Obsessive Compulsive Disorder ;; Chaelisa

i love you, lalisa

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Ela olhou as horas no relógio de pulso e viu que já era quase meia noite.

Chaeyoung não sabe quanto tempo passou no apartamento de Lisa, e o fato de que ela terá que se despedir de Lisa em poucos minutos a sufoca. Ela quer tanto passar o resto da noite com Lisa, a abraçando e a acalmando, cheirando o perfume dela e sentindo a pele dela. Roseanne pensa no quão grudada se tornou de Lisa, ela já sente falta da abraçá-la.

Isso a faz se sentir ridícula e ansiosa. Ela quer Lisa sempre por perto.

— O táxi já está vindo, não precisa esperar comigo, está frio aqui fora. — Chaeyoung diz e a olha pelo canto dos olhos.

O vento gelado balança os cabelos longos e pretos de Lisa. Ela estava com as mãos no bolso da calça moletom e seu rosto está neutro. Sem expressão.

Elas estavam na calçada, em frente ao apartamento de Lisa. Já fazia 10 minutos que Chaeyoung tinha chamado um táxi, mesmo que Lisa tenha se oferecido a leva-la para casa. Roseanne negou, não queria incomoda-la, mesmo que quisesse muito passar mais tempo com Lisa.

— Esta de noite, é perigoso. — ela resmungou. Seus olhos estavam vidrados no céu estrelado acima delas, enquanto os de Chaeyoung estavam vidrados na tailandesa ao seu lado. — Você ainda está com frio? Posso te emprestar outro casaco.

Lisa diz e olha para ela. Chayeoung se envergonha ao lembrar que está usando um casaco de Lisa por cima de seu vestido, ela desvia os olhos da mais nova e se encolhe. Chaeyoung consegue sentir o cheiro dela no casaco. É aconchegante.

— Esse está ótimo, obrigada. Eu te devolvo na segunda.

Lisa morde os lábios enquanto olha para ela. Chaeyoung ficava tão bonita nas suas roupas.

— Pode ficar. Você fica bonita nele.

Ela simplesmente solta e volta a olhar as estrelas, como se não fosse nada demais. Chaeyoung olha para ela e sorri discretamente.

Roseanne percebe que Lisa ainda esta meio constrangida pelo que aconteceu a alguns minutos atrás. Ela sabe disso porque quando Lisa se deu conta de que estava chorando em seu peito a vários minutos ela simplesmente pulou do sofá, como em um estalo, e fingiu que nada aconteceu. Nada aconteceu.

Entretanto, Lisa percebeu que a intimidade é de fato, como geralmente se crê, o último reduto da solidão.

Mas, basta que ela se descubra a nós para que a solidão cesse. Ela nos revela um mundo que está em nós, mas no qual todos os seres podem ser recebidos. No entando, Lisa nunca recebeu ninguém em seu mundo interior, ela nunca permitiu que absolutamente ninguém entrasse. Ela sempre sentiu que esse mundo não passava de uma ilha de sonho. Mas Roseanne chegou, e de repente o sonho se realiza e essa ilha é o continente, e então se produz a mais aguda emoção que pode sentir; o amor.

Roseanne revelou a Lisa que o seu mundo mais secreto, e que julgava ser tão frágil, é um mundo comum a todos, o único que não é aparência, um absoluto presente em cada pessoa, aberto diante a nós, e no qual somos chamados a viver.

Lisa a quer.

— Lisa.

Ela sussurra tão perto e isso pega Lalisa desprevenida. Ela se vira para encarar Roseanne nos olhos e seu coração está a mil por hora.

— Hum?

— Você vai fazer alguma coisa amanhã?

Chaeyoung ainda está muito perto, e Lisa acha isso difícil de lidar. Ela não consegue conter seus olhos de filmar todo o rosto de Roseanne, e Lisa pensa que o rosto dela parecia o mapa do mundo. Um mundo sem qualquer escuridão.