• Jeremy

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Naquele sábado Briana tinha acordado um pouco mais animada, uma vez que, logo passaria a tarde toda com uma das pessoas mais importantes pra ela, Johnny

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Naquele sábado Briana tinha acordado um pouco mais animada, uma vez que, logo passaria a tarde toda com uma das pessoas mais importantes pra ela, Johnny. Estar com ele era divertido e a fazia esquecer de seus problemas, entretanto, sua animação não durou por muito tempo. Assim que chegou ao local teve o desprazer de escutar a péssima notícia de que o garoto não estava muito bem. Havia passado por uma crise pesada e teve que ser medicado para suportar as dores, o dia todo esteve com seus olhinhos fechados sem forças nem mesmo para conversar.

Bria quase não conseguiu se concentrar no trabalho, e assim que deu seu horário, foi pra casa tomar banho, alimentar o Sr. Blue e a ela mesma, para logo depois voltar. Não queria deixar o menino sozinho naquele momento, a guarda dele estava com a vó, mas dificilmente ela aparecia no hospital para vê-lo. E sentada ao lado da cama do menino adormecido, segurando sua mãozinha bem menor que a dela, Ana chorou baixinho por tudo o que Johnny tinha que enfrentar mesmo em tão tenra idade. Ele era tão pequeno e não havia ninguém da sua família ali para abraçá-lo e dizer que tudo ficaria bem. Bem, ela faria isso por ele.

Já escurecia quando Mary, a médica de Johnny, entrou no quarto para checar como ele estava e enquanto estudava a caderneta dele, fingiu que não viu a loira enxugando suas lágrimas. Sentia que a Branson ficaria ainda mais arrasada depois da notícia que receberia, a culpa a consumia por isso, mas estava longe de suas mãos a resolução do próximo problema que Johnny encontraria. Só queria que ele tivesse alguém que se importasse com ele quando o momento de escutar a notícia chegasse, e sabia que Briana era aquela pessoa.

— Bria, pode vir comigo por um momento?

A garota não queria soltar a mão do seu menininho, mas, por respeito, assentiu e seguiu a médica para o lado de fora do quarto. Porém não quis ir o mais longe do que aquilo, e com a porta ainda aberta cruzou os braços esperando para ouvir o que Mary tinha a dizer. Pela expressão da mulher, não deveria ser uma notícia boa.

— A avó do Johnny abriu mão da guarda dele.

— O quê? Como assim? Quem vai ficar com ele? — Suspirando cabisbaixa, Mary teve que piscar longamente para espantar a emoção que a estava deixando com vontade de chorar.

— Ela disse que está dando muito trabalho e ela já está muito velha pra conseguir ficar correndo atrás do que ele precisa. Ele está indo para um orfanato, Briana.

— Meu Deus. — Sua pernas já não a sustentavam direito e Bria teve que seguir até a cadeira mais próxima para se sentar. — Meu Deus, Mary, isso não é justo. — Sua voz veio embargada quando ela continuou. — Ele já sabe?

— Não, ainda não. A assistente social veio aqui, mas achamos melhor ela retornar pra contar a ele só quando a saúde dele estiver mais estável.

— Deus, ele vai ficar tão arrasado. Como ela pôde abandonar um garotinho no momento em que ele mais precisa da família?

— Eu sei, infelizmente não posso fazer nada. Mas eu queria que ele tivesse alguém de quem gosta ao lado quando for receber essa notícia. Você poderia vir? Vou entender se não conseguir, mas...

Black ~ D. Salvatore 2 (✔)Onde histórias criam vida. Descubra agora