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Meu alfa

Ao acordar a primeira coisa que Jimin sentiu foi uma forte tontura juntamente de uma dor em sua cabeça e em todo o resto de seu corpo. Abriu os olhos apenas para conseguir constatar que não estava em seu quarto, e pelo fortíssimo cheio de menta impregnado em tudo ele já sabia que só podia estar no quarto de Jungkook, tendo certeza de que aquilo que o aquecia se tratava dos braços fortes e aconchegantes do moreno.

Prontamente se assustou, porque percebeu que usava apenas uma boxer e uma camisa, esta que definitivamente não lhe pertencia. Se revirou por completo na cama, tendo o olhar fixo do Jeon ao seu assim que se virou de frente para ele.

— Jimin, se acalma. Eu apenas cuidei de você. — Mas sua voz não foi capaz de tranquilizar o menor, tampouco suas palavras. — Eu fiz o que você precisava que eu fizesse, e quando acabou eu te fiz comer e te dei banho, depois te vesti e te fiz dormir, descansar. Fiquei a noite inteira fazendo carinho em você para que dormisse bem. Eu nem mesmo beijei você, então fica calmo, gatinho.

No mesmo instante em que ouviu aquele jeito de Jungkook lhe chamar mirou seu olhar para Jungkook, sorrindo largamente. Céus, como alguém poderia ser tão incrível quanto ele? Para Jimin o Jeon nem mesmo parecia ser de verdade.

— Do que me chamou? — Indagou rapidamente, não querendo sorrir feito um idiota como já estava, ou assim pensava.

— De gatinho. Gostou, gatinho?

— Muito!

E então foi como se todas as suas preocupações sumissem, porque Jimin confiava nele, mesmo sem demonstrar. Jimin sabia que amá-lo não seria difícil, apenas esperava não se arrepender.

— Mas... se nem mesmo me beijou, como me ajudou? — Talvez Jimin estivesse um tanto receoso com a resposta, mas nada podia fazer para mudar o que já passou.

— Você me entregou uma caixa. — Os olhos de Jimin se arregalaram e ele pôde sentir seu rosto inteiro queimar de vergonha. — Não fica tímido, foi necessário. Eu sei que não foi o bastante, que você ainda sentiu dor, mas eu só queria que não acontecesse de qualquer jeito. Não queria que fosse apenas sexo. Foi doloroso para mim também, ouvir você, ver você, despertou o meu lado mais cheio de luxúria possível, mas me controlei.

Jimin ficou em silêncio, porque Jungkook o viu sem roupa e obviamente viu que aquela maldita marca permanecia em sua clavícula. Doía saber que Jungkook teria visto outra marca além da sua sem saber quem a fez, contudo Jimin não podia mudar isso. Não mais.

O resto daquela manhã se resumiu em um Park Jimin fraco demais para conseguir fazer qualquer coisa. Jungkook mais uma vez precisou lhe dar banho e fazer comida, mas pelo menos Jimin estava lúcido e ao seu lado. Se o Park passasse um cio de verdade com o moreno, estaria agora com dor e estaria igual. E o motivo de estar nessa situação é porque seu ômega continua manhoso e desejando que seu alfa o tome para si. Por isso é normal ficar fraco.

— Gatinho... — O Jeon chamou assim que ambos se sentaram no sofá, prontos para fazer qualquer coisa que não envolvesse esforço físico. — Foi por causa dessa marca que seu corpo rejeitou a minha, não é?

— S-sim... e foi por isso que você me encontrou no outro dia também. Foi por isso que o meu... aquele homem, meu tio, esteve aqui no outro dia. Meu cio o chamou. — Confessou, mesmo se sentindo totalmente envergonhado.

Jimin não queria aquela marca, não queria precisar escondê-la por toda a vergonha que sentia apenas de lembrar que ela existia. Jimin odiava muitas coisas em si ou sobre si, mas aquela marca era a principal de todas.

— Eu posso marcar por cima se você quiser. Isso vai fazer a marca dele sumir, e você fica só com a do pescoço. — Jimin o olhou sem entender, já que pouco sabia sobre marcas. — A marca na clavícula significa apenas posse, ela não dura tanto quanto a do pescoço, que é a ligação não só entre corpos, mas corações e almas também.