SUSAN;
Observo encantada as duas sobre a cama, dormindo relaxadas. Já levei as duas para conhecerem minha irmã, e o CEI, que Marcela ficará. Ajudei Meri fazer e distribuí currículos, e fico feliz ao vê-la tão empolgada.
— acorda minhas preguiçosas. — chamo tentando acorda-las.
— só mais um pouquinho. — Meri pede cobrindo o rosto.
Sorri vendo sua forma manhosa, e vou até minha gatinha, que já se senta na cama toda preguiçosa, estendendo os bracinhos.
— bom dia amorzinho. — beijo seu rostinho, e ela sorri empolgada. — animada para o primeiro dia aula?
— sim. Aprender numelos. — mostrou os dedinhos. — um, dois...
Levo a pequena para o banheiro, e coloco ela para fazer suas necessidades fisiológicas no vasinho, enquanto olho as notícias pelo telefone.
— vocês já estão aqui. — Meri resmunga descabelada, colocando a cabeça na porta. — bom dia.
— bom dia. Eu chamei as duas, porém só a pequena acordou, então já fui adiantando as coisas por aqui. — aviso e ela assente sorrindo para a filha.
Ela é linda, sua pele chocolate, seus cabelos encaracolados, que caem pelo rosto, e suas curvas acentuadas, que marcam seu pijama curto, me fazem querer toca-lá e apreciar toda essa perfeição.
— hoje você voltará ao trabalho? — pergunta indo escovar seus dentes.
— sim. Deixei a chave do carro sobre a mesa de centro. — aviso olhando para ela, que debruça-se sobre a bancada, deixando sua bunda aparente. — você já acordou, então vou me vestir enquanto se preparam. — aviso me achando invasiva, pelos pensamentos que tenho em relação aos seus atos mais simples e inocentes.
— tudo bem. — ela veio até mim, e colocou as mãos no meu rosto antes de beijar meu rosto, quase no cantinho da minha boca, de forma tímida. — obrigado por tudo.
Assinto de olhos fechados, e sentindo meu coração acelerado ao máximo. Porque ela tem que me causar tantas sensações?!
— não foi nada. — respondo abrindo os olhos e vendo os suas pupilas pretas dilatadas. — preciso ir. — aviso saindo com rapidez, antes que beijasse sua boca de todas as formas que desejo.
Entro no meu quarto, e finalmente consigo respirar com propriedade. Estes dias com ela, me fez ver o quanto meu coração é potente, porque por várias vezes, temi que ele saísse pela boca.
Mari é tão espontânea, e o sorriso dela é o mais bonito que existe. Uma semana foi o suficiente para me deixar apaixonada, e tenho medo de como vou ficar em um mês, um ano. Não quero que ela saia da minha vida, e nem a pequena Marcela, porém creio que tenho que manter essa minha paixão guardadinha no meu coração, ou perderei as duas.
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MEREDITH;
Meu coração coitado, deve está achando que vivo em uma maratona. Aqueles olhos azuis, e aquele cheiro bom que ela deixa em mim sempre que me abraça, sua forma seria de encara o mundo, e quando nos olha dispensa um sorriso tão belo, me deixa sentindo como se tudo em mim, trabalhasse mil vezes mais rápido.
— preparada pequena? — pergunto a minha filha que sorri assentindo. — gostou do presente que a tia Vanessa te deu? — mostro a mochila escolar, com tudo que ela precisará no momento.
Conheci Vanessa a alguns dias, ela é uma pessoa delicada e cheia de carinho com as crianças a sua volta. Definitivamente ela nasceu para ser dona de colégio infantil, até Marcela que é super caladinha e na dela, se encantou pela irmã da Susan.
Saímos do quarto já arrumada, e encaro a policial Susan em seu uniforme impecável, tomando café. Suspiro em contentamento. Ela consegue ficar ainda mais linda assim.
— waallll... — dá um sorriso admirado e caminha até nos. — vocês estão lindas.
— minha fardinha tia. — Marcela mostra sua farda dando uma voltinha.
— com certeza é a neném mais linda que já vi. — Susan diz pegando ela no colo. — também estou de fardinha. O que achou?
— linda, maravilosa! — a policial sorriu antes de me olhar. — mamãe também linda.
— realmente, você fica maravilhosa de farda. — elogio, e vejo a face da Susan subir uma tonalidade. — você é bela de todas as formas. — completo e ela sorri desconcertada.
— obrigado. — colocou novamente minha filha no chão. — deixei café feito, e a salada da pequena pronta.
— obrigado Susan, não sei o que seria de mim sem você. Sobre o carro, não precisa se incomoda, irei de ônibus sem problemas. — aviso não querendo incomodá-la.
— não se preocupe, uma amiga me dará uma carona. — disse satisfeita, e pela primeira vez na minha vida, senti ciúmes. — sei que não conhece bem as ruas por aqui, porém é só colocar o endereço no GPS, que vocês ficaram bem. Qualquer coisa me liga. — pediu se abaixando e dando um beijo na Marcela, e depois um na minha testa. — boa sorte com o emprego.
— obrigado, bom trabalho. — desejo enquanto ela caminha em direção a porta, colocando sua arma no coldre. — se cuida.
— tenham um bom dia. Volto amanhã. — saiu e no mesmo instante me senti sozinha. — você vai fazer falta.
Pego minha pequena no colo e vou até a varanda, a tempo de vê-la cumprimenta uma loira com um abraço e acenar para nós, entrando no carro. Dou um suspiro frustrado, sem saber como agir com ela. Nunca me interessei por ninguém amorosamente, e quando me vejo desejando alguém, está é mulher e não sei ao menos se é recíproco.
Tomamos nosso café da manhã, e vamos para o carro. Nunca havia dirigido um automóvel tão moderno, porém Susan me fez dirigir durante a semana, para que quando fosse levar a pequena na escola, está mais confortável, e confesso que o carro dirige quase sozinho, me deixando mais confiante.
Quando chegamos a escola, meu coração ficou partidinho ao ver minha pequena chorar, mesmo sabendo que ela ficará bem, porém só fiquei satisfeita quando a professora dela, me mandou um vídeo, vinte minutos depois, mostrando ela brincando com outras crianças. Fiquei emocionada, e mandei o vídeo para Susan, que me ligou toda feliz pela Marcela está gostando da escolinha.
...
— você está contratada. — três palavras que me fizeram vibrar.
Sai da loja com o coração acelerado e um sorriso no rosto. Parecia que tudo estava indo para o seu devido lugar, me fazendo sorri involuntária, amando a nova forma que minha vida está tomando.
No fim do dia, fui buscar minha filha, se sentindo cheia de saudades, e beijei e cheirei aquela gostosura como se não houvesse amanhã, e imagine o tamanho do meu sorriso ao sair, e encontrar aquela bela mulher escorada a viatura, com um lindo sorriso no rosto, estendendo os braços para minha filha, que correu empolgada ao seu encontro.
— fugi um segundinho da minha rota, apenas para ver minha pequenina. — sorriu de modo tímido.
— ela amou, e eu também. — assumo e baixo o rosto me sentindo envergonhada, porém querendo demonstra o quanto aprecio sua companhia.
— como foi na entrevista? — me olhou curiosa.
— fui contratada. — respondo empolgada.
— parabéns querida. — beijou minha testa e me abraçou. — você merece.
Susan se despediu voltando ao trabalho, e segui para casa com minha filha. A noite me senti solitária sem ter a mulher cochilando ao meu lado, enquanto finge assistir a novela, ou brincando pelo tapete, agarrada a minha filha. Até Marcela choramingou com saudades.
Caramba, estou tão apaixonada.
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MEREDITH & SUSAN |+18|
RomanceQuando a polícial Susan atende uma ocorrência, acaba conhecendo Meredith e a pequena Marcela, ganhando o coração rapidamente da durona mulher. Meredith não tinha mais ninguém para ajudá-la, quando Susan lhe acolhe com todo carinho. As duas teram qu...