○Capítulo 2●

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S/n:

Renasci no mundo dos humanos, com um corpo humano e sem me lembrar de nada da minha vida passada e nem sei se algum dia irei me lembrar. Fiz isso para tentar achar uma forma de proteger meu povo e ajudar os meus dois irmãos, mas sem lembrar de nada vai ser um pouco difícil, mas sou eu, sempre dou um jeito. Renasci como uma humana, fraca, nada mais de princesa e tudo esse universo, na cidade dos ladrões, aqui ou você é ladrão ou morre de fome.

Meus pais humanos nunca quiseram uma filha e eu caí de paraquedas. Ah também a culpa não é minha, eles que não fizeram as coisas direito.

Minha mãe acabou morrendo no parto e assim foi a primeira vez que eu matei uma pessoa nessa vida e meu "pai" faz questão de jogar isso, literalmente, quase todos os dias na minha cara. Éramos só ele e eu por alguns 6 anos, a pobreza era muito grande, mas ele nunca se esquecia da garrafa de bebida, o que me fazia sentir muita raiva dele.

Eu saia todos os dias, roubava quem eu podesse e ele ainda usava isso pra beber e mal sobrava pra comida e coisas básicas, além de ser bastante violento quando eu não conseguia nada. Teve uma noite que eu senti tanta raiva, mas tanta que acabei destruindo toda a casa, um poder enorme saiu de dentro de mim e eu não sei explicar. Então com seis anos eu matei pela segunda vez, mas não conseguia me lembrar direito, só lembro de uma parte do meu corpo ficar todo preto e então um apagão na minha cabeça.

Quando acordei vi o corpo dele atirado no chão e não senti remorso nenhum, pelo menos agora eu não ia apanhar mais e o que roubasse ia ser meu. Além de ter certeza que ele ia arder no inferno. Sai daquela casa que por fora parecia normal, mas por dentro estava destruída e fui até uma velha biblioteca, ninguém vai lá e já fechou faz séculos. Montei minha nova casa lá, era só pra dormir mesmo e eu não preciso de muito luxo.

Depois de algum tempo, um casal que morava ao lado, me parou no meio da rua. Dizendo que tinham um serviço pra mim e que eu ganharia muito dinheiro.

S/n: o velhota, tá me achando com cara de idiota? Desde quando você ajuda as pessoas?

X: você só vai ter que entrar dentro desse barril.- falou mostrando uma moeda e o barril.

S/n: essa moeda é falsa, se me dão licença eu tenho mais o que fazer.

X2: cala a boca e entra de uma vez!- falou o homem me agarrando e tentando me colocar lá dentro. Mas, como sempre fui boa em lutar fiquei me debatendo e acabei dando alguns tapas nele, que deixou marcas. A mulher acabou pondo um pano na minha cara e desmaiei.

Acordei depois de um tempo, com o barulho de uma carroça e um outro garoto gritando. Como eu estava dentro daquilo, não conseguia ver nada, mas pelos barulhos o outro menino devia estar na mesma situação que eu.

X: tem certeza que vão comprar eles?- falou a mulher.

X2: lógico! Viu os olhos daquela menina? Aposto que aquele velho rico vai pagar muito por ela, qualquer coisa a gente da ela junto desse garoto pra mulher que mata crianças, ela tá sempre precisando.

Nem pensar que eu vou ser vendida pra um velhote que maltrata crianças. Esse velho tá quase todo mês comprando meninas. Tentei de todas as formas bater na entrada no barril, mas acho que ela tá a sentada em cima.

S/n: ABRE ESSA BAGAÇA AGORA!

X: nem pensar!

X3: tem outra pessoa aqui?- escutei aquela voz do menino.

S/n: claro que tem! Tava se achando especial é?

De repente a carroça parou e eles começaram a ter uma espécie de discussão lá fora. Aproveitei esse momento pra fugir e o menino também.

Reencarnação Do Amor [NNT]Onde histórias criam vida. Descubra agora