↪ Capítulo nove

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Seria normal achar errado tudo o que a nova babá fazia?

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Seria normal achar errado tudo o que a nova babá fazia?

A forma como pegava Davi não era igual à forma como Jisoo o pegava.

A forma como sorria para ele não parecia tão sincera.

Ela não o fazia rir do mesmo jeito.

Não era tão doce, nem tão gentil... nem tão linda. Nem perto.

Só que eu não tinha muita escolha.

Precisava sair para a empresa, e o
menino não podia ficar sozinho. As referências eram ótimas, e a empresa fora indicada por um casal de amigos de confiança. Eu não poderia querer um clone de Jisoo na minha casa.

Aliás, eu poderia tê-la convencido a ficar mais um pouco, se não tivesse agido como um idiota e beijado a garota.

Burro! Babaca!

Saí de casa com um humor do cão. Era a primeira vez que entrava na empresa com aquela pouca vontade de trabalhar, com a sensação de que poderia mandar o primeiro desavisado tomar no cu sem motivo. Por isso, preferi manter a boca fechada.

Só que era impossível, levando em consideração que não era meu humor usual. Normalmente eu era bem sociável e animado, o que fazia com que meus funcionários me tratassem com informalidade.

Certamente todos eles perceberam quando cheguei com a cara fechada e um vinco profundo na testa. O sorriso da recepcionista sumiu na hora. O bom dia saiu como um resmungo, o que era ridículo. As pessoas não tinham culpa do quão babaca eu era.

Cheguei à minha sala, sentindo-me ainda mais merda do que quando saí de casa, fechei a porta e me tranquei do mundo. Sabia que as notícias iriam correr como um coelho com fome e que eu não teria muito tempo de paz antes de o meu tio aparecer para descobrir o que aconteceu, então, era a minha chance de pegar meu telefone e tentar mandar uma mensagem para Jisoo.

Era o mínimo que eu podia fazer para tentar me desculpar. Para ser sincero, eu deveria telefonar, só que algo me dizia que não diria as coisas certas. Uma mensagem de texto era mais seguro, porque poderia pensar, apagar, ponderar...

Só que eu fiz isso mil vezes. Escrevi pedidos de desculpas de diferentes maneiras, mas, aparentemente, não era o meu forte. Tanto que, estressado como um cachorro raivoso, lancei o aparelho longe, desistindo sem mandar sequer um “foi mal”. Porque ela merecia ao menos isso. Sempre jurei que nunca iria perturbar uma funcionária minha e olha aonde tinha chegado!

Mas eu podia tentar de novo mais tarde, não podia?

Exatamente como previ, meu tio não demorou a aparecer, e o meu humor
que estava ruim tornou-se ainda pior, enquanto falávamos sobre uma nova
loja, que estávamos prestes a abrir, em um bairro nobre de São Paulo.

Conforme ele falava sem parar, eu apenas balançava a cabeça, tentando prestar atenção, mas não demorou muito para ele perceber.

𝘼 𝙡𝙤𝙫𝙚 𝙛𝙤𝙧 𝙩𝙝𝙚 𝘾𝙀𝙊 || JinsooOnde histórias criam vida. Descubra agora