○Capítulo 13●

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S/n:

Sempre que podia fugia do palácio e ia até a vila onde Ba-an morava. O que era meio fácil, já que todos estavam em volta da gravidez da minha mãe e Meliodas no mundo da lua com as batalhas contra as deusas.

O mundo em guerra e eu e Ba-an no meio da floresta, fazendo piqueniques, conversando, vivendo num mundinho só nosso e era perfeito. Logo vimos que amávamos um ao outro e levamos nossa amizade a outro nível.

S/n: Oiii!!- falei chegando na casa dele toda animada. Sempre me recebia com um sorriso e um olhar apaixonado, mas dessa vez ele estava com um olhar cansado e triste- aconteceu alguma coisa?

Ba-an: nada minha princesa.. Vamos caminhar um pouco?- pegou um cesto e fomos pro meio da floresta, como sempre.

S/n: por que você tá assim? Não falou uma palavra desde que saímos, só fica me escutando tagarelar.- falei me sentando do lado dele embaixo de uma árvore.

Ba-an: gosto de ouvir sua voz... Não sei se deveria te contar isso.

S/n: agora você vai falar. O que aconteceu?

Ba-an: alguns guardas do seu pai fizeram um acordo com o chefe do vilarejo. A guerra deles tá cada vez mais perto daqui, não vai demorar muito pra acabarem te vendo.

S/n: eu tomo cuidado, ninguém vai me ver não.

Ba-an: eu sei que você gosta de como estamos, mas eu não sei se consigo seguir com isso desse jeito.

S/n: o que você quer dizer com isso?

Ba-an: você nunca vai falar de mim pra sua família?

S/n: é complicado, você sabe. Como você imagina que o rei demônio vai reagir sabendo? Não é fácil ser princesa.

Ba-an: tô pouco me importando com você ser princesa, ou qualquer coisa! Eu quero ficar com você, sair com você na frente de todo mundo, ter uma vida normal, casar, ter filhos. Não aguento mais deitar na cama sozinho e torcer pra você aparecer e não me esquecer.

S/n: casar? Não sabia que você pensava nessas coisas.

Ba-an: mas isso não importa mesmo- ficou com uma cara pior- daqui a pouco vão destruir tudo isso e você vai só voltar pra sua casa e se esquecer de mim- se levantou- olha, é melhor você ir logo que logo seu irmão aparece, eu vou pra casa.- começou a caminhar em direção a casa dele.

S/n: ba-an, espera..

Meliodas: maninha?? Esse humano tá te incomodando?- falou aparecendo do nada e me puxando pra trás dele.

S/n: que? Não!

Meliodas: sabe que não deve chegar perto de ninguém sozinha! Vamos pra casa!- agarrou meu braço.

S/n: me solta!

Ba-an: tá machucando ela!

Meliodas: e o que você tem haver com isso?- falou ativando a marca de demônio e isso nunca é bom.

S/n: vamos pra casa, vem- falei puxando ele.

Felizmente consegui fazer ele voltar e não atacar ninguém,  claro que não foi de graça. Assim que ele chegou contou tudo pra nossa mãe e distorceu todos os fatos, disse que ba-an estava me atacando no meio da floresta.

Mãe: pode deixar que eu converso com seu pai.

Meliodas: não, ele tem que ouvir da minha boca, foi eu que a encontrei.

S/n: você tá só inventando coisas, não se deu o trabalho de nem me perguntar!

Meliodas: você é inocente de mais!  Vai ter que se explicar pro nosso pai e pode deixar que eu mesmo conto.

Mãe: e vai contar pra ele também que abandonou sua irmã, e pelo visto não foi a primeira vez.

Meliodas: que?

Mãe: eu vou resolver isso e nem um pio pro seu pai! Ou os dois vão estar encrencados. Ou acha que ele não vai querer saber onde o capitão dos mandamentos anda indo enquanto diz que cuida da irmã?

Meliodas saiu batendo o pé e minha mãe foi comigo até o meu quarto, me fezendo contar tudo. Que para minha surpresa, não ficou brava, na verdade estava muito feliz por mim.

Mãe: pelo menos alguém dessa família sabe como é o amor de verdade, mas e agora? Se seu pai descobrir...

Os dias foram se passando e Meliodas todos os dias na minha cola, a cada passo que eu dava ele e os mandamentos vinham atrás. O que acabou ocasionando em diversas discussões nossas, até ele realmente me ouvir sobre como me sentia e como amava o Ba-an e que ele também gostava de mim. Só que só falar não era o bastante, Meliodas queria ir falar com ele. Estava banhando o irmão mais velho ciumento.

Quando os dois realmente se conheceram viraram até que amigos, e Meliodas me ajudou a encontrar ele.

Meliodas: você gosta mesmo dele, não gosta?

S/n: muito!

Meliodas: sabe que nosso pai nunca vai permitir, o único jeito seria vocês dois fugir. Estão mesmo dispostos?

Ba-an: por ela eu até enfrentaria ele.

S/n: tá falando sério?

Meliodas: eu posso ajudar se realmente quiserem ficar juntos. A nossa mãe está prestes a ganhar o Zeldris, vai ser fácil.

Concordamos e começamos a planejar tudo, Meliodas achou uma casa longe do reino, em um lugar protegido pelas deusas e fadas. Ba-an juntou tudo que poderíamos precisar e assim que nossa mãe entrou em trabalho de parto eu fugi do castelo pra finalmente ficar com o meu amado.

...

Tudo deu certo, o único que sabia onde estávamos era meu irmão que nunca aparecia, mas como eu sempre ficava sozinha no castelo eu não me sentia mal por ter feito aquilo. Afinal agora eu não estava mais sozinha, tinha alguém que realmente me amava e demonstrava isso todos os dias do meu lado. Era como se estivesse em um sonho ou o final daqueles livros infantis.

...

Tudo isso foi destruído, afinal tudo aquilo tinha sido só uma ilusão e eu imatura e apaixonada acabei acreditando no Meliodas.

Os 11 mandamentos invadiram nossa casa, destruíram tudo, nos levaram pro porão do castelo. Por ordem do futuro rei demônio torturaram ba-an na minha frente por dias até ele não aguentar mais, sem que eu pudesse fazer algo além de também ser torturada, fisicamente, afinal o rei pouco se importa com a própria família.

E minha mãe? Ela morreu de desgosto de saber o que a filha fez. Sem ela alguém precisaria tomar conta do Zeldris, meu pai disse que queria fazer um acordo. Eu voltaria pra cuidar dele e me tornaria um soldado, em troca ele não mandava Zeldris ser torturado, caso contrário matariam Zeldris e eu teria que viver com a culpa. Afinal ele já tinha eu e Meliodas, não precisava de mais ninguém.

Rei: sabe a diferença de você e seu irmão? Ele não é fraco como você. Então o que escolheu?

S/n: eu volto, mas você vai me dar um mandamento e nunca ninguém vai encostar no Zeldris.

Recebi o mandamento da lealdade, pra que nunca mais me traísse ou me enganassem.

Dias atuais

S/n: foi basicamente isso, tem coisas que eu não me lembro.

Ban: e o tal leilão?

S/n: pra garantir que eu não fugiria e fosse prós braços de um humano ele quis me dar pra qualquer um, a regra era o quanto eu menos gostasse melhor. Então eu fui atras do mago Gowther, o qual me amaldiçoou bem na frente de todos, qualquer um que pense eu ter um relacionamento comigo será destruído da pior forma possível de se imaginar.

Reencarnação Do Amor [NNT]Onde histórias criam vida. Descubra agora