↪ Capítulo oito

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Onde diabos eu estava com a cabeça para sair falando aquele tipo de coisa para a garota, especialmente sabendo que ela era super fechada e tímida?

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Onde diabos eu estava com a cabeça para sair falando aquele tipo de coisa
para a garota, especialmente sabendo que ela era super fechada e tímida?

Coisa do meu tio, é claro. Aquela ideia merecia o prêmio das piores ideias
da história das ideias horrorosas.

Ou talvez não fosse.

Ah, merda! Meu tio não estava errado de todo.

Se eu queria que aquele negócio desse certo, não deveria lutar por ele com tudo o que eu tinha? Se isso significasse contar uma mentira, era o que eu deveria fazer. Só que o erro fora envolver uma moça que definitivamente não iria topar nada sequer parecido.

Porra, e por que ela toparia? Ok, haveria dinheiro envolvido, mas nem todo mundo era ganancioso a tal ponto. E algo me dizia que Jisoo era o completo oposto disso. Ainda não a conhecia muito bem, mas no pouco de tempo que passamos juntos consegui entender que era um modelo de integridade, era leal e gentil, além de divertida e com um senso de humor muito peculiar.

Uma garota especial.

Uma que não merecia receber aquele tipo de proposta.

Fiquei andando no meu quarto de um lado para o outro, incapaz de dormir, tomado pela vergonha e pelo arrependimento. Passei horas ruminando o que disse, tentando encontrar coragem de ir pedir desculpas, mas sentia-me um covarde.

Só que acabei tomando uma atitude quando Davi começou a chorar no meio da madrugada.

Tudo bem que eu ainda não tinha certeza se o menino era meu filho, mas dela é que não era. De nós dois, a responsabilidade era mais minha. Não era certo que a garota precisasse tomar as rédeas da situação inteira. Já bastava que estivesse na minha casa, sem poder voltar para a dela, só porque era uma verdadeira santa.

Saí do meu quarto, passando pela porta como um furacão, esperando chegar lá antes que ela acordasse. Era hora de assumir minhas responsabilidades. Fosse aquele menino meu filho ou não, enquanto estivesse na minha casa, ele era assunto meu.

Só que, infelizmente, Jisoo já estava de pé, pegando-o do berço, e eu mal consegui me aproximar de tão doce que era a cena. Era a segunda vez que eu me sentia hipnotizado pelo que via, mas daquela vez foi mais intenso.

A linda morena estava com os cabelos todos desgrenhados, bem longos e soltos, e antes de tirar o bebê da cestinha, ela os enrolou em um nó, como se já esperasse que o bebê iria agarrá-los e puxá-los. Apesar do cansaço visível, Jisoo pegou Davi com uma paciência, falando com ele em uma voz doce e tão melodiosa, que até eu poderia ter me acalmado ao ouvi-la. Ela conseguiria me tranquilizar até mesmo se eu estivesse extremamente estressado depois de uma reunião de negócios mal-sucedida.

O que subitamente me deixou com uma imensa vontade de beijá-la.

Não que essa vontade não tivesse existido desde o início. Como poderia ser diferente? A garota era linda, e eu não era cego, muito menos imune a esse tipo de coisa. Depois, conforme passei a conhecê-la e ela passou a me ajudar, o desejo começou a se manifestar como uma imensa gratidão. O que também era facilmente explicável. Se não fosse por ela, eu estaria completamente louco.

𝘼 𝙡𝙤𝙫𝙚 𝙛𝙤𝙧 𝙩𝙝𝙚 𝘾𝙀𝙊 || JinsooOnde histórias criam vida. Descubra agora