↪ Capítulo dezenove

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Davi fazia gracinhas para Mônica, no meu colo

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Davi fazia gracinhas para Mônica, no meu colo.

Ele tinha mesmo gostado da mulher, mas eu precisava admitir que era bem mais agradável que o marido. Sem comparação, aliás.

Com sua pouca idade, meu bebê ainda não sabia fazer certas coisas, mas ria, mostrava os dentinhos e imitava alguns sons, da forma como conseguia.

Era esperto, e eu me sentia como um pai orgulhoso, mesmo sem saber se ele era meu.

Já deveria ter feito o exame de DNA, mas tantas coisas foram acontecendo ao longo do caminho que isso foi ficando em segundo plano. Já havia um berço na minha casa para ele, além de várias coisas que um bebezinho de sua idade necessitava. O problema era que... aquele pequeno
detalhe começava a não fazer diferença. Se era ou não meu filho biológico, não importava. Meu coração já pertencia a ele.

Eu já tinha me tornado seu pai e estava pronto para lutar por aquele garotinho.
Talvez eu estivesse sem coragem de buscar a comprovação.

A gargalhada gostosa de Davi foi subitamente cortada por um grito.

Era como um déjà vu. Reconhecia a voz de Jisoo, e a última vez que aquilo acontecera, eu a encontrei ferida, quase sendo sequestrada por alguém.

Não, de novo, não!

A lembrança da expressão apavorada de Jisoo naquele dia e o medo que tive de não conseguir protegê-la ainda me assombrava. Era exatamente isso que me deixava tão confuso a respeito de meus sentimentos. Seriam eles assim tão relevantes ao ponto de eu não querer perdê-la?

Fosse como fosse, naquele momento, ela parecia estar novamente em apuros.

Sem hesitar, entreguei o bebê a Mônica, que o pegou igualmente assustada, e saí correndo, subindo os degraus de dois em dois, em direção ao som que ouvi.

Jisoo não estava mais gritando, mas eu ouvia vozes. Depois ouvi o som de algo quebrando, o que me deixou desesperado. Os barulhos vinham do quarto onde eu estava dormindo com ela e Davi.

── Jisoo? ──  chamei, forçando a maçaneta. ── O que está acontecendo?

Só que ela não respondeu. Ainda assim, havia movimento dentro do quarto. Dava para ouvir.

Eu não podia contar com a sorte.

Tentei girar a maçaneta novamente, mas a porta estava trancada. O jeito era arrombar.
Tomando distância, enfiei o pé na madeira uma, duas vezes, tendo sucesso na segunda tentativa.

Quando entrei no quarto, deparei-me com a cena mais estranha possível.

Uma Jisoo trêmula e pálida segurava um caco de um vaso na mão, que sangrava. À sua frente, Alvarez, em posição de rendição, parecia irritado, e havia um corte em seu braço.

── Que bom que apareceu, Jin! Sua noiva é louca! Eu estava passando pelo corredor e a ouvi me chamar, pedindo ajuda, mas quando entrei ela me agarrou, agora está fazendo essa ceninha.

𝘼 𝙡𝙤𝙫𝙚 𝙛𝙤𝙧 𝙩𝙝𝙚 𝘾𝙀𝙊 || JinsooOnde histórias criam vida. Descubra agora