attraction or love

𝖙𝖗𝖎𝖌𝖊́𝖘𝖎𝖒𝖔 𝖙𝖊𝖗𝖈𝖊𝖎𝖗𝖔 𝖈𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔

Leia esse capítulo escutando "young - vacations"

Boa leitura ;)

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Assistimos o por do sol ainda na água; quando voltamos o céu já não estava tão claro como antes , e uma noite gélida parecia nós aguardar. Erwin tomou banho em quanto arrumava as coisas; ao sair do banho ouvi barulhos estranhos vindo da entrada, abri a porta me deparando com: Erwin acendendo uma fogueira, algumas almofadas e pufs estavam em volta da mesma.

- O'que é isso? - indaguei ainda terminando de me agasalhar.

- Surpresa! - o homem que vestia um enorme casaco cinza disse abrindo os braços.

- Por isso estava cortando lenha essa manhã? - me referi a fogueira.

- Sim. Eu queria fazer uma coisa diferente, mas acho que não deu certo. - um semblante decepcionado tomou conta do rosto do loiro.

- Não! Eu gostei - calcei minhas pantufas azuladas e segui até o local onde o loiro estava.

- Que bom que gostou - um lindo sorriso surgiu nos lábios do loiro.

Os céus... como esse sorriso é tão hipnotizante.

Assentei-me no pequeno estofado ao lado do maior; logo senti o braço do mesmo me envolvendo, fazendo-me sentir teu cheiro.

- Temos marshmallows para assarmos na fogueira.

- Posso fazer chocolate quente se você quiser.

- Ok, pode fazer mais tarde.

Começamos a assar os marshmallows na pequena fogueira feita pelo homem ao meu lado. Era muito lindo ver ele se esforçando para me agradar, não sei explicar o porquê, mas com certeza amava aquilo. As vezes acho que tenho que ser mais romântico... Mas não sei fazer isso, eu nem consegui demonstrar afeto o suficiente para ele perceber que eu estava apaixonado por ele, por isso eu quase o perdi... Mas eu definitivamente não quero perder esse homem, então estou vou tentar mostrar a ele o quão importante ele é para mim, só não sei como.

- Está tudo bem, meu amor? Está tão pensativo - levou uma de suas mãos ao meu maxilar.

- Eu estava pensando... deixa - um semblante confuso vindo do loiro caiu sobre mim.

- Sabe... se você falar sobre o que está te incomodando, eu posso ajudar, podemos fazer isso juntos - senti a mão do maior envolver a minha.

Talvez se eu falasse sobre minha dificuldade de demonstrar afeto... talvez ele entendesse e pudesse me ajudar.

- Você acha que eu gosto de você?

- Que pergunta é essa? Claro, afinal nós estamos juntos; mas o porquê dessa pergunta?

- Que bom que você sabe... é que... as vezes acho que sou invencível de mais; eu queria ser como você... não ter dificuldade em se declarar ou falar coisas bonitas; você é tão carinhoso comigo, e eu não te trato como você deveria ser tratado - senti os lábios do maior tocando os meus, interrompendo minha fala.

- Meu amor, eu sei que você gosta de mim, e tenta demostrar isso do seu jeito - acariciou meus cabelos - não precisa se preocupar, entendo cada sinal que você dá - senti os lábios do maior deixando um beijo em minha testa.

Um sorriso surge em meus lábios, realmente me abrir com ele parecia me ajudar; talvez fizesse isso mais vezes.

- Você deveria sorrir mais vezes... você fica tão lindo.

Desviei meu olhar para o lado, eu nunca recebi muitos elogios, até porque nunca dei abertura a ninguém; aquilo era muito novo para mim.

- Eu Também gosto do seu sorriso... e do jeito que você arruma seu cabelo... do jeito que você fica concentrado lendo... e eu definitivamente adoro seus olhos - disse pausadamente olhando para os lados; até que tomei coragem oara encarar o maior.

Seus olhos tão azuis como o mar, me fitavam com um brilho intenso; e suas bochechas estavam rosadas.

- Eu sei que ama meus olhos, por isso te dei esse colar - levou a mão até a joia em meus pescoço.

- Que dia é seu aniversário?

- 14 de Outubro, ainda está longe.

- Ótimo. Assim tenho tempo de preparar um presente bem especial.

- Como eu amo seu lado romântico, Ackerman - o maior deixou uma marcar em meu pescoço.

Após terminarmos de arrumar a bagunça que fizemos com o chocolate dos marshmallows; bebemos chocolate quente na varanda - o que me deu uma leve sensação de nostalgia - logo
adentramos a casa, afinal o frio parecia tomar conta de toda a noite. Estávamos nós preparando para deitar; Erwin sugeriu de vermos um filme, então ligamos a TV e começamos a vasculhar o catálogo de terror da amazon.

- Vai procurando algo. Eu vou lá em baixo buscar o sorvete.

- Ok. Se tiver restos do de caramelo traz para mim.

- Você realmente detesta flocos, né?!

- Não é isso, só não é meu predileto.

O maior deixou um beijo em minha testa antes de começar a descer as escadas. Alguns minutos, depois ouvi um barulho estranho, parecia o som de um vidro sendo estourado; logo me levantei, pegando o rádio comunicador em minha cabeceira.

- Alô? Vocês ouviram isso? Alguém? Respondam! - meu coração acelerava a cada pergunta não respondida.

Erwin estava lá embaixo... Eu precisava ver o que havia acontecido. Comecei q descer lentamente os degraus da escada.

Será que realmente deveria descer?

A dúvida voltou a minha mente. Não ouvia nada, nem mesmo os sons de Erwin. Respirei fundo mais uma vez; senti o celular vibrar em meu bolso, logo peguei o mesmo o desbloqueando.

"Desculpa senhor Ackerman, já estamos a caminho"

Uma mensagem de um de meus seguranças. Talvez seria melhor esperar eles cegarem. Seria mais seguro, certo? virei-me para subir novamente as escadas, quando o barulho se repetiu. Parei imediatamente.

De repente um um estrondo alto tomou conta de toda a casa. Aquilo era um disparo? Não, não podia ser... Escuto um grito de uma voz mais que conhecida por mim.

Erwin...

Sem nem pensar desci as escadas em uma rapidez extraordinária. Ao chegar no andar de baixo acende a luz; me deparei com a visão que vez meu coração parar e o ar sumir de meus pulmões.

Erwin com seus olhos arregalados e expressão incrédula, o mesmo pressionava um ponto em seu abdômen. Senti um nó se formar em minha garganta quando a camisa branca do loiro começou a ser tomada pelo vermelho de seu sangue.

Parei de imediato. Não conseguia me mexer. Lancei meu olhar por toda a casa procurando o responsável pelo ato. Até que vi um homem encapuzado, ele estava próximo à janela - que já estava em pedaços- ele tinha um par de olhos cor de mel, eles tinham uma expressão assustada. Logo eles já não estavam mais ali, haviam sumido na escuridão daquela noite.

Em instantes os seguranças adentraram a casa; se deparando com a mesma visão que eu.

Erwin estava no chão, e em volta dele... uma enorme poça de sangue.

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