Capítulo 9

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A manhã seguinte foi ocupada.

Noah e eu levamos os dois contratados pelo canteiro de obras e depois desci para onde nossa equipe jurídica e contábil estava esperando em uma sala de conferências.

O sorriso no meu rosto quando abri a porta murchou quase imediatamente após a entrada. Meu pai estava sentado à cabeceira da mesa.

Eu nem sabia que ele estava na cidade... ou talvez nem tivesse saído.

— Achei que você tinha voltado para a Flórida?

Meu pai me deu um olhar severo.

— Eu sou obviamente necessário aqui.

— Oh? — Cruzei os braços sobre o peito. — Alguém te disse isso?

Percebi que havia uma sala cheia de homens com a cabeça balançando de um lado para o outro, acompanhando a troca entre meu pai e eu. Inclinei minha cabeça em direção à porta.

— Podemos... conversar lá fora por um minuto?

Meu querido e velho pai, parecia que realmente queria dizer não, mas, em vez disso, soltou um suspiro exasperado e marchou para a porta. Lá fora, ele falou antes que eu tivesse a chance.

— Sina, você está louca. Você não pode administrar um hotel e liderar uma equipe para realizar a devida auditoria, para que façamos a melhor oferta ao acionista.

Eu balancei minha cabeça.

— Eu achei que tivéssemos discutido isso no jantar. Se eu precisar de ajuda, ligarei para você.

Como sempre, meu pai me ignorou.

— Você deve se concentrar em conseguir informações dos Urrea.

— Que informações?

Ele suspirou, como se não pudesse acreditar que precisaria me explicar tudo.

— Concordamos em um processo de oferta selada. Mas seria útil saber o que os Urrea oferecerão para que possamos dar o nosso melhor sem suar nossas camisas.

— E como você gostaria que eu fizesse isso?

— Aquele sangue jovem que veio em sua defesa outro dia pensa que você é uma donzela em perigo. Use isso contra ele.

— Do que você está falando?

Gostaria de achar que não o entendia, porque era inacreditável para mim que um pai sugerisse isso à filha. Ou talvez eu não quisesse acreditar que o meu se importava mais com dinheiro do que em prostituir sua única filha.

— Use suas artimanhas femininas, Sina. Deus sabe que você herdou as da sua mãe.

Eu senti meu rosto esquentar.

— Você está falando sério?

— Todos nós temos que fazer as coisas às vezes pelo bem da família.

Cerrei os dentes e respirei fundo antes de responder.

— Para qual família você está fazendo as coisas hoje, pai? Seria aquela de quem você se afastou quando eu tinha três semanas ou aquela em que sua amante tinha dezenove anos quando engravidou?

— Não seja espertinha, Sina. É muito impróprio de sua parte.

Como de costume, tentar ter uma conversa profissional com meu pai foi infrutífero. Eu tinha coisas melhores a fazer do que ficar aqui e discutir com ele, então desisti... por enquanto. Ele podia vencer esta batalha, mas eu sabia exatamente o que precisava fazer para vencer a guerra. Além disso, a avaliação deste hotel levaria semanas, e a esposa do meu pai nunca toleraria que ele se demorasse tanto tempo. Eu sobreviveria a ele com certeza.

The Rivals /Noart AdaptationOnde histórias criam vida. Descubra agora