○Capítulo 3●

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Ban:

Ban: pode cortar isso pra mim?- falei alcançando os temperos verdes, estávamos preparando o jantar juntos, como todos os dias.

S/n: onde tá a minha faca? Essas aqui não corta nada. Esquece, já achei.- falou vasculhando as gavetas e depois sentando em cima da bancada.

Continuei mexendo a panela do molho enquanto brincávamos um com o outro. De vez enquanto uma briga por ela sentar na bancada onde eu precisava usar para alguma coisa, ou ela ficar se fazendo pra eu acabar tendo que fazer tudo sozinho.

Ban: tá ficando frio, melhor ir por um casaco.

S/n: já volto, vou pegar um pra você também.- desceu da bancada e foi correndo até o nosso quarto, depois de alguns segundos eu escutei um barulho de algo caindo.

Ban: s/n? Tá tudo bem?- ela não respondeu, então resolvi desligar o fogão e ir lá.

Quando cheguei ela estava com um pouco de sangue na boca e deitada no chão desmaiada. Eu entrei em desespero, peguei o casaco e enrolei nela, peguei no colo e sai correndo de casa até o minúsculo hospital da vila. Quando entrei parecia que todos já sabiam o que estava acontecendo, um homem pegou ela dos meus braços e saiu correndo sei lá pra onde, enquanto algumas enfermeiras me seguravam e tentavam me acalmar. Me mandaram esperar em uma sala, levou algumas horas, que no momento pareciam uma eternidade, pra finalmente alguém ir falar comigo sobre o que aconteceu.

Médico: você que trouxe a s/n?

Ban: sim, sou eu. Como vocês já sabiam o nome dela? E só a levaram?

Médico: a s/n está se tratando aqui já faz alguns meses, você deve ser o rapaz que mora com ela, correto?

Ban: sim, Ban.

Médico: sabe se ela anda seguindo o que eu pedi?

Ban: me desculpa, mas eu tô totalmente perdido. A s/n tá se tratando? Deve ter um engano ela nunca fica doente, acho que nunca pisamos no hospital. Só hoje que eu encontrei ela daquele jeito.

Médico: ela não te contou?

Ban: contou o que?

Médico: eu não deveria te contar se ela decidiu, mas eu me preocupo com ela e acho que o senhor deveria saber, até para se preparar, afinal parece se preocupar bastante.

Ban: desembucha por favor, eu já tô ficando nervoso com essa enrolação toda.

Médico: a s/n tem uma doença rara, que nem nós mesmos temos todas as informações e entendemos, acreditamos que seja por conta das agressões que ela sofria quando era muito pequena. O corpo dela está extremamente fraco, o coração quase parando e os órgãos estão apodrecendo, é um milagre o senhor não ter percebido antes, ela tem apenas alguns dias de vida.

Quando ele terminou de falar foi como se alguém tivesse tirado meu chão, como se o meu mundo todo desabasse. Eu não sabia o que dizer, só podia ser uma piada de mal gosto, eu praticamente cai sentado em uma das cadeiras, só sentindo o choro chegando e segurando o máximo que podia.

Médico: sabe me dizer se ela anda fazendo o repouso e evitar ao máximo ficar nervosa? Ela tem se preocupado com alguma coisa?

Ban: até segundos atrás eu nem sabia que ela estava mal, e não, ela é a pessoa mais elétrica que eu conheço e vive preocupada comigo. Tem alguma coisa que eu possa fazer?

Médico: nesse momento só dar apoio a ela. Se quiser vê-la, já demos a medicação, deve acordar só amanhã de manhã, mas se quiser ficar no quarto.

Reencarnação Do Amor [NNT]Onde histórias criam vida. Descubra agora