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Deve estar se perguntando aonde nisso tudo eu e seu pai nos apaixonamos, foi no meu primeiro semestre na faculdade de psicologia, Jake havia voltado para a cidade para visitar seus pais e acabou em nosso apartamento. Eu estava cansada após o longo dia na faculdade e na galeria no qual eu estava trabalhando, sua tia havia o chamado para jantar, era uma sexta à noite e como o bom amigo que era ele aceitou. Naquele dia eu me empolguei na bebida, ou talvez tenha sido apenas o cansaço, eu não sei apenas sei que acordei no dia seguinte com Jake ao meu lado na cama.

O jantar com Vincent não havia sido uma das melhores coisas que eu já havia feito, mas serviu o proposito que ele queria, aparecemos em diversos sites e segundo Harry programas de televisão ligavam sem parar, todos queriam uma entrevista exclusiva com o novo "casal". Aquilo tudo não estava me agradando, odiava ter câmeras em mim, ter minha vida exposta para dezenas de pessoas não era eu

- Deveria se aproveitar disso, Nai é sua chance de ficar famosa.

- Nunca quis famosa Chase.

- Como não? Pensei que quisesse ser uma estilista famosa Nailea Devora, o que aconteceu?

- Ella aconteceu Chase.

- Mas é seu sonho Nai, Vincent não gostaria que o deixasse de lado.

- Acontece que Audrey não está aqui Chase, ela está morta, e eu terei meu momento fama com essa coleção.

- E depois acabou? Vai jogar seu sonho no lixo?

- Chase tenho outras prioridades agora.

- Vai acabar se tornando uma infeliz, e irá culpar Ella por isso.

- Estou fazendo isso por mim Chase.

- Certo, e Vincent sabe disso?

- O que o Vincent tem a ver com isso?

- Se tornaram mais próximo agora.

- Isso não significa que irei contar todas as informações da minha vida para ele, agora pode ficar quieto? Quero terminar o filme.

Chase se calou, sabia que ainda queria e iria me questionar sobre desistir de careira de estilista, mas isso era coisa para outro dia, no momento iriamos terminar de ver o filme e jogar conversa fora. 

Talvez seja indelicado demais te dizer que eu e seu pai fomos para a cama, mas não à outra maneira para te contar isso. Depois do ocorrido passamos duas semanas fingindo que nada havia acontecido até sua tia nos pressionar, quando falamos em voz alta percebemos o que havia sido feito e que não poderia ser desfeito mais.

Abro a porta no momento exato que Harry sai do elevador, o rapaz havia ido me levar alguma das minhas peças que já havia chegado na empresa. Assim que meus olhos caíram para a sacola em suas mãos, um sorriso cresceu em meu rosto.

- Boa tarde, Senhorita Devora.

- Entre Harry, e por favor me chame de Nailea.

- Certo – sorriu – Os senhores Hacker não sabem que peguei nenhuma dessas peças, então por favor tome cuidado.

- Fique calmo Harry, só quero ver como estão ficando, não irei estragar nada, é minha coleção, se lembra disso?

O secretario pareceu relaxar, se sentou ao meu lado no sofá, enquanto me mostrava as peças. Dei orientações para ele sobre coisas que poderiam ser acrescentadas ali, e até mesmo retiradas, Harry anotou tudo prontamente e entregaria para o senhor hacker pela manhã. Por sorte Ella estava dormindo tranquilamente em seu quartinho, o que se tornou um alívio para mim, não queria ter que me explicar para Harry naquele momento. Acabamos por pedir uma pizza, ainda tínhamos muito para fazer e trabalhar com fome não era nem de longe uma questão agradável. Me surpreendi diversas vezes com as ideias que o rapaz tinha, pelo visto seus quatro anos e meio na Hacker's estava lhe tornando um crítico em moda. O som da campainha arrancou sorriso de ambos, corri para a porta com o dinheiro em mãos, abri-a sem olhar quem era. Meu rosto adotou uma careta.

De Repente Mãe| 𝙑𝙖𝙞𝙡𝙚𝙖Onde histórias criam vida. Descubra agora