Era difícil esquecer que se tinha um bebê em casa quando a coisinha
chorava a madrugada inteira.E a plenos pulmões.
Pobrezinho... quem poderia culpá-lo?
Deveria ser sua primeira noite sem
a mãe, e obviamente sem toda a estrutura necessária para um bebê. Não havia um berço, um local adequado para que passasse a noite, não havia roupinhas de cama, nem muitos brinquedos – com exceção de dois bichinhos que a desnaturada que o deixou comigo levara.Tudo o que consegui fazer foi comprar algumas papinhas – com instruções do farmacêutico –, uma nova mamadeira para reserva, chupeta,fraldas extras e algumas outras coisas, em uma ida rápida à drogaria mais próxima. Voltei com sacolas e mais sacolas, incluindo uma banheira de plástico e todo o resto que consegui encontrar pela frente, indicado para um bebê da idade dele.
Eu até poderia me considerar um homem de sorte por não ter estado sozinho ao receber a “encomenda”.Jisoo estava sendo de uma ajuda absurda, principalmente porque era paciente, gentil, e Davi parecia ter se apegado a ela muito mais rápido do que a mim. Provavelmente o fato de ela ser mulher e, sem dúvidas, mais maternal do que eu, contavam para a preferência.
Isso e o fato de que ela era linda.
Muito linda.
Se meu filho tinha metade do meu bom gosto para mulheres, já tinha reparado nisso.
Meu filho... a realização caiu como uma bomba na minha cabeça. Eu não tinha sequer feito um exame, não tinha certeza de nada, mas já considerava o moleque como meu.
Era errado.
Caso fosse uma mentira, eu poderia acabar me apegando à criança e teria que me despedir.
Em um dado momento durante a madrugada, acabei conseguindo pegar no sono, quando Davi também adormeceu. Ouvi um chorinho pouco depois, mas estava tão cansado, tão esgotado mental e fisicamente, que não consegui me levantar. Quando o fiz, já era manhã, e eu pulei da cama, horrorizado por ter deixado Jisoo sozinha para lidar com um bebê que não era seu.
Ao chegar no quarto ao lado, onde instalei os dois, encontrei-a sentada na poltrona reclinável, com a criança em seu peito, ambos dormindo, serenos.
Com cuidado, peguei o neném, levando-o para seu cestinho, já que não tínhamos um berço, mas esse pequeno movimento acordou a moça. Ela se alongou na poltrona, como uma gatinha preguiçosa, e era difícil não me sentir perdido olhando para ela.
── Desculpa, que horas são? ── ela perguntou em meio a um bocejo.
── Sete. Eu não queria te acordar.
── Tudo bem — respondeu ainda aérea, endireitando-se e ajeitando a saia do vestido que tinha subido um pouco. As pernas eram incríveis, mas eu evitei olhá-las para não deixá-la ainda mais sem graça. E porque... bem... seria desrespeitoso. A mulher estava na minha casa para me ajudar, pelo amor de Deus! ── Preciso ir. Tomar um banho, pegar algumas roupas e ir trabalhar.
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𝘼 𝙡𝙤𝙫𝙚 𝙛𝙤𝙧 𝙩𝙝𝙚 𝘾𝙀𝙊 || Jinsoo
Romance↪ Concluída O que dizer de Kim SeokJin? CEO de uma das maiores redes de concessionárias de motos do país, campeão de motocross, lindo, sexy, extremamente mulherengo e... meu chefe. Foi assim que ele me foi apresentado. Logo para mim, a típica garota...