Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Mesmo não sendo sua primeira vez naquela empresa, o tamanho do prédio ainda parecia assustador quando Jeongguk olhava para cima, e os espelhos que revestiam o edifício de mais de vinte e cinco andares refletiam a luz do sol.
Jeongguk tinha de prensar os olhos sensíveis à luz, às vezes até cobrir o rosto com a mão, formando uma sombra agradável sobre os globos oculares, tudo isso para poder contemplar a magnitude da sede da Beauty Petal. Só de pensar que havia a possibilidade de conseguir um emprego naquela empresa todos os seus pelos se arrepiavam, até mesmo os que ele achou que não podiam sofrer tal reação.
Ele engoliu em seco e seguiu para o hall de entrada usando o melhor jeans que tinha no armário, uma blusa bem passada larga em seu corpo e uma jaqueta amarela que combinava com o tom de pele. Nos pés, a bota ortopédica fazia barulho ao bater contra o chão bem revestido da recepção da empresa.
Puxa vida, até mesmo o chão é incrível!
— Em que posso ajudá-lo? — perguntou a bela recepcionista que usava um coque alto prendendo os cabelos pretos, olhos puxados e bem miúdos espremidos por conta do sorriso simpático.
— Eu me chamo Jeon Jeongguk. Vim para uma entrevista de estágio — disse ele, brincando com os dedos sobre o estômago.
Enquanto a recepcionista procurava algo no computador, Jeongguk não percebeu os passos de outra pessoa chegando por trás dele, apenas se deu conta de que mais alguém estava ali quando ouviu o baque pesado de uma caixa de papelão sobre a enorme bancada na qual a recepcionista se resguardava.
— Park Jimin é um tirano — disse a voz feminina, olhos chorosos a encarar a recepcionista.
— Boa tarde, Soyou — disse ela. — São suas coisas? — apontou, com a ponta da caneta, para dentro da caixa de papelão.
— Sim, são minhas coisas. Park Jimin me colocou no olho da rua como se eu fosse uma... uma...
— Uma estagiária? — Haru completou despretensiosamente sob o olhar atento e ao mesmo tempo assustado de Jeongguk.
— É! Ele simplesmente me demitiu ontem e hoje eu vim assinar a papelada e buscar minhas coisas. "Gramática infantil" — balbuciou, imitando a voz do antigo chefe. — Como que ele quer que eu saiba que item não tem mais acento?!
— Mas que coisa, Soyou — disse Haru tranquilamente, esticando-se para pegar o papel A4 que acabava de sair da impressora. — Aqui sua requisição de entrevista para o estágio. Boa sorte — disse ela para Jeongguk, entregando a folha em sua mão. Ele sorriu, curvando-se minimamente.
Então Soyou, descabelada e realmente arrasada com a demissão que não fora de forma alguma repentina (Jimin vinha dando indícios de insatisfação há meses), percebeu que aquele garoto bonitinho de franja comprida ao seu lado era o pobre coitado que assumiria seu lugar como estagiário.
