-Já está pronta? - Virei-me para Jessie, parada no batente da porta com Ella em seu colo.- Sim.
- Vamos então, nos esperando lá embaixo.
Assenti seguindo as duas. O almoço com meus pais era hoje, e claro, eles convidaram Jessie também, haviam simpatizado com a mulher.
O caminho inteiro foi silencioso. Era a terceira vez que eu o pedia para ir, e a cada ida dele doía mais. Pensei que seria mais fácil vê-lo partir, mas não foi, e lidar com isso estava sendo complicado.
- Filha! - a voz de meu pai acabou com o silencio instalado entre mim e Jessie por todo o caminho. O mais velho estava na porta de sua casa, e como em toda minha infância e adolescência, ele usava um avental.
- Pai - Meu corpo foi puxado para si, sorri, mesmo sendo massacrada.
- Vem, entrem.
Seguimos o mais velho para dentro da casa, já muito conhecida para mim. Deise logo apareceu, levando Jessie para um pequeno tour, me deixando sozinha ali. Acompanhei meu pai para a cozinha, o mais velho estava concentrado demais para conversar, e agradeci por aquilo.
{Doze anos antes}
- O que você está fazendo?
- Vou cozinhar para você coração.
- Ao menos sabe fazer isso Vinnie? - O rapaz sorriu, e naquele momento me perguntei se precisava esperar para ligar aos bombeiros.
- Você vai queimar minha casa.
- Eu não vou coração.
Revirei os olhos. Sentei-me sobre o balcão da cozinha, observando Vinnie organizando os ingredientes que usaria.
- Ao menos posso saber o que irá fazer?
- Surpresa coração.
- Pare de me chamar assim.
- Não.
- Todo mundo chama você assim - Ele revirou os olhos, voltando sua atenção para o que fazia. A demora dele para ligar o fogão, me deu a confirmação que ele se quer sabia o que estava fazendo.
- Não bote fogo na minha casa!
- Não irei.
Gargalhei ao vê-lo jogar uma cebola inteira na panela.
- Preparando uma refeição de matar vampiros?
O rapaz me ignorou, focando na panela. Mesmo com toda a concentração, queimou a cebola.
Revirei os olhos, descendo do balcão.
- Sai, me deixa fazer isso.
- Não, eu consigo
- Não irei pagar para ver.
{ Atualmente }
Sorri com tal lembrança, deixamos tanto tempo a panela no fogo, que por mais que limpássemos ainda havia marcas do queimado no fundo da panela.
- No que está pensando?
- Hm? - Meu pai sorriu, em suas mãos uma enorme travessa de lasanha.
- No que está pensando?
- Nada
- Nailea.
O olhar de meu pai, me trouxe uma onda de carinho e saudade. Ele sempre usava o mesmo olhar para mim quando desconfiava de algo, e sempre, sempre mesmo, conseguia a verdade, por mais que demorasse a vir a tona, ele sempre descobria.
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De Repente Mãe| 𝙑𝙖𝙞𝙡𝙚𝙖
FanfictionAdaptações da história incrível da @pandazin11, então os direitos autorais são todos dela. 𝙉𝙖𝙞𝙡𝙚𝙖 𝘿𝙚𝙫𝙤𝙧𝙖 é surpreendida com o testamento de sua melhor amiga, a qual lhe concedia a guarda da pequena 𝙀𝙡𝙡𝙖. Nunca havia pensado em filho...