EPÍLOGO

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SUSAN;

Observo as duas gritarem empolgada no tapete da sala, enquanto um garoto com uma carranca maior que a cara, estar ao meu lado resmungando em sua "língua própria".

— o que você tem Marcos?! — questiono, tentando entende-lo. — você parece que está invocando alguma coisa, e isso me dá medo.

— a Marcela está toda entretida com a irmã, e esqueceu da minha existência. — encaro o menino de dez anos, que as vezes é extremamente adulto, e outro instante parece um bebê resmungão. — nao me deu nem um abraço, e já faz quinze minutos, e trinta e seis segundos que estou aqui. Sendo ignorado.

Adotamos a Angelina a alguns meses, inicialmente a Meri pensou em uma uma inseminação artificial, porém, eu já havia pensado a muitos anos em adotar, então levei ela até um orfanato, e apaixonou por uma garotinha no primeiro dia. Nossa pequena foi diagnosticada com autismo, logo quando iniciamos o processo de adoção, o que levantou questões sobre se ainda desejávamos levar adiante o processo. Mas nada poderia interferir no nosso amor por nossa menininha.

— é normal. A Meredith também está me ignorando pela pequena. — reclamo, e a criança assente como se me entendesse.

A que ponto estou chegando?! Conversando com uma criança, e logo essa criança!

— o que faremos?! — me encarou parecendo angustiado.

— podemos tomar uma cer... Coca-Cola?! — sorri para o menino que revirou os olhos com deboche. — você é tão impossível.

— e você é chata. — declarou sem nem ao menos me olhar.

Meu celular vibra, me privando de dar uma resposta ao ser ao meu lado. Observo a foto que a Mere me enviou, e quase dou pulinhos de alegria.

— Marcos, a Marcela adoraria que você brincasse com ela e a Angel. — indico, e ele me encara pensativo. — ela ama a irmãzinha, e se você der atenção a pequena, então... Ela amara ainda mais você.

— tem razão. — declarou levantando-se, e me olhando com uma cara indecifrável. — jamais imaginei em dizer isso, mas, obrigado Susan.

Caminhou sem esperar respostas, e fiquei um pouco em choque, antes de ir a procura da minha esposa. Puta que pariu, mas não consigo me sentir culpada em deixar as crianças sobre os cuidados do Marcos, para procurá-la.

Quando entro no nosso quarto, sorri em apreciação, ao vê-la usando um dos seus delicados e sensuais camisolas de seda. Minha mulher é tão perfeita.

— sei que tenho te dado pouca atenção, mas quero compensa-la. — caminhou até mim, com um sorriso calmo nós lábios. — só estava me adaptando a nova rotina. Já combinei com a Talita, e ela já está chegando para fazer companhia aos pequenos.

— eu estava com saudades dos seus peitos. — declaro encarando seu decote.

— você as vezes é tão romântica...

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MEREDITH & SUSAN |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora