𝖉𝖊𝖈𝖎𝖒𝖔 𝖘𝖊𝖝𝖙𝖔 𝖈𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔

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Saio da mesa de jantar, seguindo para meu quarto. Na intenção tirar um cochilo. Um final de semana normal, na mansão Ackerman. As coisas pareciam mais agitadas. As festas de final de ano se aproximavam. Como de costume. Passaria com a família, em um chalé nas Filipinas. Era realmente algo agradável. Mas... Havia algo. Ou melhor. Alguém, que me fazia não gostar da ideia, de passar tanto tempo fora. Erwin Smith. O nome do homem que me fazia sentir isso . Seriam duas semanas sem ele. Ou melhor, sem o corpo dele. Afinal isso que deveria importar. Saudades dele? Que patético. Eu Levi Ackerman estaria com medo, de sentindo saudades de alguém? Isso poderia ser uma piada para qualquer um que me conhecesse. Mas era verdade... Realmente odiava a ideia de ficar longe do loiro. Merda... Aquilo estava ficando fara de controle. Eu o queria a todo instante, a todo momento. Quantas vezes fossem possíveis. Em todos os lugares possíveis. Passar os dois dias do final de semana já me fazia sentir falta da companhia do maior. A viagem, já esta marcada. Teria até amanhã para me despedir do loiro, dos olhos, cor de mar. Precisava ver ele mais uma vez. Antes e partir. Levantei da cama, buscando meu celular por qualquer canto naquele lugar. Agarrei o aparelho, o desbloqueando. Abri a conversa com Erwin. Eu estou mesmo fazendo isso? Oque iria falar?

"Olá Erwin, quero te ver uma última vez. Estou morrendo de saudades, antes mesmo de partir"

Decidi iniciar uma conversa casual. Perguntei-lhe onde estava passando o final de semana. O mesmo respondeu com uma foto. Era possível ver o pescoço do loiro, mais ao fundo um pequeno jardim, e casas. Estou delirando? Conhecia aquele lugar. Era a cidade que minha avó morava, antes de falecer. O maior complementou dizendo estar visitando seu pai. Aquilo seria arriscado. Mas não queria sentir o sentimento de arrependimento em minha garganta, durante duas semanas. Segui para o banheiro, me lavei . Comi algo. E me aprontei. Vesti apenas roupas casuais, e bem quentes. Não podia arriscar passar o final de ano resfriado. Já estava anoitecendo. Passei meu perfume. Desci as escadas, me dirigindo a saída.

- onde você vai meu querido? - a voz da mulher mais velha ecoou pela sala

- vou passar a noite fora. Volto ao amanhecer. Posso pegar o carro emprestado

- claro meu amor. Mas tome cuidado

acenei positivamente com a cabeça seguindo para a saída

- mande um abraço para o Smith

Paraliso ao ouvir a voz do homem mais velho. Ao me virar, vejo o semblante debochado de Kenny. Velho maldito. Sigo caminhando - dessa vez mais rapidamente - ouvindo os gritos de minha mãe, me questionando, sobre quem era Smith.

Segui viagem até a cidade. Às duas horas de viagem seguiram tranquilamente. Dei pequena voltas pela cidade. Procurando as casas, que havia no fundo da foto. Achei o lugar consideravelmente rápido - por mais que a escuridão da noite atrapalhasse - O fato da cidade ser pequena, ajudou bastante. Parei meu carro na esquina de onde supus ser a casa de Erwin. Sai do carro, ficando em frente a casa do mesmo. Liguei para ele. Em questão de segundos ele atendeu.

- Levi? Tudo bem?

- claro, porque não estaria?

- esta me ligando as 21:00 da noite, em pleno domingo

- decidi te fazer uma surpresa

- surpresa?

- sim, olhe pela janela

E questão de segundos. A figura alta surgiu na janela da casa

- como? Como veio parar aqui?

- poxa... pensei que iria feliz com minha visita - falei cinicamente

- eu fiquei. Isso só foi muito repentino

- odeio falar pelo telefone. Pode descer aqui agora?

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