↪ Capítulo vinte e seis

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Eu tinha muito apreço pela minha vida, obrigada

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Eu tinha muito apreço pela minha vida, obrigada.

Tanto que quando minha mãe ficou sabendo que eu iria morar no Rio de Janeiro fez um drama fora do comum sobre o fato de que eu iria morrer com uma bala perdida, sem dúvidas.

Até aquele momento, eu não tinha contado para ela que quase fui sequestrada. Ok, ela sabia sobre meu namoro com Jin e me passara um sermão sobre “onde se ganha o pão não se come a carne”, mas se apaixonou quando o conheceu. Fomos visitá-la depois da operação da minha avó – que ele pagou – e minha mãe monopolizou Davi, tratando-o como se fosse seu próprio neto.

Desde então ela nunca mais reclamou de eu ter iniciado um relacionamento com meu próprio chefe.

Mas obviamente, eu não contava que um dia me veria na mira de um revólver, e não por conta de um assalto qualquer, mas por culpa de uma louca que queria nos chantagear.

Ainda assim, apesar de ter muito apego pela minha vida, a primeira coisa na qual pensei foi em proteger Davi.

Agarrei o menino com força contra o meu peito. Ele estava inquieto, e tentou se desvencilhar, e a forma como o prendi a mim fez com que começasse a chorar.

Esforcei-me para acalmá-lo ao mesmo tempo em que Jin se colocava à nossa frente, como escudo.

── Juliana, seja lá o que for que está passando pela sua cabeça, desista. Você vai destruir a sua vida.

── Não me importo! Eu quero destruir a sua ── ela falou com convicção demais para alguém que estava blefando.

── Sua louca! Você vai machucar o bebê com isso. É seu filho! ── alterei-me, sentindo-me completamente fora de mim. O medo fazia isso com as pessoas.

── Meu? Aparentemente ele é seu, né? Você tomou posse do meu bebê e ainda ficou com o ricaço bonitão. O que você tem, garota? Com essa cara de songa monga. Como pode ter conquistado tanto?

Tinha uma explicação bem simples para isso: não era eu que estava com uma arma na mão, ameaçando três pessoas. Só isso já me dava uma vantagem enorme sobre ela.
No entanto achei que não seria muito prudente dizer algo assim.

── Juliana, podemos voltar atrás na questão do dinheiro. De quanto você precisa? Posso te fazer um cheque aqui e agora de algum valor de sinal e depois acertamos o resto. Quinze mil de início? ── Jin estava com as
mãos erguidas, falando em um tom de voz muito calmo, e eu sabia que estava tentando negociar.

Juliana gargalhou. Louca, completamente.

── Quinze mil? Isso não dá nem para um mês. Já falei que estou com uma dívida. Comprei algumas coisas para investir na minha carreira, contando que Alvarez iria me ajudar, mas ele sumiu. Conseguiu vender a merda da marca dele e voltou para Houston.

Eu sabia disso, porque Jin me contara.

Depois que Mônica e Paulo se juntaram contra Julio Alvarez, que ela passara a morar com o filho – ao menos por um tempo, já que logo alugou um local para morar sozinha –, aquele velho safado voltou para seu país de origem. Jin ficou puto, na
época, porque queria ter conseguido algo contra ele para colocá-lo na cadeia, porque nossa queixa de assédio não deu em nada. Mas nem tudo era como queríamos, né?

𝘼 𝙡𝙤𝙫𝙚 𝙛𝙤𝙧 𝙩𝙝𝙚 𝘾𝙀𝙊 || JinsooOnde histórias criam vida. Descubra agora