CAPÍTULO 7

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SUSAN, um mês depois...

Dou um suspiro exausta, olhando a papelada sobre a mesa, finalmente estou terminando a investigação contra o delegado Josias. Olho as mesas vazias ao meu redor, vendo a delegacia com poucas luzes acesas, enquanto finalizo os relatórios para envia a corregedoria.

5 mensagens não lidas

Meri 💜

13:00 pm
— Su, que horas você chega? 
✓✓

14:15 pm
— deixei seu almoço pronto.
✓✓

18:30 pm
— você não veio almoçar. :-\
✓✓

19:45 pm
— estou preocupada, porque não me responde?
✓✓

19:57 pm
— se não me responder vou até a delegacia procurá-la.
✓✓

20:00 pm
— desculpa, estava muito ocupada.
✓✓

20:02 pm

— não irei voltar hoje, amanhã eu te explico.
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20:03 pm
— tudo bem.
✓✓

Me sinto tão idiota por estar fugindo dela, estou trabalhando o triplo, e pegando até horários de outros policiais faltosos, apenas para não voltar pra minha casa. Não gosto de vê-las ali, e saber que logo irão sair, quando já estou apegada as duas.

A a pouco mais de um mês atrás, quando convidei as elas para morar comigo, imaginei que seria algo realmente breve, porém que ficaríamos com uma boa amizade. Ah, pobre Susan. Eu não fazia ideia que ela me conquistaria dessa forma, que seus simples atos me deixaria desejando toca-lá, e ama-la como se não houvesse amanhã.

— boa noite Tenente Susan!? — a voz do delegado chama minha atenção. — ainda aqui, a este horário?

— sim, algum problema? — coloco a mão sobre minha arma, vendo dois policiais de confiança dele, vindo para seu lado.

— sim, mas iremos resolver em instantes. — sorriu macabro, e levanto minha arma em sua direção.

— é mesmo?! — debocho vendo ele olhar para minha arma temeroso.

— está se achando esperta, não é mesmo? — debocha girando uma foto entre os dedos, e jogando a mesma sobre a mesa. — coitadinhas, estão sozinhas em casa, e até deixaram uma amável vizinha entrar.

Encaro a foto da Mari, e da Marcela, e sinto minha mente embaça, enquanto abaixo minha arma. Como esses filhos de uma puta tiveram acesso a elas?!

— faço qualquer coisa, porém não toque nelas. — me rendo, sabendo que não tenho outra opção.

Os três sorriem vitoriosos. Sou obrigada a mostrar todos os relatórios, e aquele desgraçado passou a transmitir ao vivo, da minha casa, o que me deixava mais tranquila, era saber que elas não estavam sendo machucadas. Me sinto culpada, se tivesse voltado no meu horário normal, elas não estariam de refém agora.

MEREDITH & SUSAN |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora