Cap 47

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Lúisa

James me deixa em frente ao portão da casa da minha mãe, casa essa que Rafael deu pra ela, não posso nem fazer ela devolver já que foi um presente e ela já vendeu a nossa antiga casa, me despeço do meu amigo que esbanja simpatia, espero ele dar partida no carro pra poder pegar minha chave, abro o portão e puxo minhas malas que estão super pesadas, tento entrar o mais silenciosamente possível pra não acorda minha mãe e o meu padrasto, olho no relógio e já passaram das duas da manhã, coloco as malas em um canto da casa e em seguida vou para o meu quarto que está reservado pra quando eu fizer visitas á minha mãe, deito na cama exausta mentalmente, coloco meu celular pra despertar ás 7:00 pra poder ir na faculdade trancar minha matrícula, James me avisou no carro que nossa viagem seria á noite pra dar tempo pra eu resolver o que necessito, vou no You Tube e coloco a música "cry" do filme um amor pra recordar, e ao ouvir aquelas palavras que me identifico tanto me fazem chorar, coloco a música para repetir várias vezes até adormecer de exaustão.

Acordo com o meu celular despertando, me arrasto pro banheiro para me arrumar, ainda bem que tenho algumas roupas aqui na casa da minha mãe e não preciso abrir as malas, assim que termino chamo um Uber pra faculdade, no caminho mandando uma mensagem pra minha que estava dormindo quando saí, aviso que fui pra casa dela de madrugada e tive que sair cedo e que quando eu chegar converso com ela, aproveito e mando mensagem pra Isa para que ela me encontre na casa da minha mãe daqui duas horas ela fica preocupada mas concorda, vou contar para as duas juntas porque não tenho mais estruturas pra contar a mesma história várias vezes, porque toda vez que conto eu me machuco ainda mais.

Assim que chego na Universidade me dirijo para a secretaria para trancar minha matricula, o que faço rapidamente, me sinto triste por trancar o curso mas sei que não posso e nem devo ficar no mesmo estado que meu mari... que Rafael, pelo menos não nesse momento, eu nunca pensei em ir morar fora do meu país mas hoje a proposta de estar o quanto mais longe do Brasil melhor.

Ligo para minha ex- sogra e para Simone e pergunto se elas podem me encontrar em um café que tem perto da faculdade, elas concordam.

Após uma hora estou na lanchonete a espera das duas mulheres que considero como parte da minha família, elas me acolheram e aceitaram tanta facilidade que até hoje me emociono.

Vejo as duas entrarem no café e as pessoas que estão no café se viram pra olhar aquelas mulheres tão lindas e elegantes, não tem como não notar aquelas duas, dou um sorriso com o meu pensamento.

Cássia _ Luísa minha querida!! Eu queria tanto te ver e te dar um abraço.

Me levanto pra receber as duas que me abraçam juntas, reparo que o rosto da minha sogra está abatido, Simone também parece ter chorado.

Simone _ Cunha você não tem noção do quanto estamos tristes por essa situação! Nós não esperávamos que ele se separasse de você, meu irmão é um cabeça dura idiota.

Dou um sorriso triste e falo que eu também não esperava, mas que infelizmente não há nada que possa ser feito por nenhuma de nós.

Simone segura a minha mãe chora, falando que mesmo que o irmão dela não esteja comigo ela vai sempre querer manter contato. Aperto sua mão e digo que, sempre seremos amigas.

Minha sogra acaba caindo no choro também, um choro contido e chique ao contrário do meu que jorra lágrimas sem parar, e o nariz escorrendo sem nenhuma decência.

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