Capítulo 9 - Sangue na mata.

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ANNE

Quando cheguei em casa, meu pai não estava, pra variar.

É um alívio de certa maneira, tenho certeza de que se ele olhar na minha cara vai começar a falar dela, torço para que eu já esteja dormindo quando ele chegar.

Chase está correndo pela casa inteira e o meu quarto está com o delicioso aroma de bacon do café da manhã, abro a janela e troco as roupas de cama mesmo sabendo que ele vai sujar elas daqui a 5 segundos.

O que será que o Max deve estar fazendo agora? Provavelmente rabiscando alguma coisa no caderno dele, ou sei lá. Não faço ideia dos hobbies dele, nos conhecemos ontem então acho que faz sentido. É bizarro ele não sair da minha cabeça? Provavelmente sim, mas vou ignorar por enquanto, sábado eu resolvo.

Quando a minha linha de pensamentos se perde, já estou no sofá com Chase no colo. Certamente é assim que eu passo a maior parte do meu tempo, se esse cão pudesse falar, ele saberia falar todas as regras de reality shows.

Não demoro muito pra ir pra cama, mesmo não sendo muito tarde.

Chego cedo à escola, não conseguia dormir mais de qualquer maneira, e Max já está aqui

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Chego cedo à escola, não conseguia dormir mais de qualquer maneira, e Max já está aqui.

Sentado encostado numa árvore, uma camiseta preta e a mesma jaqueta jeans de novo, mangas puxadas, uma pulseira e fones de ouvidos, alegre e saltitante como o habitual. Mas, tem um curativo no braço, manchado de sangue, seja lá o que aconteceu não estava aí antes, na verdade era onde o chip foi injetado.

O que esse garoto fez?

— Vou sentir falta dos leõezinhos, eram fofos. — Digo enquanto me sento do lado dele. — Bom dia aliás, o que aconteceu nesse braço?

— Caí de uma árvore, — Ele sorri e justifica, mas nem ao menos tentou me fazer acreditar. — ou encontrei um cachorro raivoso, não me lembro.

— No mesmo lugar do chip? Que coincidência. — Me preparo pra fazer mais perguntas, mas sou interrompida por um estrondo e um barulho de metais pequenos caindo no chão, talvez moedas.

Vejo um sorriso de canto de boca em Max. Ele está aprontando alguma coisa.

Nos levantamos e vamos em direção ao barulho, onde várias pessoas já se juntavam, com risadinhas e comentários em voz baixa.

Alex Davis estava abaixado mexendo nas peças de metal no chão, vendo de perto percebo que eram chaves, muitas chaves.

Provavelmente caíram quando ele abriu o armário. Ele chuta as chaves para todos os lados e se aproxima muito do meu rosto.

— Você acha que vai se livrar dessa, né? — Alex fala entredentes, o hálito quente chegando ao meu rosto. — Ontem eu fiquei trancado para fora de casa porque alguém pegou as minhas chaves.

Punhal e GarraOnde histórias criam vida. Descubra agora