Dakota sempre quis formar uma família. Encontrar um amor tranquilo, alguém com quem pudesse falar de futuro e se sentir acolhida. Ela nunca foi grande referência quando o assunto é escolher namorados.
Conhecer Luke foi como uma brisa suave num dia...
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Encaro a mensagem de Dakota pela milésima vez e olho para o relógio em seguida, checando se estava perto da hora que me disse que viria, ou se eu estava ficando mais ansioso sem motivo.
Na tal mensagem, ela pedia para vir até a minha casa, porque precisamos conversar sobre algo importante. A chateação não passou, mas pelo tom da mensagem, entendi que é algo sério. Talvez ela realmente esteja precisando de alguma ajuda e minha intuição naquele dia que nos encontramos no restaurante estava certa.
Passei quinze minutos acompanhando os ponteiros do relógio, mas graças à sua pontualidade, exatamente às quatro horas, escutei o barulho de um carro estacionando em frente a minha casa. Abri a porta da frente, nada pronto para receber Dakota aqui novamente, mas quase caí para trás quando vi Vanessa andando ao seu lado, as duas vindo em minha direção.
Deus, isso é o juízo final? O que esperar quando suas duas ex-namoradas chegam juntas na sua casa sem que você esteja esperando e sem um motivo aparente?
— Oi, Luke — Vanessa cumprimenta, claramente querendo rir da minha cara de espanto.
— Oi...
— Oi, tudo bem? — Dakota diz.
A forma como ela fala, como se fôssemos estranhos, me incomoda e muito, mas sei que sou um pouco culpado por isso também, não fui muito receptivo da última vez que nos vimos.
— Eu estou confuso. Muito confuso, mas mesmo assim... Entrem — digo, dando espaço para que as duas passem pela porta.
Assim que o fazem, Vanessa segue para a sala e se esparrama no meu sofá, como é seu costume sempre que vem aqui, já Dakota, antes tão habituada com a minha casa, fica parada no hall de entrada e só percorre os outros cômodos quando eu sigo para a sala, vindo logo atrás de mim.
— Fica a vontade — falo para ela, indicando os sofás para que se sente.
— Obrigada. — Ela finalmente cede, optando por sentar ao lado da Vanessa.
— Olha, eu... Não estou entendendo nada do que está acontecendo aqui. Alguma de vocês pode ter a misericórdia de me explicar?
Dakota dá uma risadinha discreta pelo meu jeito de falar, como sempre fez diante do meu drama, já Vanessa revira os olhos, impaciente com as novelas que eu faço, como ela costumava chamar.
— A minha amiga Dakota tem algo bem importante para falar com você e eu vim dar um apoio moral pra ela.
— Apoio moral...? — questiono, ainda sem compreender.
