No Sweet Words - Mohamed Salah

Capítulo 7 - Not you again

Oiee caros leitores. Como estão? Espero que bem!

E chegou capítulo novo na área e vai ser babadeiro hein?!

Boa leitura!

Clínica DNA Vittal - Campo Grande, Mato Grosso do Sul  (Brasil) - Setembro de 2009

Lavínia esperava por seu suposto pai na clínica em que fariam o exame de DNA. Dona Marcela parecia mais calma depois de tudo aquilo e para ser sincera, ela torcia para que sua filha tivesse uma boa relação com Juan Joaquim. Seus avós insistiram para que a menina desistisse daquela ideia, mas ela estava farta de todas as mentiras contadas por eles. 

Perto das duas da tarde daquela segunda-feira, o homem de cabelos pretos chegou e para a surpresa de ambas, ele chegou acompanhado de uma mulher de cabelos quase loiros e os dois, pareciam calmos ali. Talvez porque - finalmente - Juan teria a chance de construir lembranças ao lado de sua filha única. Apesar de ser um homem casado há mais de 10 anos, o fotógrafo profissional e sua esposa, Rute não quiseram ter um filho.

- Boa tarde. Como vocês duas estão? Ele perguntou ao cumprimentar Marcela e ser parcialmente ignorado por sua filha. 

- Estamos bem, não é Lavínia?! Sua mãe disse olhando-a, esperando que a mesma dissesse algo e ela apenas assentiu. 

- Olá as duas. Sou Rute, esposa do Juan. A mulher disse e deu um abraço em Marcela, mas Lavínia apenas estendeu sua mão. 

- Nossa, eu não sabia que você estava casado, Juan! A mãe da jovem disse surpresa com aquilo. No fundo, Marcela não esquecera o homem e ver que ele havia seguido em frente e parecia feliz, a deixou um tanto quanto triste. 

- Sim, nos casamos há 10 anos. Respondeu Juan olhando sua esposa que sorria para o mesmo. Eles eram um casal feliz. - Está preparada querida?

- Sim, estou senhor Juan. Lavínia respondeu o olhando. Ela tentava achar semelhanças físicas com o homem e é claro que ela notou algumas. Os mesmos olhos, a mesma cor de cabelo e o mesmo nariz afinado. 

- Olá, boa tarde! Eu sou a Solange, enfermeira e vou levá-los para a sala de exames. Tudo bem? Lavínia Campos da Costa e Juan Joaquim Amaral. Me acompanhem por gentileza. A mulher de meia idade disse e os dois a seguiram pelo corredor. 

Juan olhava sua filha e não podia negar o quanto ela se parecia com ele fisicamente. O homem se perguntava porque Marcela nunca lhe contou nada e ele teve que descobrir isso por meio de um detetive particular. Ao voltar para Campo Grande, o fotógrafo viu sua ex-namorada e a jovem no centro da cidade e ao olhar as semelhanças que tinham com a garota e se recordar das vezes em que Marcela passara mal, uma lâmpada se acendeu em sua mente.

- Podem se sentar que o doutor Alexandre está vindo. A enfermeira disse e saiu dali. 

- Está nervosa Lavínia? O homem perguntou e ela se virou para ele. - Você é tão linda e sua mãe fez um ótimo trabalho em sua criação.

- Não estou nervosa e só quero que isso acabe! Ela disse de forma seca. - Sim, minha mãe é incrível, assim como meu pai.

- Eu não sabia que Marcela estava grávida quando terminamos e eu fiz de tudo para encontrá-la por muito tempo, mas falhei. Eu sinto muito por isso, filha! Juan disse e Lavínia virou-se para o outro lado. 

- Eu já tenho um pai! Talvez, não seja o melhor mas ele é um pai incrível na medida do possível e é isso que importa! Ela disse olhando-o novamente. - Por que veio atrás de mim agora? 

- Porque voltei há alguns meses pra cá e um dia vi você com Marcela e notei as semelhanças entre nós e algo se ligou em mim. Ele disse e a jovem o encarava prestando atenção. - Então, contratei um detetive e descobri o endereço de vocês e sempre que eu podia, passava lá perto pra ver você! Sei parece loucura, mas eu não tinha coragem de me aproximar.