□Capítulo 21■

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S/n:

Voltamos para a taberna e logo todos foram para os seus devidos quartos dormir, já não se aguentavam mais em pé. A única que não nos acompanhou foi Elizabeth, por morar no castelo.

Até cheguei a me deitar ao lado de Ban, mas as palavras de Aidan ficavam martelando forte na minha cabeça. Eu finalmente achava que tinha entendido algo sobre mim e isso acontece?

Assim que deitou Ban apagou, roncando consideravelmente alto, o que começava a me irritar ainda mais.

O sacudia, pra ver se pelo menos o barulho parava, mas só o fazia meio que gemer o nome da Elaine.

Já que Diane não tinha um quarto próprio, Ban deixou o dele pra ela e se instalou aqui. O que pra mim não foi muita novidade, já dividimos o quarto dezenas de vezes. Mas, hoje em específico, queria poder estar sozinha, em um lugar só meu, pra por a cabeça no lugar.

Na verdade o que eu queria era ir até aquele castelo ver se aquele rei estava bem ou não, cuidar dele...

Me cansei, já tinha perdido o sono mesmo. Me levantei e fui para o andar de baixo, indo até as bebidas e me sentando no balcão, olhando a parede e viajando em pensamentos, tentando forçar a minha cabeça a se lembrar de algo.

Era como se minha mente fosse uma sala, com janelas e portas trancadas, por diversos cadeados, fechaduras e madeira com pregos. As memórias estavam no lado de fora, a passos de mim, mas eu estava trancada.

Ou, como se eu fosse falar algo e me esquecesse na hora. A expressão "na ponta da lingua", me sentia assim o tempo inteiro, a todo momento.

Fiquei um tempo ali sozinha e acho que acabei bebendo de mais.

Diane: nossa! Já acordou?- falou descendo as escadas, se espreguiçando, ficou me encarando por um tempo-.. não dormiu, não é?

S/n: não. Minha cabeça tá cheia e o Ban não cala a boca. Fica roncando, parecendo um demônio vermelho velho e resmungando enquanto sonha.

Diane: cabeça cheia com a mudança, ou com certo rei?- falou roubando minha bebida pra tomar um gole depois de se sentar do meu lado.- nós todos vimos como você ficou preocupada.

S/n: eu meio que.. eu acho que falei que o amo e então ele me rejeitou, me mandou casar com o Ban e seguir a vida.- me estiquei e peguei mais uma bebida atrás do balcão. - o que eu não esperava. Eu queria que ele me pegasse nos braços e me beijasse. Tô, literalmente, sonhando com isso a dias.

Diane: como é? Você lembrou de mais alguma coisa? Você sabe que pode me contar, né? Sou sua melhor amiga.

S/n: você é minha única amiga aqui, a Merlin me da medo e a princesa é meio esquisitinha. Não fala pro Meliodas, mas eu não vou muito com a cara dela não... E não, não lembrei de mais nada. Eu disse que queria.

Diane: então como ama ele e não o Ban? Achei que Ban era seu grande amor. O negócio das ressurreição lá e não sei o que mais.

S/n: coisas que eu não lembro.

Diane: mas, antes do ataque a floresta, você já era apaixonada por nele.

S/n: completamente. Não era nem paixão, era amor mesmo. Nunca me imaginei sem ele e esse sentimento é bem claro na minha memória. Todos os acontecimento são como se fosse a dias atrás.

Diane: então?

S/n: é por isso que eu tô empurrando esse relacionamento com ele. Se eu já senti eu posso sentir de novo, eu me lembro de como era bom sentir aquilo...

Reencarnação Do Amor [NNT]Onde histórias criam vida. Descubra agora