A vida após a morte continua? Para Andrew Deluca, sim, já que na verdade nunca conheceu a temida morte, passou perto dela, mas não a conheceu. Depois de ser cruelmente esfaqueado por um criminoso, sua vida corria mais perigo do que poderia imaginar...
Meredith acordou sentindo um braço na sua cintura, durante tanto tempo aquilo fez parte da sua rotina, que ela demorou alguns minutos pra se tocar quem era ali com ela, o fato do braço do Hayes ser bem mais leve do que o do Andrew o entregou. Droga! Eles haviam dormido. Ela levantou e pegou o celular na cômoda do lado sem se mexer muito e o relógio já marcava 11h37, estava muito atrasada, as crianças estavam muito atrasadas. Quando desbloqueou o aparelho, viu mensagens da Amelia e agradeceu a Deus por a ter em sua vida.
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Meredith estava entendendo até ler a última mensagem. Quem perguntou por ela? O que a Carina tem a ver? Amelia definitivamente não estava falando do Cormac, que aliás, acordou e encarava a Grey, tentando decifrar sua expressão facial.
— Já soube? — Ele perguntou.
— Do que? O que tá todo mundo sabendo que eu não estou? — Ela disse se irritando.
— Acho que eu não sou a pessoa ideal pra contar. — Ele levantou e começou a recolher as roupas espalhadas no chão do quarto. — Eu preciso ir.
— Sério? — Ela assistiu ele se vestir, e se afastou quando ele tentou se aproximar. — Não vai me falar o que houve? Você chegou aqui falando, o que era?
— Desculpa, mesmo. — Ele saiu, ou melhor, fugiu, sabendo que provavelmente não voltaria para aquela cama mais.
Meredith respondeu as mensagens da Amelia já mal humorada perguntando o que estava acontecendo, odiava ser a ultima a saber das coisas, principalmente com algo que parecia ser ligado diretamente a ela.
Fez tudo que tinha pra fazer em casa o mais rápido que conseguiu, sequer tomou café da manhã, apenas saiu apressada. Encaixou o celular no suporte do carro e começou a ligar para todas as pessoas possíveis: Amelia, Maggie, Teddy, Bailey, Owen, Jo, e ninguém a atendeu. Encarou o número da Carina quando estacionou já no hospital, pensou muitas vezes antes de clicar, no fundo, queria evitar a Deluca o máximo que pudesse, mas, ela sabia de algo, tinha algo acontecendo e ela sabia, então apertou, e no segundo toque ouviu a voz da italiana.
— Alô?
— É... Oi, tudo bem? — Meredith falou arrumando o cabelo, mesmo sabendo que ninguém estava a assistindo naquele momento.
— Tudo. Meredith, olha, todo mundo veio me falar que eu deveria ter te contado quando eu soube, só que, eu não achei que você fizesse questão, mas, ele faz questão, e bem, eu já vim buscá-lo, chegamos em Seattle no fim da tarde e... — Ela respirou fundo. — Só seja legal a princípio.
— Ok, Carina, eu não faço ideia do que está acontecendo.
— Que? Não te contaram? Como assim? Só se fala nisso lá no hos... — Ela parou a frase no meio e Meredith pode ouvir uma voz no fundo dizendo algo que ela não conseguia decifrar, mas conhecia a voz, sentiu todo seu corpo arrepiar. — Preciso desligar.
