Prólogo

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Há certos momentos em sua vida onde você simplesmente acaba sem saber o que fazer. Jeon Jungkook, um alfa simples, educado e gentil, passou recentemente por um desses momentos, onde tudo que ele menos esperava era encontrar um ômega híbrido de gato quase morrendo em um beco qualquer. O cheiro de tal ômega o atiçou no mesmo instante, mas não de uma forma carnal, e sim voltada ao completo instinto de proteção que o Jeon tinha.

Jungkook levou o híbrido até o hospital sem ao menos saber como era seu nome, o lugar de onde ele vinha, o motivo para ele estar mal como estava, ou qualquer outra informação que pudesse ter sobre o menor. Apenas sentiu que aquilo era o correto a se fazer. Não precisava conhecê-lo para fazer algo de bom por ele.

Algumas vezes precisamos agir por instinto e não apenas pensar na forma de fazer determinada coisa. Seguir o coração é seguro em certos momentos, mesmo que não seja tão racional quanto seguir sua mente. Pode até mesmo ser arriscado, mas é necessário, da mesma forma que foi naquele dia.

Dois amigos do híbrido apareceram durante todo aquele enorme e desgastante procedimento médico. Eles informaram a Jungkook que o nome do ômega era Park Jimin, senda essa informação a única coisa que o Jeon acabou por descobrir. Era um tanto frustrante, óbvio, mas até o tal Jimin acordar ele teria que esperar para entender o que havia acontecido ou maiores detalhes sobre o garoto.

Jungkook foi o primeiro que foi autorizado a entrar no quarto para ver Jimin, recebendo do médico a pior notícia possível: Jimin morreria caso não fosse marcado por um alfa, afinal apenas uma marca poderia dá-lo força o bastante para sobreviver.

O Jeon, assustado, em choque, sem saber o que fazer, andou até a recepção e falou com os amigos do híbrido, questionando se o menor era comprometido ou se tinha alguém que pudesse ao menos ajudá-lo.

Sua surpresa foi grande ao saber que não havia uma sequer pessoa que pudesse marcar o ômega para poder salvar sua vida. Céus, se sentia totalmente perdido. O que poderia fazer? Sentia que não podia simplesmente deixar ele lá, morrendo, principalmente sabendo que poderia ter feito algo além de levá-lo até o hospital.

Então, surpreendendo até a si mesmo e sem muito conseguir pensar, ofereceu-se para ajudar.

E assim Jungkook o marcou.

Ele não sabia se era o certo, lógico que não, mas sentia que sim e que era aquilo o que deveria fazer, como se fosse um grande propósito para sua vida.

O que Jungkook ainda não sabia é que aquele seria o melhor erro que cometeria em toda sua vida.

~#~

Quando Jimin acordou ele estava totalmente atordoado. Seus dois amigos, que Jungkook descobriu chamarem-se Kim Taehyung e Kim Seokjin, entraram primeiro para que o Park pudesse entender o que estava acontecendo com ele. Jungkook estava nervoso, ele agora era o alfa de alguém que nem mesmo conhecia, e sentia o tempo inteiro a aflição que corria por suas veias, a qual ficava mais intensa a cada instante.

Jungkook já estava quase entrando em colapso, se sentindo cada vez mais nervoso, ainda mais quando passou a sentir dor. Mas não pôde fazer nada para mudar a situação, afinal Jimin não o conhecia e não deveria ao menos querer vê-lo nesse momento. O Jeon só entrou mesmo para ver Jimin quando sua presença foi solicitada pelos amigos deste.

E ele não tinha medo ou vergonha de confessar o quão nervoso estava.

Entrou lentamente no quarto, se aproximando ainda mais devagar da cama, ficando ao lado do corpo menor e o encarando com certa timidez o corroendo por dentro. Era difícil um alfa se sentir tímido, mas Jungkook estava.

Ele não era um alfa como os outros.

— Eu... me chamo Jungkook. Jeon Jungkook. — Começou bem devagar a falar, obtendo a total atenção do Park. — Você já deve saber o que aconteceu e deve estar querendo me matar. Estou certo?

— Por que eu iria querer matar aquele que me salvou? — Um sorriso tímido surgiu em seus lábios. E que sorriso! Jungkook se sentiu derreter com aquela imagem. — Obrigado. Eu não sei nem como realmente agradecer você. Não é qualquer um que aceita ajudar um estranho que encontra na rua.

— Então você não está irritado por causa da marca? — Perguntou apreensivo, duvidando que Jimin pudesse estar tão tranquilo perante aquilo.

Afinal... ele foi marcado por alguém que estava vendo pela primeira vez naqueles minutos, não poderia estar tranquilo a este ponto. Poderia?

— Q-que marca? — Foi perceptível o terror estampado na face angelical do híbrido, assim como as orelhinhas que ficaram caídas e o bico que apareceu nos lábios tão fartos e lindos.

— Seus amigos não te contaram? — Devolveu com outra pergunta, pensando ser o melhor.

— Me contaram o quê?

— Bom, eu... eu marquei você, Jimin.

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Olá, amores ♥ Repostando essa fic que é um neném só. São 16 capítulos e estarei postando toda terça-feira.


♥ Se você leu e gostou, não esqueça do votinho e do comentário. Faça uma autora feliz ♥


Beijinhos ♥

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