CAPÍTULO 10 - O DESEJO

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Toco a campainha do apartamento de Dakota, me sentindo nervoso como um adolescente no baile de formatura

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Toco a campainha do apartamento de Dakota, me sentindo nervoso como um adolescente no baile de formatura. Fiquei tão agitado depois das mensagens que Vanessa me enviou, que sequer me lembrei de avisar a Dakota que estava indo para sua casa ou de perguntar se ela estava ocupada. Apenas passei na hamburgueria favorita dela, peguei dois combos e dirigi até aqui.

Só me dei conta da nossa atual conjuntura, quando o porteiro me viu chegando e fez uma careta de dúvida. Compreensível, afinal, faz quase quatro meses que não apareço aqui. Mesmo em dúvida, ele liberou a minha entrada sem contatar a mulher, o que me deixou um pouco incomodado. 

Eu poderia ser um ex maluco e psicopata que está indo atrás de um sim mesmo recebendo nãos. Bom, eu não sou, mas existem muitos desse por aí e acho que a conduta do senhor não foi adequada. Aquele rapaz mais novo que trabalha aqui sempre foi mais sagaz mesmo, tenho certeza que ele ligaria para Dakota antes de me deixar subir.

Entretanto, levo isso como um ponto a meu favor e assumo a situação como uma surpresa. Uma surpresa nada planejada, para ser sincero, mas espero que Dakota esteja em casa. E se estiver, espero que não me mande embora quando me ver parado em sua porta.

Ela demora um pouco para aparecer, mas quando vejo que está de roupão, passando uma toalha pelos cabelos escuros, entendo que ela estava terminando o banho.

— Jenny, você não avisou que... — Ela trava ao ver que não é sua melhor amiga parada em sua porta. — Luke? 

— Oi!

— Oi... Te deixaram subir? — ela questiona, mas percebo que não é incômodo em sua voz, apenas curiosidade.

— O senhor que estava na portaria não te ligou não é?

— Não. Que estranho... — ela pondera, apoiando o ombro no batente da porta.

 — Também achei — enfatizo. — Acho que seria bom falar com o síndico, tem muito tempo que não venho aqui e ele simplesmente liberou minha entrada.

— Vou fazer isso.

Só então ela parece perceber a sacola de papel que carrego. Suas sobrancelhas se franzem enquanto ela tenta identificar o que é, mas um sorrisinho de canto repuxa em seu rosto quando ela reconhece o logo da marca. Me sinto agitado, como se precisasse me justificar e, sinceramente, escolho a pior opção.

— Achei que você ia gostar de comer seu hambúrguer favorito hoje — falo, vacilante.

— Ah, você achou? — ela pergunta, querendo rir, e arqueia uma sobrancelha na minha direção.

— É... Intuição. — Encolho os ombros, tentando ser convincente.

— Por acaso a sua intuição tem cabelos compridos, olhos verdes e uma filha de sete anos? 

— É... — Coço a nuca, me sentindo muito infantil por ter sido pego no flagra. — Talvez tenha, sim.

— Me lembre de agradecer a sua intuição depois — ela diz, virando-se de lado para que eu possa entrar. — Não repara a bagunça, eu tive muitos clientes essa semana e a gravidez tá me deixando cansada demais pra arrumar a casa.

Your Daughter Hates MeOnde histórias criam vida. Descubra agora