Quatro meses depois
As mãos babadas de Ella acertaram precisamente a tela do celular. Olhei brava para a bebê, que por sua vez voltou as mãos para boca. Seis meses de puro amor e ódio com Ella. Ainda não acredito que consegui viver tanto tempo como mãe, apesar de quase estar jogando a bebê pela janela. Deixei o celular sobre a mesinha de centro. Ella agora dominava a casa, tudo tinha que ser na vontade dela ou não então ela babava em cima.
- Irei fazer nosso almoço, não destrua nada.
Dirigi-me para a cozinha, que pela primeira vez em meses, estava arrumada. Peguei o que havia sobrado do nosso jantar da noite anterior, Spencer exagerava na comida. Separei os legumes, e os amacei para Ella. Deixei meu almoço de lado, comeria depois.
Respirei fundo ao voltar para sala. Meu sofá estava agora todo babado, com uma cobertura especial de suco. Se essa criança continuar assim, irei mandá-la para seus avos, sinceramente eu não aguento mais. Desde que Ella começou a pegar coisas e as tacar para longe, minha casa virou um desastre.
- Ella! Quantas vezes terei que te falar para não derrubar as coisas no sofá? - Bufei. - Se continuar desse jeito, irei te deserdar menina.
- Uau, quanto estresse coração. - Me assustei com a voz e a pessoa parada na minha porta.
- Como estrou?
-Porta aberta.
- O que faz aqui Vincent?
- Vim fazer companhia.
- Já tenho uma.
- Está até deserdando a princesinha aí, não sei se é uma boa deixá-las sozinhas.
- Não tenho comida para dividir com você agora, volte mais tarde.
- Não me importo.
- Vincent.- Suspirei. Céus, me de paciência.- O que você quer?
- Conversar
- Sobre?
- Débora
- Como ela está? E o bebê?
- Estão bem.
Encarei sue rosto, havia algo mais ali. Me sentei no sofá ia lado de Ella, para lhe dar comida, algo que foi bem aceito pela bebê, que mantinha os olhos no desenho da televisão.
- O que houve? - O rapaz sentou-se sobre o tapete da sala, de frente pra mim.
- Não quero mais fazer isso.
- Isso o que Vinnie?
- A criança. – Olhei-o, encorajando o rapaz a prosseguir. - Débora me pediu para assumi-lo.
- E você não quê.
- Não. - respondeu mesmo sabendo que não havia sido uma pergunta. - Não é que eu não tenha me apegado ao bebê, eu me apeguei, criei um carinho enorme por ele, mas não posso fazer isso. - Suspirou. - Já fiz muita coisa por fama, para estar na capa das revistas, mas isso, eu não posso fazer.
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De Repente Mãe| 𝙑𝙖𝙞𝙡𝙚𝙖
Fiksi PenggemarAdaptações da história incrível da @pandazin11, então os direitos autorais são todos dela. 𝙉𝙖𝙞𝙡𝙚𝙖 𝘿𝙚𝙫𝙤𝙧𝙖 é surpreendida com o testamento de sua melhor amiga, a qual lhe concedia a guarda da pequena 𝙀𝙡𝙡𝙖. Nunca havia pensado em filho...