Ana on
— Olá, boa noite, vou querer dois maços de cigarro e um isqueiro por favor — O atendente me olhava estranho, e nem disfarçou o sorriso malicioso.
— Claro docinho — Disse me entregando o que eu pedi — Deseja algo a mais?
— Sim, preciso –Disse entregando o dinheiro — Sabe onde fica esse endereço? — Mostrei o papel com o endereço para ele.
— Olha docinho, eu não sei aonde fica, mas se quiser posso pegar meu carro e podemos descobrir, o que acha? — A única coisa que eu senti foi repulsa.
— Não, muito obrigada, mas vou rejeitar a sua oferta, boa noite — Quando eu ia me virar ele agarrou meu braço.
— Ah? Vai, eu sei que você quer, não precisa se fazer de difícil — Eu tentava puxar o meu braço de volta, mas ele apertava cada vez mais forte.
— Me solta, agora! — Gritei
— Ou oque? O que você vai fazer? — Eu estava prestes a descer a porrada nesse imbecil, mas ouvi uma voz.
— Ou eu vou chamar um amigo para te encher de porrada — O cabeludo veio até a gente e então ele me soltou, ele parecia super bêbado ou chapado, talvez os dois, ele segurou a minha mão, tinha algo escrito, mas eu não consegui identificar, e me levou para fora dali e o amigo dele vinha atrás em silêncio, ele era asiático e parecia ser fofo.
— Muito obrigada! — Agradeci
— Tudo bem, mas o que está acontecendo? Você está perdida? — A voz dele saia arrastada e rouca.
— Sim, não, eeee..., na verdade eu preciso ir para esse lugar, mas eu não sei onde fica — Mostrei o endereço para ele.
— Para sua sorte, é mais ou menos perto da casa da minha irmã, e eu estou indo para lá, então você vai ter companhia — Ele era bem simpático.
— Muito obrigado... Desculpa, mas qual é o seu nome? — Perguntei.
— É Klaus –Quando eu fui olhar para o outro ele tinha sumido, provavelmente não estava junto com ele — E o seu é?
— Meu nome é Ana... — Começamos a andar, apesar dele às vezes parecer estar triste, ele era bem engraçado e divertido, andamos cerca de 40 minutos, rindo e fumando juntos.
— Então é aqui que a gente se separa. — Ele fez uma pausa dramática limpando uma lagrima falsa — Você vai ir reto, direta e depois esquerda, boa sorte e cuidado ta? — Ele disse gesticulando bastante com as mãos — Aproposito, você é muito linda, se eu acreditasse eu diria que você é um anjo.
— Muito obrigada! Klaus, de verdade você me salvou duas vezes, espero te encontrar de novo.
— Um dia, quem sabe! — Ele disse indo em outra direção, agora era hora.
Quando estava chegando no local coloquei novamente os saltos, resolvi apostar na minha atuação, ajeitei minha postura, fiz a cara mais metida que consegui e caminhei até a entrada, espero que aquele homem nem fale comigo.
— Olá senhora, qual o seu nome? — Ele perguntou
— Oh? Como assim você não sabe o meu nome? — Fiz uma cara de desacreditada –Sou Beatrice, Beatrice Connon.
— Desculpe Beatrice, mas o seu nome não está aqui — Fiz uma cara de "Você sabe quem sou eu?"
— Ela está comigo, é a minha acompanhante! Como ousa falar assim com ela? — Um homem alto, ruivo passou as mãos dele por minha cintura, e uau como ele era bonito.
— D....desculpe senhor Martinez, essa não foi a minha intenção, peço perdão, senhorita! — Ele gaguejava, seja lá quem, seja esse cara, era bem influente, sorri cínica e entrei junto o homem.
— Obrigada — Agradeci, meus olhos passeavam por todo o lugar, mas nem sinal deles.
— Não tem de que, mas realmente eu adoraria ter você como acompanhante, você é encantadora Beatrice –Ele disse colocando uma mecha do meu cabelo atrás do meu ouvido, eu apenas sorri tímida.
— Obrigada novamente — Um garçom veio até nós e nos serviu uma taça de champanhe, ele parecia ser um cara legal e divertido, mas logo vi Lila descendo as escadas correndo e olhando preocupada para trás, algo tinha acontecido — Desculpe, mas preciso ir ao toalete, já volto — Sorri meiga para ele, mal sabia eu o que estava por vir, quando eu estava subindo as escadas comecei a ouvir barulhos de luta, apressei o passo e quando cheguei, vi Diego lutando com dois caras, eram os caras que estavam atrás dele quando fugimos do hospício, merda, merda, merda, eu não sabia como intervir, se usava os meus poderes, ou luta corporal.
— ANA? — Diego fez uma cara de surpreso quando me viu, o que fez um dos loiros oxigenados acertarem um murro no maxilar dele, aquilo me enfureceu, senti o meu corpo flutuar, e imaginei eles sufocando até desmaiarem, e assim aconteceu, logo eles estavam no chão, senti como se a minha energia tivesse sido sugada, meu coração estava acelerado, parecia que eu tinha corrido uma maratona, quando encostei os pés no chão novamente, dei uma desequilibrada, mas continuei de pé. — Como você fez isso? Oque você está fazendo aqui? Era para você estar descansando! — Ele veio correndo para perto de mim.
— Então, primeiro eu não sei, eu só senti o que tinha que fazer, e segundo... longa história... — Tentei sorrir, mas ele parecia bravo, ele olhou pela janela e arregalou os olhos, começou a me puxar para fora do casarão — Vai nem me dizer um "obrigada por salvar minha vida" — Disse engrossando a voz, tentando imitar ele, mas ele não respondeu nada, quando chegamos até Cinco e Lila, pude ver um senhor olhando para gente e entrando no carro, era estranho, parecia que eu conhecia ele, mas eu não tenho ideia de onde.
— Era ele? — Diego perguntou
— Era –Cinco disse se virando, logo em seguida Lila também, os dois me olhavam confusos.
— Ele quem? — Peguntei.
— Como você veio parar aqui? — Lila perguntou quando eu ia responder senti uma mão no meu ombro, quando me virei para olhar quem era, me surpreendi, era o Martinez.
— Então Beatrice, eu adoraria ter sua companhia essa noite, mas todos estão indo embora, então eu queria saber se posso te levar para casa? Se você quiser, claro. — Cinco, Diego e Lila se entreolharam confusos, Martinez carregava um sorriso meigo no rosto.
— Eu adoraria, mas nós temos um compromisso, agradeço o convite. — Disse apontando para os três e sorrindo.
— Tudo bem, espero poder te ver de novo, toma é o número do telefone do meu escritório, eu adoraria ter o prazer da sua companhia novamente — Ele me entregou um papel com um número de telefone, eu sorri e coloquei na bolsa — Até a próxima Beatrice. — Ele deu um beijo leve no canto da minha boca e foi em direção ao carro dele, senti meu rosto queimar então me virei para os três.
— Quem era esse cara Ana? E, porque te chamou de Beatrice — Diego perguntou com cara de poucos amigos.
— Eu acabei de conhecer ele, ele me ajudou a entrar quando o porteiro não queria me deixar entrar, inventei esse nome, vai que colava né. — Cinco me olhava com uma cara de maluco, parecia tentar perceber se eu estava mentindo, Lila me olhava com raiva.
— Entendi –Diego disse, ele estava estranho.
Ana off
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Asylum - Diego Hargreeves
Fanfiction-Desculpa, mas você não parece perigosa -Ele disse me encarando. -Talvez seja porque eu não sou -Disse com um leve sorriso cínico -Pode dormir eu não vou tentar matar você.