↪ Capítulo dezessete

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Estava tudo bem com ela – era o que eu vinha repetindo desde que voltamos do hospital

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Estava tudo bem com ela – era o que eu vinha repetindo desde que voltamos do hospital.

Só que já tinha amanhecido, estávamos há horas em casa, mas mesmo assim eu não conseguia arrancar aquela sensação horrível do meu coração.

Alguém tentara sequestrá-la. Alguém que tinha intenções de levar Davi, mas estava disposto a usar Jisoo para me chantagear de alguma forma.

Claro, meu filho ou minha suposta noiva – qualquer um dos dois seria eficaz para me extorquirem dinheiro. Ou ao menos era a única coisa que me vinha à mente como um motivo plausível. Só que somente Alvarez sabia do meu “compromisso”.

Ou melhor... ele e alguns concorrentes. O que já poderia me levar a algum lugar. Se algum deles sequestrasse meu filho ou minha noiva e me obrigasse a desistir do negócio, eu desistiria imediatamente. Fazia sentido.

Mas poderia haver outra razão, não?

Alguma bem fora da caixinha, que eu nunca conseguiria pensar qual era.

Muito menos com a cabeça cheia como estava naquele momento. Jisoo ainda dormia na minha cama, vestindo uma camisa minha, toda encolhida como uma menininha assustada, completamente diferente da mulher sensual que entregara sua virgindade a mim horas atrás. Como era possível que tudo tivesse mudado tanto? A noite começara maravilhosa e terminara daquele jeito.

Eu estava sentado ao lado da cama, observando-a dormir. Não tinha pregado o olho além das poucas horinhas em que dormi depois de termos feito amor.

Cotovelos apoiados no joelho, mão apoiando a cabeça... Posição de um derrotado. Era o que eu me sentia. Como poderia ser diferente depois de ter permitido que alguém colocasse as mãos nela? Que alguém perturbasse sua paz dentro da minha casa?

Como conseguiria dormir sabendo que quem quer que tivesse invadido meu apartamento poderia voltar? Claro que tinha o detalhe da porta que deixei aberta por puro descuido, mas saber que o guarita dormia todos os dias no mesmo horário, deixando o caminho livre, e que o bandido aproveitara essa falha para render um morador e entrar era o cúmulo. Obviamente reportei o ocorrido à administração do condomínio, e ele seria demitido.

Odiava prejudicar a vida das pessoas, mas ele quase prejudicara a minha.

O machucado em minha boca ardia e era um lembrete constante do que havia acontecido. O desgraçado conseguira acertar um único soco em mim.

Um único, mas poderia jurar que tinha saído bem mais ferido do que eu.

Ainda era pouco.

O que estava acontecendo comigo? Porque me sentia tão protetor a respeito de Jisoo? Tudo bem, eu nunca deixaria uma mulher indefesa ser levada por um homem com intenções cruéis, nunca permitira que algo assim acontecesse debaixo do meu nariz, mas com ela... a situação parecia se agravar.

Eu já tinha decidido que Jisoo era especial, mas quanto?

Dei uma olhada no relógio, vendo que marcava nove horas, e ela se remexeu na cama, mas como demoramos no hospital, porque exigi que lhe fizessem todos os exames possíveis, e como ainda levou algum tempo para pegar no sono quando voltamos, sabia que dormiria até um pouco mais tarde, e eu planejava deixá-la descansar. Já tinha telefonado para Jennie e explicado a situação. A doidinha concordara em ficar com o bebê contanto que eu
cuidasse muito bem de sua amiga em troca.

𝘼 𝙡𝙤𝙫𝙚 𝙛𝙤𝙧 𝙩𝙝𝙚 𝘾𝙀𝙊 || JinsooOnde histórias criam vida. Descubra agora