↪ Capítulo seis

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Era difícil esquecer que se tinha um bebê em casa quando a coisinha chorava a madrugada inteira

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Era difícil esquecer que se tinha um bebê em casa quando a coisinha
chorava a madrugada inteira.

E a plenos pulmões.

Pobrezinho... quem poderia culpá-lo?

Deveria ser sua primeira noite sem
a mãe, e obviamente sem toda a estrutura necessária para um bebê. Não havia um berço, um local adequado para que passasse a noite, não havia roupinhas de cama, nem muitos brinquedos – com exceção de dois bichinhos que a desnaturada que o deixou comigo levara.

Tudo o que consegui fazer foi comprar algumas papinhas – com instruções do farmacêutico –, uma nova mamadeira para reserva, chupeta,fraldas extras e algumas outras coisas, em uma ida rápida à drogaria mais próxima. Voltei com sacolas e mais sacolas, incluindo uma banheira de plástico e todo o resto que consegui encontrar pela frente, indicado para um bebê da idade dele.

Eu até poderia me considerar um homem de sorte por não ter estado sozinho ao receber a “encomenda”.Jisoo estava sendo de uma ajuda absurda, principalmente porque era paciente, gentil, e Davi parecia ter se apegado a ela muito mais rápido do que a mim. Provavelmente o fato de ela ser mulher e, sem dúvidas, mais maternal do que eu, contavam para a preferência.

Isso e o fato de que ela era linda.

Muito linda.

Se meu filho tinha metade do meu bom gosto para mulheres, já tinha reparado nisso.

Meu filho... a realização caiu como uma bomba na minha cabeça. Eu não tinha sequer feito um exame, não tinha certeza de nada, mas já considerava o moleque como meu.

Era errado.

Caso fosse uma mentira, eu poderia acabar me apegando à criança e teria que me despedir.

Em um dado momento durante a madrugada, acabei conseguindo pegar no sono, quando Davi também adormeceu. Ouvi um chorinho pouco depois, mas estava tão cansado, tão esgotado mental e fisicamente, que não consegui me levantar. Quando o fiz, já era manhã, e eu pulei da cama, horrorizado por ter deixado Jisoo sozinha para lidar com um bebê que não era seu.

Ao chegar no quarto ao lado, onde instalei os dois, encontrei-a sentada na poltrona reclinável, com a criança em seu peito, ambos dormindo, serenos.

Com cuidado, peguei o neném, levando-o para seu cestinho, já que não tínhamos um berço, mas esse pequeno movimento acordou a moça. Ela se alongou na poltrona, como uma gatinha preguiçosa, e era difícil não me sentir perdido olhando para ela.

── Desculpa, que horas são? ── ela perguntou em meio a um bocejo.

── Sete. Eu não queria te acordar.

── Tudo bem — respondeu ainda aérea, endireitando-se e ajeitando a saia do vestido que tinha subido um pouco. As pernas eram incríveis, mas eu evitei olhá-las para não deixá-la ainda mais sem graça. E porque... bem... seria desrespeitoso. A mulher estava na minha casa para me ajudar, pelo amor de Deus! ── Preciso ir. Tomar um banho, pegar algumas roupas e ir trabalhar.

𝘼 𝙡𝙤𝙫𝙚 𝙛𝙤𝙧 𝙩𝙝𝙚 𝘾𝙀𝙊 || JinsooOnde histórias criam vida. Descubra agora