Capítulo Dezenove

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Capítulo Dezenove

Chamas fugazes e efêmeras

Alexey


  Os gritos ecoaram pelo cômodo e eu faço mais um corte em sua barriga, olho para Aaron que aumenta o volume da música, Carter cospe sangue em meu rosto e a risada sarcástica do irmão invade o meus ouvidos.
— Bastardo de merda. - a voz de ódio de Carter depois de horas finalmente da um sinal de abalo. Retiro um lenço do bolso da minha calça e limpo meu rosto. Levo minha mão até a nuca do filho da puta e puxo seu rosto pra frente.
— Se por um segundo você achou que eu fosse terminar, você está enganado. Aaron traga a enfermeira.
Saio da sala de tortura limpando as minhas mãos sujas do sangue podre dele, Lori estava sentada no chão desenhado perdida em seu mundo particular.
— Vamos? - ela levanta a cabeça e revira os olhos.
— Precisava matar a mulher dele também?
— Sim, agora vamos subir. - andamos em silêncio até o elevador.
— Vou trazer uma pessoa hoje. - Lori fala dando um leve meio sorriso.
— Quem?
— O nome dele é Oliver Flynn, é americano um artista plástico, não faz parte do nosso mundo. seja legal.
— Eu sempre sou. - ela pega o celular e me mostra a localização de um dos ratos traidores. — Bom, acho que James vai gostar desse, chame ele. - nos estávamos saindo do elevador quando chamo a atenção de Lori novamente.
— Aliás eu preciso que Audrey vá até meu escritório para conversarmos, avise ela por favor.

Audrey

  James é totalmente elusivo, talvez isso faça parte do DNA dos irmãos Dumarch, ele dorme de forma tão tranquila, não conseguiria imaginar com o que deve sonhar. Meus dedos tocaria face e sua respiração faz cócegas em meu rosto. Chamo seu nome em um leve sussurro, seu braço passa pela minha cintura e ele se aninha contra mim, fecho meus olhos e simplesmente vivo esse momento tão quente.
— Dormimos no chão. - James fala baixinho, ele olhou pra mim e isso pareceu se demorar por uma eternidade, James beija meu nariz.
— Nos vamos embora? - ele se afasta se sentando, passando a mão no cabelo os puxando pra traz.
— Não.

  O barulho na porta me impede de fazer qualquer questionamento. Lori entra com um sorriso enorme, parecia está extremamente feliz, e eu  lembrei que o tal baile seria hoje.
— Bom dia irmãozinho. Bom dia Audrey.
— Bom dia. - falo me levanto do chão
— Bom, James você tem trabalho a fazer, desça e fale com Alexey. - James fala em outra língua revirando os olhos e sai do quarto.
— Trabalho?
— Sim, bom  negócios. Tome um banho rápido para irmos comer alguma coisa.

Horas mais tarde...

Alexey

  O barulho tímido na porta indicava que era apenas uma pessoa. Audry entra e eu faço um gesto para que ela possa se sentar, ela usa um vestido azul que lhe caia muito bem.
— Você bateu nele.
— Em quem pode me informar?
— Em James. Você... eu sei. Ele está machucado. - a vontade de rir me toma por um segundo, Audry se mexe de forma desconfortável na poltrona. — E por que queria falar comigo?
— Eu não bati no meu irmão Audrey. Lutamos e ele perdeu, se eu tivesse sido minimamente violento ele estaria no hospital ou debaixo da terra. - ela abre a boca em um perfeito O e pisca rapidamente, aparentemente desiste de falar, mas eu dou o tempo dela formular alguma resposta.
— Lutando. Ele não disse.
— Acho que você poderia contar nos dedos as vezes que ele lhe contou algo, não é mesmo? - ela deu um pequeno sorriso de tristeza e olhou para os próprios dedos entrelaçados.
— Sobre o que é a conversa exatamente Alex?
Alexey. Eu e James achamos que você deveria aprender algumas coisas.
— Por que eu vim pra cá?. - ela ignorou o que eu disse, e talvez eu não tenha gostado nada disso.
— Porque eu quis. Porque eu queria que o James voltase... Você facilitou isso Audry. - ela fica subitamente vermelha de raiva provavelmente.
— Por que ninguém me conta nada? - eu me levanto e ando até o outro lado da mesa, ficando de frente para ela.
— O que você faria se eu lhe contasse alguma coisa? - ela olhou diretamente para mim e voltou a olhar para os próprios dedos inquietos.
— Ok, pergunte o que quiser, eu prometo ser sincero.
— Deixa eu ver se eu entendi. Eu vim pra cá para ser um isca. Todos vocês aparentemente são psicopatas que usam terno. E agora eu vou ter que aprender algumas coisas, que tipo de coisas?
— Não sou um psicopata, mas uso terno. James e eu estávamos avaliando a questão de você aprender a lutar, basicamente se defender. Não vou força você a fazer nada, de maneira alguma.
— Ok, eu posso aprender a me defender.
— Alguma pergunta que queria fazer? - seus olhos parecem está procurando constantemente alguma coisa.
— Sim... Por que os empregados não gostam de mim? Por que o James está saindo por aí matando pessoas?. - eu me concentro em cada detalhe dela, e de como ela deve se sentir tão sozinha estando aqui.
— Os empregados, são empregados. E o James é um garoto mimado. - Audry levanta e cruza os braços.
— Viu... como eu posso aprender alguma coisa se todos vocês não me contam nada. - faço uma leve massagem em minha testa, a paciência deveria ser algo para ser vendidas em cápsula.
— Eu tive uma ideia, vem. - ele caminha pra fora do escritório. - Audrey vem!

Audrey

— Bom pequena Sherlock, você vai m acompanhar enquanto eu trabalho. Ok? - eu concordo com um simples sim, caminhamos depressa até paramos em frente a uma porta que eu nunca tinha notado, era um elevador, bom aparentemente a casa é maior do que eu imaginava.
— Além dos andares que você já conhece, existem mais três subterrâneos, e também passagem secretas. O andar de número 4 ficam os arsenais e area de luta treino, o de número 5 é basicamente um cofre, e por fim o de número 6 para onde estamos indo é... como James gosta de chamar "parque de diversão" . Você vai ver, tudo, é claro com isolamento acústico. -  eu escuto tudo em absoluto silencioso, assim que chegamos ao andar de número 6 sinto minha pele gelar. Alexey faz sinal para que eu o siga em um corredor de pedras e pouco iluminado - dúvido que os empregados desçam aqui com frequência - estamos parados de frente para uma porta de metal ele a destranca usando a digital,  o cheiro de sangue invade a minha respiração e está tudo escuro, não sinto mais a presença de Alexey ao meu lado.
-— Lori provavelmente será contra isso. - as luzes se acendem e o que eu vejo é quase medieval. - Audrey esse é Carter. - o homem acorrentado pelos pulsos suspenso no meio da sala de tortura parece está desacordado.
— Como você disse mesmo... "ninguém me conta nada" , eu espero que ele conte.
  O chão embaixo dele parecia ter uma poça de sangue, ao olhar novamente para o corpo pendurado, sinto o enjoo me atingir com mais força.
Alexey a perta um botão em uma painel e água começar a sai de uma abertura no teto  caindo no homem acorrentado, Alexey dobra as mangas de sua camisa, em um mesinha com alguns objetos ele pega um alicate, o que aquele homem fez para merecer algo tão cruel.
— Se quiser participar é só avisar. - ele não estava brincando quando disse isso, eu estou parada estatística diante do que estou vendo.
— O que... o que ele fez? - acho que ar aqui embaixo deve ser quase nula, minha respiração parece falha, o homem se meche  acordando.
— Ele me traiu, foi o que ele fez. - Alexey chega perto do homem e bate de forma leve em sua barriga, porém isso parece ter causado mais dor do que eu imaginava, seu grito de dor me assustou.
— Só por isso ele merece ser torturado? - Alexey olha pra mim e sorri ele segura o nariz de Cater com o alicate e o barulho de que eu esperava não veio, apenas um gemido de dor.
— Sabe Dumarch... - ele cospe sangue sangue. — Nada que você possa fazer vai piorar isso. - a água vota a cair sobre o homem fazendo com que a poça de sangue no chão aumentasse ainda mais.
Alexey pega uma adaga pequena em cima da sã banca de ferro, sinto como se meu corpo não fosse meu, um formigamento me domina. Com brutalidade e rapidez  Alexey crava a adaga no olho de Carter e meu estômago sai de dentro de mim, ácido e nojento, meu vomito suja meus sapatos, mas não me importo.
— Audrey, kärlek? - eu estou ajoelhada com as mão sobre o rosto, me nego a continuar vendo isso. Levanto de maneira rápida e acabo quase saindo sobre o meu próprio vômito, os braços fortes e sujos de sangue de Alexey me seguram.
— Isso é crueldade.
— Prefere que eu use um picotador de gelo? - eu o empurro mas não surge o efeito que eu queria.  Porém ele se afasta e seus olhos, algo estranho com olhos dele.
— Quero subir agora. - passo meus braços em volta do meu próprio corpo, me sinto atônita. Como ele pode querer me mostra isso, minha mente se revira ao som de agonia do pobre homem.

Quando volto pra cima Lori está conversando com quatro pessoas enquanto várias outra pessoa entram e saem, Alexey permanecem dentro do elevador e eu caminha de forma aérea até a escadaria, Lori me chama mas eu não olho.
— Tudo entra pelos fundos entendido? - estou no meio da escada quando sinto sua mão tocar meu ombro.
— Ei, tudo bem? O que meu irmão queria? - olho para Lori e me sinto cansada de ter continuar parada ali.
— Ele é sádico. - me afasto do toque dela e continuo a subir as escadas e vou para o  quarto de James trancando a porta sentando no chão e permaneço ali apática.

 - me afasto do toque dela e continuo a subir as escadas e vou para o  quarto de James trancando a porta sentando no chão e permaneço ali apática

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