Capítulo Quatro.

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Capítulo 4

•Olhos Perfeitos•

Acordo e abro meus olhos mas, está um breu puxo minhas pernas e braços ainda estão acorrentados, o cheiro de água sanitária irrita meu nariz.
- Isso é tão convidativo. - uma voz vem da escuridão do quarto. - Só espero que você não fique desapontada. - é ele, agora que a luz está acesa, um lado de sua boca se repuxou em um sorriso meio torto - ele é sádico, ele se diverte ao ver meu sofrimento.
- O que você sabe sobre mim pequena Aurora? - ele caminha lentamente até á cama.
- Nada... Não sei nada. - ele se senta ficando cara a cara comigo, e seu sorriso some, ele começa a tocar a corrente em meu tornozelo. - Por favor, me deixe ir embora. - Axel volta a olhar em meus olhos, sinto ele tocar levemente minha perna. -Eu não sei nada sobre você, e mesmo que soubesse, não contaria para ninguém.
- Sabe, não gosto que mintam para mim. - antes que eu pudesse falar alguma coisa, meu corpo é consumido pela dor, ele aperta o corte em minha coxa com raiva.
- PARA, PARA - a dor é imensa, grito desesperadamente para que ele pare, mas parece ser algo totalmente inútil, ele retira do bolso esquerdo da calça uma pequena adaga e enfia a lâmina em meu ferimento, sinto a lâmina dentro da minha pele, arde o meu corpo inteiro estou em completo estado de angústia, choro de dor.
- NÃO MINTA PARA MIM. - eu me contorço de dor, as lágrimas saem sem qualquer impedimento. - Estamos apenas começando a nossa diversão meu pardalzinho. - ele sai me deixando sozinha e ensanguentada, ele apaga a luz do cômodo me deixando na escuridão novamente.

Axel

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Axel


O fato dela saber a resposta - mesmo que fosse no nível mais elementar - parecia não vir ao caso, acho interessante que ela diz não saber nada, mas eu sei que bem lá no fundo ela sabe quem eu sou e do que sou capaz.
A deixei sozinha por mais de duas horas, me levanto da cadeira e caminho até a cozinha, o que será que dou para ela comer?, abro a geladeira.
- Bom...ou é isso ou ela passa fome. - pego o prato de macarrão com queijo e o coloco no microondas, e assim que está bom o retiro, pego um garfo plástico e um copo de água e desço para o porão.

Acendo a luz e aqueles par de olhos brilhantes e amedrontados caem sobre mim, ela tinha que ser tão linda?

- Eu lhe trouxe comida. - ela não esboça qualquer reação. - É macarrão com queijo. - coloco o prato e o copo em cima da cama. - Eu vou retirar as suas algemas, mas não quero que me ataque, se fizer terá consequências. - vou atrás dela e pego a chave em meu bolso, seus pulsos estão avermelhados. - Pronto, pode comer. - ela não faz nada, absolutamente nada.
- Estou sem fome. - respiro fundo preciso me manter calmo.
- Não estou nem aí. Vai comer, tem trinta aminutos para fazer isso. - me sento na cadeira de frente para cama, ela continua sem fazer nada. - Já se passaram cinco minutos. - ela abaixa a cabeça e fecha os olhos, faltam vinte e cinco minutos para ela comer. Ela não toca na comida e nem no copo de água.
- Ok. Cansei... levanta! - Aurora olha para mim e fica de pé rapidamente. - Aprendeu a obedecer? - me aproximo dela, abaixo e retiro as correntes de seus tornozelos, ela tem um corpo belíssimo, mas percebo algumas queimaduras em seus tornozelos, quem será que fez isso com ela?.
- Você vai tomar banho... O banheiro fica atrás daquela porta, lá tem sabonete líquido, uma toalha e um vestido branco. Você tem 20 minutos para fazer o que tiver que fazer. A deixarei sozinha. - volto para cima para poder esperar ela terminar, me sento na cadeira de frente para televisão da sala.

Ligo a televisão enquanto o tempo não passa, coloco no noticiário, quero ver se aparece algo ao meu respeito, fico tão feliz quando aparece algo.
- Um corpo foi encontrado esfaqueado em uma casa em Phaenix, os policiais locais identificaram o corpo como sendo de Jaspher Holder, os policiais estão a procura do que acreditam ser a única suspeita do crime, uma mulher de 22 anos, magra de cabelos loiros ou pintados, Audrey Holder, esposa da vítima, os vizinhos afirmaram que a moça era reclusa e meio estranha e que por diversas vezes ela e a vítima brigavam. - a foto que aparece é de uma mulher loira que tem uma semelhança inacreditável com Aurora...
- Não pode ser! É ela! - Aurora ou Audrey tanto faz, é ela...ela matou um homem, ela é procurada... Ela é uma assassina, tento ingerir todas essas informações, afinal ela não é tão diferente de mim. - Melhor ir ver se ela já acabou.

Ela não me parece o tipo de pessoa que demonstra isso com facilidade mas, ela é frágil, tanto psicologicamente como o corpo, sua pele branca agora em alguns pontos avermelhados me exitam profundamente. Audrey é tão pequena e está imersa em angústia, não havia jeito de fazê-la tomar banho, ficou encolhida num canto do banheiro úmido e gelado agarrada às pernas em busca de se aquecer, treme como um cachorro passando frio e chora igual uma criança abandona. E pela primeira vez na minha vida tenho essa sensação estranha - Sinto remorso por tê-la feito sofrer - remorso por ser eu o causador de sua dor, de ter infligindo dor á algo tão pequeno. Por que fiz isso com ela?.
Pego a toalha em cima da pia e cubro seu corpo gelado, pego Audrey no colo e a levo de volta para cama, a deito e ela fica da maneira que eu deixo, ela me olha confusa - vejo que o corte em sua coxa parou de sangrar.
- Espero que você venha a me perdoar Audrey. - ela arregalou os olhos e se afastou um pouco de mim. - É...eu sei seu nome. Eu descobri umas coisas bem legais ao seu respeito loirinha. - me levanto da cama e vou até a porta, olho para trás e Audrey está me olhando de maneira um pouco incômoda, como se eu fosse culpado de algo.

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