Capítulo 07 • Antes de Ir, Podemos Conversar?

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#botinhadecristal

— Aqui liga o rádio? — Jeongguk apertou em um botão aleatório no painel do carro, ouvindo, de repente, o som de uma guitarra meio desafinada inundar o ambiente fechado

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— Aqui liga o rádio? — Jeongguk apertou em um botão aleatório no painel do carro, ouvindo, de repente, o som de uma guitarra meio desafinada inundar o ambiente fechado. — Nossa!

— É aí, sim, acho que já descobriu — respondeu Taehyung, olhando o sorriso triangular que Jeongguk carregava nos lábios róseos.

— Esse carro tem muitos botões. — Olhos enormes analisavam os botões coloridos do painel, seus dedos formigando de curiosidade.

— E desconfio do seu impulso de querer apertar todos e saber o que eles fazem.

— Caramba, nem me fala! — Jeongguk disse, encarando as luzinhas. Ele nem fazia ideia da função de todos aqueles botões. — Mas e se eu apertasse um e, sei lá, o seu air bag fosse ativado? Eu ia causar um acidente horrível! Quero nem pensar!

— Meu Deus, Jeongguk! — Taehyung gargalhou, parando em um sinal vermelho. — Nenhum desses ativaria o air bag.

— E como eu poderia saber?

— Eu estou te dizendo.

— É, mas e se você não me dissesse?

— Não foi o que aconteceu.

— É uma suposição, Tae! — resmungou e Taehyung assentiu, prestando atenção nele. — Se você não me dissesse e se eu apertasse os botões? Imagina só o prejuízo que eu ia dar. Já não basta o Sr. Park ter perdido aquele terno caro por minha causa, eu ainda iria danificar o carro do meu chefe.

— Você supõe coisas demais, mocinho. — Com o indicador, Taehyung tocou no nariz de Jeongguk, fazendo-o franzi-lo de uma forma adorável, daquele jeito que seus olhos se apertavam e ruguinhas adoráveis surgiam em suas têmporas.

O carro seguiu quando sinal foi aberto, e durante todo o caminho até a revista, Taehyung evitou encarar Jeongguk, pois queria ignorar o coração que batia forte todas as vezes que ele sorria, ou falava alguma coisa presumidamente boba, mas que era a coisa mais importante do mundo para Taehyung, desde que fosse ele a dizê-la.

Almoçar com Jeongguk foi uma das experiências mais encantadoras que Taehyung já havia tido. Nunca tinha conhecido alguém que carregasse consigo tamanha doçura, bondade e inocência. Jeongguk era a personificação da pureza e aquilo, de certa forma, chegava até a preocupá-lo.

Ele não achava que Jeongguk era burro ou bobo, mas a bondade, por vezes, cegava — ele mesmo se usava como exemplo —, e a bondade de Jeongguk podia ser aproveitada por pessoas mal intencionadas, e Taehyung nem mesmo conseguia pensar no que faria caso se deparasse com alguém (talvez alguém que estivesse perto demais dele) tirando vantagem daquela característica explícita que ele carregava naqueles olhos brilhantes e sorriso de coelho.

Chegaram à revista e Taehyung estacionou o carro no meio de uma dissertação sobre a receita de geleia de maçã de Jeongguk, que era a preferida de Soobin, seu irmão.

Pétala de Cristal • TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora