Flirtations

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Já tinham se passado duas semanas desde o dia em que o Louis dormiu aqui e que tivemos um café da manhã incrível.

Desde esse dia, durante essas duas semanas passei sem vê-lo. Apenas algumas mensagens de texto que consistia em "Oi tudo bem?", "Olá sim estou bem, e você?", "Estou bem também, obrigado por perguntar", e só. Ele encomendou mais 20 colares e eu tinha deixado em sua porta a semana passada e assim segui com minha vida.

Todos os dias eu colocava minha mesinha para fora e vendia os meus colares. No início dess semana fiz uma chamada de vídeo com papai e Gemma, onde contei tudo o que havia acontecido comigo ocultando as cartas de mamãe. Eles ficaram um pouco tristes e chateados só estarem sabendo disso agora, e Gemma até quis voltar para minha casa para me ajudar. Mas eu disse que estava me virando perfeitamente sozinho e eles me ouviram falar sobre como minhas vendas estavam indo.

Conversamos sobre como estavam as coisas no Brasil, e Gemma contou que estava conversando com uma brasileira linda e que estava tentando cadastrar o nosso pai em um site de relacionamento.

Quando Gemma me perguntou se eu não havia conhecido alguém novo e que já estava na hora de tirar as teias de aranha que existiam no meu rabo, não sei exatamente o porquê mas eu pensei naquele exato momento no Louis. O que me levou a ficar mais vermelho que um pimentão, e claro que Gemma não iria deixar passar batido. Logo se levantando pulando em volta de papai e cantando irritantemente em alto e bom som "Harry tem um namorado!! Harry vai dar o Rabo!!". O que me levou desligar chamada de vídeo na cara dela.
Como o papai estava também na ligação, logo mandei uma mensagem de texto pedindo desculpa falando que ligaria para ele depois.

Hoje havia alguma coisa acontecendo, que até então eu não saberia dizer o que era. Era como se fosse uma sensação de vazio e olha que eu já tinha tentado preencher. Já tinha almoçado, comido um docinho, tomando sorvete, e nada. Coloquei até alguns funks para ver se me animava e absolutamente nada.

Sempre gostei de domingos, mas hoje especialmente estava achando irritante. Até aquele momento, porque um certo vizinho de olhos da cor do mar que eu tanto pensava ultimamente, havia acabado de me mandar uma mensagem.

Vizinho: Harry?

Eu: Oii

Vizinho: Posso te fazer uma pergunta?

Eu: Sim, claro

Vizinho: Você foi feito com velas, mel, fitinhas vermelhas e rosas?

Eu: Não entendi

Vizinho: Só quero saber se você foi feito com velas, mel, fitinhas vermelhas e rosas...

Eu: Olha, velas, fitinhas vermelhas e rosas não sei. Mas o mel talvez, te falei que meu pai conheceu a minha mãe em período de carnaval né ? Nesse período é uma melequeira só, então talvez tenha tido um resquício aqui ou ali de mel.

Vizinho: Você não está me ajudando...

Eu: Como assim? Não entendi

Vizinho: TÔ TENTANDO FLERTAR COM VOCÊ!!!

O QUÊ?????

Eu: O quê???

Vizinho: De brincadeirinha, vamos lá, me ajude com isso...

Eu: Ahh, sim.. Então vamos lá, repita a pergunta.

Vizinho: Você foi feito com velas, mel, fitinhas vermelhas e rosas?

Eu: Não, porquê?

Vizinho: Porque eu te achei uma simpatia ;)

Assim que eu vi a mensagem soltei um HA bem alto e logo tampei a boca com a mão com força. De forma alguma eu iria rir com aquilo, eu tenho sangue brasileiro em minhas veias. Eu tenho o mau caratismo nato e ele vai aprender a flertar da maneira certa comigo. De brincadeirinha é claro...

Eu: Isso é o que você chama de flerte?

Vizinho: Eu sei que você gostou, tenho certeza que ouvi um riso seu daqui

Eu: Você certamente está ouvindo coisas!!! Eu irei te mostrar como se flerta :)

Vizinho: Fique a vontade

Nesse momento eu tive uma ideia, mas eu não estava com tanta coragem assim. Ir até a casa dele para flertar de brincadeirinha...

Vizinho: Amarelou Harry? Ou tá pesquisando cantadas no google? Talvez você não seja tão bom assim em flertar...

Pois agora ele vai ver só, eu sou o rei do flete. Sei dar em cima muito bem. Me levantei do sofá e fui bater em sua porta, demorou uns dois minutos para o Louis abrir. Ele estava surpreso. Isso era bom...

- Harr...- Eu interrompi ele antes de me perguntar o que eu estava fazendo lá.

- A pressa é sua inimiga?

- Não, porque?

- Ouvi dizer que a pressa é inimiga da perfeição.

Ele deu uma gargalhada, o filho da puta tava rindo da minha cara. Ok que era uma risada gostosa, e ele ficava lindo com as ruguinhas que aparecia em seus olhos quando ele ria, mas mesmo assim. Eu não iria parar até no mínimo ele corar.

- Talvez você devesse melhor... - O interrompi de novo.

- Se eu falasse pra você que sou um papelzinho, você me daria uns amassos?

- Sendo papel ou não, sim.

- O quê?

- O quê?

- Nada.- O tiro saindo pela culatra...

- Você não quer... Entrar? - O filho da puta fala com um sorriso sacana.

- Na verdade eu ia sair hoje... - Eu vi que o olhar dele vacilou um pouco, e pela segunda vez no dia, eu tive uma ideia envolvendo esse homem muito bonito de moletom. - Se você quiser me acompanhar, se não for fazer nada...

- Não, tudo bem. Eu te acompanho. - Ele disse voltando a sorrir. - Certo, então... Para onde vamos?

- Um lugar.

- Não posso saber agora?

- Prefiro contar no local.

- Você não vai me sequestrar e depois me matar, vai?

- Seria um problema pra você?

- Envolveria algema? Cordas?

- Talvez...

- Então definitivamente não seria um problema para mim.

- Então infelizmente terei que acabar com sua fantasia, pois não é um sequestro seguido de morte.

- Poxa, eu estava de fato contando com isso. - Ele diz com uma carinha fingida de triste. Sonso.

- Eu vou pra casa me trocar e volto para gente ir.

- Vou entrar e me trocar também.

- Certo, até já então...

- Até...

E com um sorriso nos lábios eu voltei pra casa para me trocar. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, eu iria levar ele em um dos lugares mais íntimos e importantes para mim. Eu sei que ele já conhece uma parte grande de mim, talvez não fosse tão mal ele conhecer mais um pouco de mim. Espero muito que ele goste.

I can't break [l.s]Onde histórias criam vida. Descubra agora