pouco e se tornado extremamente importante, não sou para ele, mas para mim também.

Fireproof - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora