Strange

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"I want you I don't want anybody else
And when I think about you I touch myself"


Esse homem é estranho. Bonito, cheiroso, mas estranho. Com as coxas grossas e... estranho. Ele está olhando para o cordãozinho já faz uns minutos, completamente imóvel e em silêncio.

- Você tá bem? - decido perguntar porque vai que ele está passando mal ou algo do tipo.

- Ah.. sim, estou bem.- ele responde balançando a cabeça, saindo do transe que estava- É só que eu achei muito bonito... E, desculpe me emocionei um pouco.

- Ah, eu fico lisonjeado, isso é só uma réplica do cordãozinho que tentei fazer do presente. Será que isso é errado? Tipo, não é igual mas é semelhante e talvez o dono não goste né? e talvez queira me processar... Minha nossa, talvez eu fique sem casa e ainda seja processado.

- Calma, respira. eu nao- quer dizer, se eu fosse o criador... Eu não me importaria sabe, ficaria até feliz por esta sendo uma inspiração.- ele fala fazendo movimentos rápidos com as mãos. Estranho...

- É, talvez... então, você vai levar mesmo?

- Sim, vou. - ele disse abrindo a carteira tirando o dinheiro e me entregando.

- Oficialmente, você é o meu primeiro - falei entregando o pacotinho com o colar dentro e ele me deu um sorriso que eu pudia jurar que é malicioso, então tratei logo de concertar para não haver mal entendido - primeiro cliente, quero dizer.

E eu não sei se foi o melhor a se fazer porque ele soltou uma risadinha.
Esse descarado estava se divertindo as minhas custas, olhando pelo lado positivo eu nunca veria esse estranho novamente.

- Ah, meu nome é Louis... e eu sou o seu vizinho.- disse ele se distanciando, abrindo a porta e entrando logo em seguida.

E eu fiquei ali, parado. Tentando raciocinar.
Que ótimo, agora provavelmente eu veria ele mais vezes. Mas sério, como eu nunca tinha notado ele?

Talvez tenha sido pelo simples motivo de que eu trabalhava o dia e a tarde inteira, e a noite quando eu não chegava e não ia me perder em algum livro, eu me jogava na cama dormindo logo em seguida ou colocava meus fones no último volume para não incomodar aos vizinhos.

Por mais estranho que ele fosse, ele foi legal comigo, ele não me conhecia e provavelmente nunca tinha me notado também e mesmo assim veio se certificar se eu estava bem, achei muito gentil da sua parte.

E aquela bunda enorme???? sabe, eu não quis olhar, mas quando ele estava se distanciando ela balançava de um lado para o outro de uma forma quase natural. Era como se ela estivesse fazendo uma reverência, e eu com os meus olhos fiz questão de corresponder a reverência.

Decidi entrar, provavelmente não venderia mais nada hoje. Mas dentro do meu coração havia uma pequena, mas ainda sim chama de esperança de que amanhã seria um dia melhor. E mesmo que não fosse, em algum momento ficaria. Porque a vida é assim, e temos que aprender a lidar com ela.

Talvez tenha sido pelo fato da recente descoberta de que eu tinha um vizinho estranho, porém bonito, que desde que entrei em casa eu forço a minha audição para tentar captar qualquer ruído que ele faria.

Tal artimanha teve sucesso total, ouvi uma conversa dele com um tal de Kevin?? Calvin?? sobre o trabalho, e aparentemente ele trabalha em um escritório. Depois da ligação não ouve mais vozes nem ruídos. Talvez porque ele tenha ido tomar banho, conclusão que tive pois ouvi ele falando na ligação.

Não que eu fosse ficar obsessivo e paranóico ao ponto de querer acompanhar a rotina do vizinho. Eu só estava intrigado. Já que ele estava no banho, decidi fazer o mesmo e aproveitar para jantar.

40 minutos tinha se passado quando decidi me deitar. Deixei a luz do abajur ligada, peguei o livro que comecei a ler naquela manhã, deitei me cobrindo e começando a ler.

Eu já estava no quinto capítulo quando comecei a perceber certa movimentação na casa ao lado. Primeiro foi um ranger de cama. Logo depois, vozes. E até aí tudo bem, provavelmente ele só ligou a televisão... certo?
Errado, porque logo em seguida vieram os gemidos.

Ok, o vizinho estava vendo pôrno. Então vamos as seguintes informações...

1- ele estava vendo pôrno.
2- ele provavelmente estava se tocando.
3- é pôrno gay.

Acho que a última informação não é muito importante no momento em que se tem a primeira e segunda informação... e bem, aí vem a quarta e talvez a mais importante: Eu estava ouvindo...

E talvez, só talvez, eu esteja ficando excitado. E sozinho no meu quarto quero me convencer de que é pelo pôrno. Mas no fundo eu sei que estou completamente duro pelos suspiros baixinhos que o vizinho está deixando escapar de seus lábios.

Era uma sequência baixa e rouca de "aahh" e "hummm", eu já sentia o pré-gozo melando a minha cueca. Seria completamente errado se eu batesse uma ouvindo o vizinho se masturbar??

Bom, eu teria que dar um jeito nessa situação de qualquer forma.

Então eu desço minha mão até o meu pau, pensando como se fosse ele. Pensando que suas mãos pequenas vão em direção ao meu pau fazendo movimentos para cima e para baixo, massageando as minhas bolas. Imaginando como se ele fosse lamber um dedo e levar em direção a minha entrada, rodeando ao redor pedindo passagem e entrando aos poucos e me sentindo em volta do seu dedo, quente e apertado. Imaginando como se ele fosse introduzir mais dois dedos dentro de mim e com a outra mão continuar a me masturbar. Pensando em como eu iria rebolar em seu pau, até que eu não aguentasse mais e gozasse chamando o seu nome.

- Louehh...

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Gostaria de dedicar esse capítulo e essa pouca vergonha a minha gatinha Melina_Nascimento que implora por spoiler quase todos os dias, te amo.

I can't break [l.s]Onde histórias criam vida. Descubra agora