Breath

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Acordei no dia seguinte com uma certa dor de cabeça. Era até suportável, achei que estaria pior do que realmente estava.

Antes que eu pudesse processar qualquer outra informação, lembranças invadiram minha mente. Lembranças das mãos de Louis sobre meu corpo, da boca dele sobre a minha. E só com aquilo acabei ficando quente com as recordações que vinham sobre mim.

Me dando conta de onde eu estava, olhei ao redor do quarto para tentar achar o Louis, e ouvi alguns barulhos vindo do andar de baixo, acabei concluindo que ele estava tomando café.

Ótimo, isso me daria alguns minutos para organizar os meus pensamentos para encarar ele.

Tudo bem, eu bebi, eu beijei ele, a gente se beijou, beijou muito, e que beijo incrível. Na lógica, beijar na boca é uma coisa totalmente estranha, enfiar a língua na boca de outra pessoa. Mas quando a boca do Louis encontrou a minha, a coisa pareceu fluir perfeitamente, o encaixe foi perfeito.

Foco Harry!

E aí que nos beijamos, repeti esse ponto porque é um ponto importante. E depois dormimos juntos, pela segunda vez... E tava tudo bem, ele pediu, e eu concordei, porque eu quis.

Respirei fundo esperando algum sentimento ruim se apossar do meu corpo, e nada... Absolutamente nada, então deveria ser um bom sinal. Decidi não pensar muito sobre, ou então eu acabaria entrando em um looping infinito de pensamentos deprimentes e eu não queria estragar toda a áurea boa que estava em minha volta.

Sobre o que eu estava sentindo pelo Louis. Aquilo ali era uma verdadeira interrogação, claramente eu queria beijar ele, muitas vezes, inclusive agora mesmo. Mas era complicado demais, e eu não sei se estou preparado para me jogar de cabeça em um relacionamento sem certeza de nada, e acabar com nossa amizade assim. Eu gosto dele. Da amizade dele, no caso.

Então seria isso, eu quero ele como amigo. Mas, se ele quisesse continuar me beijando eu realmente não me oporia.

Mas eu também não queria ser injusto, eu não poderia pensar só no meu lado. Então, eu irei perguntar pra ele se ele está de acordo com o que eu tenho em mente.

E parecendo advinhar meus pensamentos, Louis abre a porta do quarto lentamente e entra com uma bandeja. Ele olha pra cama como se torcesse para que eu tivesse ainda dormindo, e como me vê deitado e olhando pra ele, ele da um sorriso tímido e com um biquinho nos lábios ele vem até a cama deixando a bandeja no meio de nós e senta do lado em que ele dormiu.

Na bandeja estavam  alguns pães de queijo, suco, café, algumas frutas, e alguns docinhos. Estava tudo tão caprichado, Louis parecia ter feito com tanto carinho.

Eu já ia abrir minha boca mas lembrei de algo, então fiz com a mão para que ele esperasse um pouco. Fui até o banheiro colocando um pouco de pasta no meu dedo e levando até os dentes, esfregando um pouco, e depois cuspindo na pia.

Voltando ao quarto encontro Louis com a cabeça um pouco inclinada para a esquerda, com uma sobrancelha arqueada e com a maior cara de interrogação. Adorável!

- Bom dia, dei uma improvisada e escovei os dentes. - Falei fazendo aspas com os dedos.

- Bom dia, se você tivesse me falado que iria escovar os dentes - ele fez aspas com os dedos também - Eu teria te falado que sempre tenho uma escova a mais que deixo guardado para algum imprevisto.

- Imprevisto ou visita? - falei sorrindo de lado - Tudo bem, agora já foi. Mas me fala, e esse café da manhã? Não vai comer comigo?

- Já comi enquanto preparava seu café da manhã, mas eu planejava roubar algumas coisinhas que coloquei aí.

I can't break [l.s]Onde histórias criam vida. Descubra agora