𝖁𝖎𝖌𝖊́𝖘𝖎𝖒𝖔 𝖈𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔

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Leiam esse capítulo escutando "love in the dark - Adele"

- boa leitura <3

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Levi havia se retirado da mesa para atender o telefone. Continuei a comer peixe assado. Até que meu celular começou a vibrar em meu bolso. Mensagens de Mike, não paravam de cair.

Mike: Erwin... Você já viu? Fotos suas e do Ackerman foram vazadas.

Erwin: Do que você está falando

Em seguida, Mike me mandou um link, de um site famoso de notícias. Abri o link, no momento em que vi as fotos... Tive a terrível sensação, de algo em meu peito, uma angústia. Lá estava, fotos do nosso beijo, em frente ao prédio. O canal de notícias, contabilizava mais de um milhão de seguidores. O país todo poderia ver aquela merda. Mas não me importava, desde que uma pessoa, em específico, não visse, meu pai. Ele não faz ideia de nada, mas já deve ser tarde demais, ele já deve ter visto. Meu estômago se remexia, sentia que iria vomitar todo o peixe que acabei de comer. Meu coração estava acelerado, o ar começou a faltar em meus pulmões. De repente, Levi adentra a sala novamente, o mesmo tinha uma expressão preocupada, ele já sabia. Senti que iria desmaiar ali mesmo. Mil pensamentos se passavam em minha cabeça. Levi parecia falar algo, mas não o escutava, as coisas ao meu redor pareciam se mexer. Eu estava em pânico, a gola da camisa, parecia me sufocar, o suor frio escorria pela minha pele. Levi aparece em minha frente, estendendo um comprimido, juntamente com um copo d'água. Bebi o remédio, que parecia ser um calmante. Minutos depois, minha audição voltará ao normal, juntamente com minha visão e batimento cardíaco.

-  Ei Ei, consegue me ouvir? - o menor pronunciou. Ainda sentado na cadeira da mesa de jantar. Levi estava em minha frente, fitando-me com olhos apreensivos. Acenei a cabeça positivamente, para responder a  pergunta do mesmo.

- Te dei um calmante, já está sabendo né... Sinto muito, eu não me controlei e te beijei em público.

- A culpa não é sua. É do filho da puta que tirou  as fotos, e publicou elas.

- Eu liguei para meu tio, ele vai tentar remover tudo isso. Mas provavelmente não vai ter sucesso, esse tipo de coisa tem uma repercussão enorme.

Levei a mão ao peito, em uma tentativa falha de aliviar aquela sensação. Eu queria desaparecer. Eu não queria que fosse assim, eu queria falar com ele, olho  no olho. Eu não estava pronto, não imaginei que ele descobriria assim. E agora? O que eu faço? Levi que estava em minha frente, parece ter notado meu estado de confusão mental.

- Tenta se acalmar, respirar fundo, e solta devagar. Eu estou aqui, você não vai passar por isso sozinho.

Juntei o resto de força que havia em meu corpo, e me levantei seguindo até o sofá. Respirei fundo, como Levi pediu. Eu tinha que me acalmar.

Sinto o celular vibrar, em minhas mãos. De todas as pessoas, aquela era a última que eu gostaria de receber uma ligação. O nome "pai" estava estampado em minha tela, juntamente com as opções, de recusar ou aceitar a chamada.  O que eu deveria fazer? Se eu atendesse naquele momento de confusão mental, não seria a melhor hora. Mas me arrependeria mais tarde, sei que não retornaria a ligação, afinal, eu sou um covarde. Descobri que sentia atração por homens na nona série, e mesmo após tanto tempo, ainda me faltava coragem. Ao olhar para frente, me deparo com Levi. O mesmo estava agachado em minha frente, ele segurou uma de minhas mãos, acenando positivamente. Respirei fundo, eu não estava pronto. Mas ele estava ali, estava comigo... Apertei o símbolo esverdeado, que estava em meu celular, assim atendendo a ligação.

Tentei dizer um simples "oi", mas não consegui.  A voz estava presa em minha garganta, mesmo se ela saísse, seria em um sussurro, ou completamente trêmula.

- Erwin, já estou sabendo... Creio que já esteja sabendo também, acredito que não esteja bem para conversar agora. Eu não quero tratar desse assunto por telefone, podemos conversar na quinta? Eu e você precisamos refletir antes de conversarmos. Te espero quinta. 

Eu não esperava essa reação, na verdade, não sabia oque esperar.  O mesmo não esperou uma  fala minha, desligou após sua fala. Se ele esperasse, não teria nenhuma resposta. Ele estava certo, eu precisava pensar, precisava de um tempo sozinho.

Já se passavam das 1:00 da manhã

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Já se passavam das 1:00 da manhã. Estava sozinho em meu dormitório, não conseguia dormir. A sensação em meu peito ainda me atormentava,  já havia refletido sobre tudo, mesmo assim ainda tinha muita coisa em minha mente. Mesmo depois dos três calmantes que tomei, não conseguia me sentir melhor. Não esperava que isso acontecesse assim, eu queria ter dito para ele, olhando nos olhos dele. Mas tiraram isso de mim. Agora era tarde demais, não adianta me lamentar, só aumentaria a angústia em meu peito. Não parava de pensar, como ele reagiria? Como ele me trataria? Ele ainda sentia orgulho de mim?

Aquelas perguntas, questionamentos não cessavam. Levanto a cabeça, fitando o quarto completamente vazio. Eu estava realmente sozinho? Não... ele estava comigo certo?  Eu não aguentava  mais sentir aquilo, ficar sozinho só serviu para tornar tudo mais angustiante.

Em um impulso levantei rapidamente da cama. Eu precisava dele. Vesti uma jaqueta, que estava jogada em cima da minha cama. Saí correndo do campus. Eu corri, corri muito... Senti meus pulmões e bochechas arderem, sendo cortadas pelo vento frio.

Eu preciso do cheiro dele, da voz dele, do beijo dele, do abraço dele, eu preciso dele... Cheguei em frente ao prédio, não tem mais volta, adentrei o prédio entrando no elevador. Tinha o risco de  algum paparazzi me ver, mas isso não importa mais, foda-se esses cretinos. Eles não vão impedir de eu ficar junto dele. Ninguém vai...

Cheguei em frente ao apartamento do mesmo, toquei rapidamente a campainha. Em segundos a porta foi aberta, fitei seu rosto, ele não parecia sonolento,  provavelmente não havia conseguido dormir. Senti a sensação terrível em meu peito se dispersando, eu estava ali, em frente a ele. Não tinha porque me segurar. Senti meus olhos encherem de lágrimas. O abracei, forte, muito forte, para que ele não fosse embora. Senti o cheiro dele, a pele macia, ouvi ele sussurrando palavras de conforto em meus ouvidos. E pela primeira vez naquela noite, senti lágrimas caírem, molhando meu rosto. Não me senti fraco, me sentia seguro, em seu abraço. Eu finalmente estava ali com ele. Toda a sensação de confusão, frustração, havia sumido. Aquele era o poder que Levi tinha sobre mim. Merda... Eu gosto mesmo dele.

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𝟭𝟬𝟲𝟳 𝙥𝙖𝙡𝙖𝙫𝙧𝙖𝙨

𝙣𝙖̃𝙤 𝙨𝙚 𝙚𝙨𝙦𝙪𝙚𝙘̧𝙖𝙢 𝙙𝙤 𝙫𝙤𝙩𝙤 <𝟯

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