Four - A maldição de César

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Tenho novidades boas!! Estava prevendo 5 capítulos, mas acho que serão 8... 
Então apertem os cintos que ainda vem história. Um dos capítulos inclusive vai ser exclusivamente KawaMira (aceitando sugestões para o nome do shipp) e acho que vão gostar hahaha

Bom, bora pro capítulo né? A música que me inspirou a escrever grande parte dele foi Forever (Lewis Capaldi) para quem quiser entrar no clima. Boa leitura!!


Ninguém disse que seria para sempre. Mas aquilo não significava que não esperasse que fosse. Quantas eram as pessoas dispostas a tomar uma decisão difícil?

Tinha sido mais que vívido. Não era apenas uma memória visual, ia tão além disso. Ela ainda podia sentir como era estar no salão naquela noite especial, os vasos em cada dobra dos corredores brilhando com flores e cristais. Nas paredes, os ornamentos dourados e roxos, cetim e glitter no tecido escuro pendendo pelos tetos com as decorações escolhidas pela anfitriã, a rainha Hinata, sogra de Sarada. Boruto estava do outro lado da mesa, e nada estava errado. Hayan, a nova sacerdotisa em treinamento, aquela que ainda não tinha tido visão alguma, não tinha tido a sua primeira com Sarada. E ela não tinha ficado extremamente confusa, arrasada e perdida pelo resto da noite. Nada daquilo tinha acontecido, e ela não precisou tomar o caminho que tinha escolhido.

Ela não tinha precisado abrir mão do seu futuro e fugir, com medo de condenar sua família.

Após o jantar, Boruto havia alcançado sua mão, e eles haviam cruzado os corredores até os aposentos dele, cansados após uma noite de muita celebração. Naquela noite, antes de deixar o palácio do seu noivo, Sarada tinha se deitado com o loiro, a pessoa que melhor a conhecia em todo o reino, afundado a nuca em seus travesseiros macios e aninhado seu corpo com o dele sobre os lençóis, e o tempo havia passado rápido demais até o momento de ter que voltar para casa. Mas não havia problema, porque logo sua nova casa seria com ele, e todo dia seria como os dias especiais em que se encontravam.

Ela estava feliz. Tudo estava em ordem. Foi o primeiro sinal de que aquele era um sonho.

Ela tinha acordado, mais uma vez, desorientada. Buscando ansiosamente aquele que mais queria ao seu lado, angústia preenchendo seu peito ao despertar por completo e perceber que estava sozinha. E havia sido um sonho tão bom, que ela agarrou sua coberta e começou a chorar, abafando os soluços contra o travesseiro. As lágrimas grudavam os cabelos de comprimento mediano ao pescoço, a respiração descompassada fazia seu diafragma se mover como um balão, o ar entrava e saía, porém em uma velocidade atípica e mais rápida. Se fechasse os olhos, era como se ainda estivesse no salão do castelo, comendo e dançando sem preocupação alguma além de seu matrimônio, dali a quatro meses.

Sem o destino de outra pessoa para se preocupar.

— Marlie, querida, as crianças vão chegar à escola antes de você — a voz de uma mulher de idade repreendeu, atrás dela, algumas horas depois que havia despertado.

A senhora a olhava com uma sobrancelha levantada, apontando para o relógio sobre o fogão, que indicava sete e quarenta.

Era manhã e a vila já estava despertando. Os aldeões faziam fila na frente da padaria para buscar pão fresco que seria a refeição do dia em muitas casas. A padaria tinha cores vívidas e apesar de ter começado como o estabelecimento mais humilde da região, agora era frequentado por

Pela manhã, pão com manteiga e leite. No almoço, pão com queijo, carne seca e uva. E no jantar, beliscos de pão junto a uma sopa quente, o calor da refeição simples sendo capaz de trazer à tona sentimentos como conforto e paz. O pão era a essência das refeições por ali, por isso a padaria da senhora Guran e de seu marido era cheia o dia inteiro.

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⏰ Última atualização: Oct 14, 2021 ⏰

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