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Oiii
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Sempre pensei em como mataria Vincent. E naquele momento eu tinha uma lista enorme. Suas mãos firmes ainda estavam sobre minha cintura.

- Quase me matou do coração Vincent Hacker

- Desculpa, vocês estão bem?

- Poderia ter ao menos dito meu nome, sei lá.-  Suspirei em partes aliviada. Ainda queria matá-lo, no entanto me controlaria no momento.

- Mas eu disse, Nailea estou chamando você o caminho inteiro.

QUÊ?

- Me deixou preocupado

- Não precisava se preocupar

- É você Nailea, sempre irei me preocupar. - Revirei os olhos

- O que faz aqui?

- Depois que me ligou e não explicou nada, fiquei preocupado com vocês. - Olhei sua roupa, era muito mais simples do que ele costumava usar no dia-a-dia.- Quando cheguei no seu prédio, o porteiro me informou que você tinha saído.

- E como me achou?

- isso foi pura sorte.

Suspirei cansada, eu havia criado uma enorme confusão por apenas uma mamadeira e uma lata de leite.

- O leite de Ella havia acabado, precisei sair para buscar.

- Por isso me ligou.

- Sim. - Respondi mesmo que não fosse uma pergunta.

- Poderia ter me pedido para comprar

- Está tarde Vinnie, fora que isso é totalmente antiprofissional, você é meu chefe.- Vincent revirou os olhos.

- Quando voltou a me titular como apenas seu chefe?

- Quando você se tornou meu chefe.

- Nailea...

- Preciso ir, desculpa tê-lo encomodado senhor Hacker, não irá se repetir.

- Não faz isso Nailea, por favor.

Ignorei sua fala. Me livrei da sua mão e fiz o caminho de volta para o prédio quem morava. Vicent não me seguiu, mas desejei que tivesse. Ao chegar em casa, fiz o leite de Ella. A bebê mamou totalmente feliz. Busquei uma enorme coberta no quarto, me deitei sobre o sofá juntamente com Ella e adormeci admirando a noite estrelada.

Acordar de bom humor nunca foi amis fácil do que naquele dia. A pouca luz do sol que entrava pela janela, deixava a bebê que dormia sobre mim ainda mais bonita.

Me levantei do sofá, deixando a pequena ali por mais um tempo. Teria que volta para a empresa, o problema era Ella. Não tinha com quem deixá-la, seus avós estavam do outro lado da cidade, Chalri e Chase não poderiam me ajudar, muito menos Spencer. Todos trabalhavam o dia inteiro, e eu não conseguiria deixá-la na mão de algum desconhecido. Pensei novamente na possibilidade de contratar mais pais, mas a ideia logo desapareceu da minha cabeça.

Me arrumei com as roupas sociais de sempre, organizei a bolsa de Ella e a minha, o carrinho de bebê e por fim, peguei Ella. Estava completamente  sem jeito, joguei as bolsas no carrinho, e permaneci com Ella no colo. Como as mães conseguem fazer isso? Ao chegar no térreo meu Uber já me esperava, e para minha sorte o rapaz era muito simpático. Me ajudou a colocar as coisas no carro, e até mesmo cantou para Ella, que retribuiu com seu sorriso banguela.

O andar que sempre permanecia vazio, hoje estava lotado. Diversas pessoas me esperavam assim que cheguei, e claramente a espera não era por mim, mas por Ella. A bebê estava sendo mais paparicada que nunca.

No final do dia estava completamente cansada, e Ella aparentemente também. A bebê passou o dia todo nas mãos de diversas pessoas, parando em minha sala apenas por uma horinha. Todos estavam amando Ella, e se revessavam para ficar com ela e realizar suas tarefas. Me fizeram prometer que à traria pelo resto do mês, e não pude recusar afinal não havia com quem deixá-la sozinha. Ainda não havia falado com os Hackers, mas acredito que se Ella passar despercebida por um tempo, não me  por um tempo, não me trará problemas. Além de que mais da metade das pessoas naquele prédio estavam dispostos a me ajudar, estavam até mesmo fazendo um cronograma com seus compromissos e tempos livres.

Juntei minhas coisas, deixando Ella no carrinho e as bolsas em meu ombro. Sai rumo ao elevador, o andar estava no completo silencio já. Sabia que os únicos ainda restantes no prédio estavam em reunião com Christopher, por sorte, eu havia fugido de estar lá também.

Adentrei o elevador, prestando atenção em uma Ella quase adormecida. O dia havia sido cansativo para nós duas, mas por sorte Spencer estava a nossa espera na recepção.

- Oi.

- Oi. - Sorriu. - Como foi o dia de vocês?

Spencer tomou as bolsas em meus ombros, enquanto andávamos para o lado de fora do enorme prédio. Seu carro estava estacionado bem à frente da porta.

- Cansativo, e o seu?

- Perdido.

Tirei Ella do carrinho, permitindo o rapaz de guardar no porta-malas do carro. Não demorou muito mais para entrarmos no carro, e Spencer passar a dirigir para meu apartamento.

- O que aconteceu?

- Um caso difícil.

Spencer sempre me contava sobre seus casos, exceto quando eles eram referentes a alguém de muito poder. Por mais que fossemos amigos e  confiávamos um no outro, Spencer não gostava de entrar em nenhum detalhe.

Político?

- Não, porém com tanto poder quanto.

- O caso é difícil?

- Sim, mas daremos um jeito de ganhar.

- Spencer!

O rapaz não ousou olhar para trás, sabia que se olhasse para mim, eu o faria falar. Não gostava quando Spencer atendia pessoas com muito dinheiro como os Hackers, eles nunca jogavam limpo, sempre tentam tirar vantagem de  tudo e usavam o dinheiro para calar qualquer um. Chegando no prédio em que eu vivia, Spencer apenas me ajudou levar as coisas para dentro antes de ir embora, sabia o quanto eu me incomodava com o que fazia para aquelas pessoas, ele próprio não gostava mas o pagamento era bom, como ele poderia  recusar?

Ao adentrar meu apartamento, o cansaço me derrubou. Não havia reparado quão cansada eu estava até pisar em casa. Deixei as coisas no chão, retirei os sapatos e a calça social que eu usava. Peguei Alice no colo, indo rumo ao banheiro. Enquanto a banheira se enchia, retirei a roupinha de Alice e sua fralda. Testei a água antes de colocá-la dentro.

Dei um rápido banho em Ella e depois sua mamadeira. Antes mesmo de terminar seu leite a pequena já dormia profundamente. Deixei-a em seu berço, arrumei a babá eletrônica que Chase havia comprado. Deixei a telinha que mostrava a bebê sobre o balcão da cozinha. Precisava fazer algo para jantar, a ideia de apenas pedir algo era tentador, mas infelizmente não era rica o suficiente para me dar ao luxo de Ifood todos os dias, agora eu tinha leites em pó para comprar e garanto que não são baratos. Abri os armários em busca de algo simples para fazer, acabei optando por crepe. Fiz rapidamente a massa e o recheio, quase botando fogo na cada ora ou outra. O final foi surpreendentemente delicioso, havia me esquecido o quão delicioso era uma comida caseira.

O cansaço estava me dominando novamente, mas a bagunça em minha cozinha implorava para ser arrumada, não poderia negar seu pedido. Ella dormira o tempo inteiro, provavelmente estava tão cansada quanto eu. Levei uma hora e meia para finalizar tudo, a cozinha estava impecável novamente e meu corpo clamava por um descanso. Antes de realizar o pedido do meu corpo, parei no banheiro, terminei de me despi e entrei no box. A água quente me fez relaxar completamente, poderia passar horas ali, no entanto minhas pernas já começavas a vacilar. Sai do banho ainda relutante. Vesti meu pijama, e me joguei sobre a cama. Dando o tão esperado descanso que meu corpo pedia.

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Me desculpem qualquer erro ortográfico

De Repente Mãe| 𝙑𝙖𝙞𝙡𝙚𝙖Onde histórias criam vida. Descubra agora