Capítulo 2 - Sem delongas

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Oiee caros leitores. Como vcs estão? Espero que bem!

Segue abaixo o 2° capítulo da estória e vcs vão entender um pouco melhor sobre o passado da Lavínia e o motivo da mudança de ares dela.

Boa leitura!


Casa da família Campos Tavares - Campo Grande - Mato Grosso do Sul, Brasil -  Setembro de 2009

A mãe de Lavínia, dona Marcela, era uma mulher que estava sempre trabalhando fora para sustentar a família. Apesar de Lavínia ser filha única, sua mãe cuidava de seus pais que já estavam idosos. Ela ganhava pouco e mal dava para pagar as contas mensais.

Já o pai de Lavínia, Sérgio, era um homem que gastava tudo o que tinha com bebidas, jogos e mulheres. Separados desde a infância da jornalista, a relação entre eles era péssima devido ao comportamento controlador de dona Marcela e das imprudências de Sérgio. 

Dá para imaginar como a morena de cabelos cacheados cresceu, não é?! Fora que seus avós maternos eram bem difíceis de lidar, não pela idade mas sim porque ele gostavam de explorar dona Marcela. Aquilo deixava a jovem furiosa e só não falava poucas e boas porque ela fora ensinada a ter respeito pelos mais velhos, mas vontade não lhe faltava.

- Lavínia, faça algo de útil! Somos idosos, menina! Sua avó, dona Emília falava com autoridade.

- São idosos, não mortos. Lavínia falou baixo enquanto preparava a mesa do café da manhã daquela sexta-feira.

- Como disse? A senhora perguntou.

- Disse que já vou, querida vovó! A morena respondeu.

- Bom dia querida e Lavínia! Disse seu avô, seu Lino. 

- Bom dia meu bem. Dormiu bem? A mulher de cabelos grisalhos perguntou ao marido.

- Muito bem, meu doce de mel! O idoso respondeu animado. - Lavínia, por que o café está demorando?

- Porque mamãe teve que sair mais cedo pro trabalho e eu tenho que ir para a escola, caso os senhores tenham esquecido. A garota disse e os dois a olharam em surpresa.

- Olha como você fala menina! O homem a repreendeu e ela revirou os olhos.

- Eu sei bem como eu falo, fui bem educada! Ela respondeu ao colocar o café na mesa e sair para pegar suas coisas para a escola. - Agora, eu já vou se não, me atraso novamente.

- E quem vai lavar a louça? A mulher perguntou.

- Bom, mamãe não está aqui e eu tenho aula, acho que serão os senhores. A menina respondeu e saiu porta à fora. 

Ao chegar à escola, Lavínia encontrou seus colegas e logo a primeira aula começou. Ela estava no último ano do ensino médio e se dedicava ao máximo para o vestibular. Ela queria fazer faculdade em outro estado, longe dali. Na verdade, seu sonho era morar fora do Brasil, por isso,  começou a trabalhar durante a tarde em uma confeitaria como caixa. Lavínia sabia o quão difícil era juntar dinheiro e se seu pai fosse um homem mais responsável, pagaria a pensão alimentícia direito. 

- Até que enfim as aulas se foram. Amanhã é sábado, dia de fazer nada! Uma colega falou animada.

- Bom pra você porque pra mim é dia de faxina e de ver o meu pai. Afff... Lavínia disse sem um pingo de entusiasmo. 

- Boa sorte com a faxina e com o seu pai. A adolescente comentou.

- Obrigada Emily, eu vou precisar. A jovem disse e saiu.

O caminho até sua casa não era longe, então ela ia e voltava à pé. Depois de almoçar apressadamente, Lavínia saiu para o ponto de ônibus e quase perdeu a condução que a levaria ao trabalho.

No Sweet Words - Mohamed SalahOnde histórias criam vida. Descubra agora