CAPÍTULO 1

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SUSAN SANTIAGO;

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SUSAN SANTIAGO;

Olho exausta para a rua enquanto dirijo. Ser policial é um sonho realizado, porém é algo que exige muito do corpo e do espírito, apesar do trabalho atual ser bem menos inóspito que alguns que já participei em fases diferentes do meu trabalho.

— tem uma ocorrência a dois quarteirões, violência doméstica. — meu parceiro Eric avisa, colocando o endereço no GPS do carro.

Dirijo com rapidez, logo estacionando em frente a uma casa. No instante que descemos do carro, vejo que há vários focos de incêndio pelo lugar, e uma mulher sai correndo pela porta, com um pequeno embrulho nós braços.

— abaixa! — grito quando prevejo a explosão dos vidros do andar superior, e me jogo sobre a mulher, tentando proteger dos estilhaços. — ficará tudo bem. — prometo mantendo meu corpo sobre o dela, enquanto acontece seguidas explosões, vinda das janelas.

— preciso tira minha filha daqui. — diz mostrando o embrulho em seus braços.

— me dê ela, e você irá com o meu parceiro. — aviso pegando a pequena, e caminhando abaixada próxima a cerca do jardim, em direção a viatura.

— estamos próximos a você. — Ted avisa caminhando como proteção a mulher, e fico feliz por sua ação rápida.

Seguimos com cuidado, até chegarmos próximo a viatura, e a tempo de nós livramos da última explosão, pela casa. O fogo consumindo tudo a sua volta.

— Marcela, amor. — a mulher pega a criança dos meus braços, abraçando e beijando com desespero. — estamos bem. Estamos salvas, querida.

— estão machucadas? — pergunto olhando as duas com preocupação. — tem mais alguém na casa? — a mulher me olha assustada, e vejo a mesma tremer antes de responder.

— Tomás. Meu marido.

— já chamei os bombeiros. — Eric grita da viatura.

— Vamos ao hospital, precisamos saber se está tudo bem com vocês duas. — A mulher olha para a filha de forma nervosa. — Não se preocupe, vocês irão ficar bem.

Observo o rosto machucado na bela morena, e me pergunto se foi durante a fuga, ou se tem haver com a denúncia de violência doméstica. Sinceramente, ela não parece nada preocupada com qualquer outra pessoa no mundo, além da sua pequena garotinha. Não estou julgando! Algo talvez faça mais sentido, do que pareça nesse momento.

...

— Susan, já fiz os exames nas duas. — David diz pegando uma pasta sobre sua mesa, e abrindo com certa hesitação. — A pequena está bem, mas a mulher está com vários hematomas. Fiz os exames avaliativos, e ela conversou com a Jéssica, psicóloga aqui do hospital, e assumiu que vivia sofrendo agressão do marido. Enviei tudo para a perícia, para o laudo do perito.

MEREDITH & SUSAN |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora