Capítulo 3

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Eu estraguei tudo.

E eu precisava consertar isso.

Rápido.

Antes que alguém descobrisse, e antes de colocar o que vim fazer aqui, em qualquer tipo de risco.

Noah entrou na sala de conferências na manhã seguinte às oito e quarenta e cinco. Nossa reunião deveria começar às nove horas. Ele sorriu como um gato de Cheshire ao me encontrar já lá dentro.

— Bom dia, — disse ele. — Lindo dia hoje.

Eu respirei fundo.

— Sente-se.

Ele apontou para a porta.

— Devo trancar? Ou você quer manter as coisas um pouco arriscadas com a chance de ser pega? Aposto que você gostaria disso, não é? Alguém entrando enquanto sua saia está levantada e meu...

Eu o cortei. — Cale a boca e sente-se, Urrea!

Ele sorriu.

— Sim, senhora.

O idiota achou que estávamos interpretando. Mas eu estava tudo, menos brincando. Para mim, meu trabalho estava em risco.

Esperei até ele se sentar e depois me sentei em frente a ele no lado oposto da mesa de conferência. Unindo as mãos, eu disse:

— A noite passada nunca aconteceu.

Um sorriso presunçoso se espalhou por seu rosto irritantemente bonito.

— Oh, mas aconteceu.

— Deixe-me reformular. Vamos fingir que nada aconteceu.

— Por que eu faria isso quando posso fechar meus olhos a qualquer hora e reviver o momento? — Ele se recostou na cadeira e fechou os olhos. — Oh sim, isto é algo que pretendo reviver uma e outra vez. Aquele som que você fez quando gozou por todo o meu pau? Eu não poderia esquecer se tentasse.

— Urrea! — Eu lati.

Seus olhos abriram, brilhando.

Levantei da minha cadeira e me inclinei sobre a mesa. Era uma mesa grande, então não consegui alcançá-lo exatamente, mas tornou mais fácil mantê-lo focado.

— Me escute. A noite passada foi um erro – um do tamanho do Texas. Isso nunca deveria ter acontecido. Além do quanto eu não gosto de você, e do quanto minha família e sua família se detestam, estou aqui para fazer um trabalho. E meu trabalho é muito importante para mim. Então, não posso tê-lo por aí, fazendo comentários inapropriados para a equipe ouvir.

Noah não quebrou o contato visual, mas pude ver as rodas em sua cabeça dura girando. Ele esfregou o polegar no lábio e recostou-se na cadeira.

— OK. Podemos fingir que a noite passada nunca aconteceu.

Eu estreitei os olhos. Isso foi fácil demais.

— Qual é o problema?

— Por que você acha que há um problema?

— Porque você é um Urrea e um idiota narcisista que acha que mulheres são brinquedos colocados nesta terra para você brincar. Então, qual é o problema?

Ele ajustou o nó da gravata.

— Eu tenho três condições.

Eu balancei minha cabeça.

— Claro que você tem.

Ele levantou o indicador.

— Número um. Quero que você me chame de Noah, não Urrea.

The Rivals /Noart AdaptationOnde histórias criam vida. Descubra agora