CAPÍTULO 9

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SUSAN;

Quando encontro as duas, minha única ação é abraca-las tão apertado, que temo machuca-las. Sou tão incompetente, deveria ter cuidado e protegido de tudo isso, porém não fui capaz.

— eu amo tanto vocês. — declaro sem conter as lágrimas. — me perdoa.

— estamos bem Su. — a voz suave da Mari me faz respirar com mais propriedade, tentando controlar meu desespero. — também te amamos.

Olho seus rostos, e pego minha pequena em meu colo, inspirando profundamente seu cheirinho de bebê. Elas estão vivas, e isso é tudo que importa, no momento.

...

O restante da madrugada foi bem intensa, com milhares de perguntas, porém a única coisa que consegui foi ficar colada nas duas, como se nada mais importasse, e realmente, não importa.

— vamos ficar na casa de uma amigo, a Vanessa está viajando e não deixou as chaves. — aviso a Mari, e ela apenas assente de forma cansada.

— estão prontas? — Tony aproximasse, após pegar algumas coisas das meninas no apartamento, e trazer para o carro.

— estamos. — aviso levando minha mão ao redor da Mari, e acariciando as costas da Marcela, que dorme calma.

Após nós acomodarmos no carro, dirijo seguindo o carro do meu amigo, até entramos no condomínio de luxo, que ele mora. Antony serviu ao exército na mesma época que eu, e é um cara que apesar de ser bem sério, para não dizer antipático, é um amigo excepcional.

— vocês se importam de dividirem o quarto? — ele questiona enquanto seguimos por em extenso corredor.

— sem problemas. — afirmamos, querendo apenas descansar.

— temos outros quartos, porém um é do meu filho, e o outro é da mãe dele quando vinher. — paro estática.

— wouuulll... Espera um pouco, FILHO?! — questiono em espanto. — onde eu estava quando tudo aconteceu?

— trabalhando demais para perceber as mudanças? — Tony me olhou de modo reprovador, antes de abrir a porta para que entrasse.

— não é assim. — oponho um pouco envergonhada.

— é assim sim. — Meredith manifesta-se, enquanto deita a Marcela na cama. — porém não irei entrar nesse assunto agora.

— eu disse bobona. — Tony dá um tapinha na minha cabeça. — bom descanso meninas, qualquer coisa procurem a dona Elenice, a governanta da casa, que ela ajudará.

— não vai descansar? — questiono preocupada, porque ele passou a noite conosco.

— tenho um julgamento as oito horas, e tenho que entrar com o pedido de revisão do caso da Talita, após a prisão do delegado, creio que possamos descobri algo que possa ajuda-la. — deu um suspiro cansado.

— vai dar tudo certo. — garanto apertando seu ombro.

— sim vai. — sorriu saindo do quarto.

Olho para a cama, e Meri está me encarando com seus enormes olhos cor de jabuticaba. Como eu amo seu olhar. Dois segundos depois ela estava jogada em meus braços, desabando em um choro forte.

— tive tanto medo. — assumiu com o som abafado contra meu pescoço.

— também tive. — acaricio seus cabelos macios, e inspiro profundamente seu cheiro.

Mantive ela entre meus braços, querendo aplacar nossos medos, porque sei o quanto Meredith deve estar assustada. Na primeira vez que atirei em alguém, fiquei em choque por um tempo, e tinha treinamento militar, por tanto não consigo imaginar como ela senti-se agora.

MEREDITH & SUSAN |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora