Walls

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(ainda na versão do Harry)

Três semanas haviam se passado desde que convidei o Louis a ficar, a ter algo. Algo comigo, vale ressaltar. Eu não sabia no que isso daria, mas estava disposto a descobrir. Louis é o tipo de pessoa que vale a pena correr o risco, seja o risco sendo de me magoar, ou me perder profundamente nele.

Acompanhar a vida com ele me deixava de certa forma mais leve, mais confiante, era quase um calmante. Chegava a ser absurdo a forma em que ele me tranquilizava, com toques, com olhares intensos, com uma voz terna, ou até mesmo o seu cheiro que eu tanto gostava e poderia reconhecer de longe.

Ele me deixava nas nuvens, era meu paraíso particular. Mas ao mesmo tempo, era assustador a forma em que eu corria pra ele. Em alguns momentos eu pensava em quão dependente estava me tornando dele. Em como eu corria pra ele surtando sobre algo do meu dia. Nesses momentos, ele parecia advinhar pois logo me dava um espaço com uma desculpa de que precisava cuidar de um rato na casa dele.

É ridícula essa desculpa, mas eu entendo que é a forma dele de me dar o espaço sem me deixar desconfortável.

Estávamos nos ajustando, ele cedia de um lado, eu cedia de outro, e íamos seguindo dia após dia.

Nós nos juntamos as vezes no lençol no meu quintal, virou uma coisa nossa. Eu não queria pensar muito no que isso significava, eu sabia se eu concretizasse essa ideia na minha cabeça eu surtaria. Então eu agia sem pensar muito, chamava Louis em cima da hora, e ele sempre aparecia. Nós conversavamos sobre o trabalho dele, sobre meus amigos, e as vezes, raramente na verdade, falávamos sobre a família dele.

Louis falava sobre a mãe e as irmãs, nunca falou do pai. Nunca perguntei, tinha uma sensação que deveria ser um assunto delicado. Quando ele quisesse falar sobre, ele sabe que poderia.

A cada dia que passava eu me sentia mais confortável na sua presença. Não que antes eu não ficava, agora era diferente. Parecia certo. O seu braço tinha aquela sensação gostosa de casa.

Ele aparentemente gostava de me ouvir falar sobre novas histórias que eu me aventurava lendo, as vezes ele pedia para ler pra ele. Eu achava aquilo estranho, nunca li pra ninguém. E quando ele me pediu com aqueles olhos que parecia um mar imenso eu não pude negar.

Ele também gostava de me ouvir cantar, por mais que ele não entendia nada. No começo pra irritar eu tive a ideia cantar em português, depois de um tempo ele pareceu não se importar mais com isso, então eu continuei cantando.

Dessa forma eu consegui falar tantas coisas pra ele e ele não tem ideia disso. Talvez um dia eu consiga, mas por agora eu acho que está ótimo do jeito que está.

Se tem uma coisa que realmente estava ocupando um triplex na minha cabeça, era o fato que sempre éramos interrompidos em um momento inoportuno. E isso era constantemente, eu estava praticamente subindo pelas paredes. E ele sabia disso e parecia se aproveitar e se divertir bastante as minhas custas.

Como em uma noite em que estávamos no sofá, e eu com toda minha coragem no corpo subi em seu colo e me esfreguei desavergonhadamente no seu colo. Louis passava as mãos nos meus cabelos e indo até minha bunda me reposicionando estrategicamente em cima do seu pau.

Me sentindo completamente excitado, com todos os pelinhos do meu corpo arrepiados, fui em busca da felicidade. Deslizei minha mão passando por seu peito, sua barriga e achando o botão da sua calça e a puxando, e antes que pudesse descer o zíper fomos interrompidos pela porta que foi aberta sem aviso prévio.

Pulei pro lado dele automaticamente e dei um olhar raivoso para porta a fim de saber quem era o empata foda, e sinceramente, se eu não amasse muito o Niall e o Dylan, eles com certeza iriam conhecer Deus mais cedo.

I can't break [l.s]Onde histórias criam vida. Descubra agora