Capítulo dezoito

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Já estava quase noite e recusar todas as ligações de Derek e os rapazes foi o que fiz o dia todo.

Me olho no retrovisor e me vejo com a cara tão inchada que parece que fui picada por abelhas. No meio disso tudo, Charlie me respondeu que também estava precisando de uma noite nossa mas nesse momento o que eu quero é me enrolar na cama e ficar parada.

Pensando bem, eu não vou ficar deitada dormindo e chorando por alguém que não merece. Dou uma manobra voltando para o bar da Jane. Eu quero beber como uma louca, quero pular e dançar até esquecer qual é o meu nome. Eu quero ficar anestesiada pelo álcool, diria até que ir para o pub de Smith não seria uma má ideia mas não quero mais confusões.

— Jane, eu quero tudo que for forte nesse bar.

A mulher ao me ver, sai do bar vindo ao meu encontro. Estava assustada e segura meu rosto.

— Onde você estava?! Aqueles resmungões estão atrás de você.

— Acabei de chegar.

— Tyler disse que el..— interrompo.

— Não quero falar sobre isso, só me dê muito álcool.

— Tudo bem. Vou respeitar sua vontade.

— Jane, esse lugar já foi mais animado. Ligue uma música..— me olha. — Por favor.

— Sua vontade é uma ordem, Melanie Parker.

As doses mesmo descendo rasgando é como se fossem água. Com o ritmo da música começo a me mexer, mesmo sendo a única do bar a fazer isso.
Já perdi a conta de quantas doses tomei mas é ótimo sentir o buraco do meu peito tampar.

— A garrafa, por favor.

— Melanie..

— Por favor! — minha voz sai mais alta do que eu queria.

Tomo diretamente da garrafa e começo a me mexer por todo lado.

— Vamos pessoal! — grito com um sorriso nos lábios.

Alguns me olham me julgando pelo olhar mas tem aqueles que adoram a ideia. Acho que acabo de fazer o bar da Jane virar uma discoteca.

Cada gole na garrafa me sinto melhor, me sinto leve e sem dor. Me sinto até alguém que eu nunca fui.

Vejo uma mesa me olharem atravessado e sorrirem debochando mas prefiro fingir que nada aconteceu para não acabar em confusão.

De olhos fechados, danço e bebo. Aqui com certeza é melhor do que a minha casa.

Abro os meus olhos por sentir me segurarem.

— Droga! Onde você estava? — sorrio.

— Ah, meu amor, aqui. — me solto e volto a dançar.

— Você está bêbada?

— Claro que não! Pareço estar?

— Ah, loirinha..— puxa-me para seus braços. — Eu pensei que alguma coisa tinha acontecido com você.

— Eu estou bem, moreninho. — sorrio. — Vamos dançar?!

— Chega de dança por hoje. Vamos para casa. — pega a vodka da minha mão.

— Você já foi mais divertido, Derek Blake.  — deixa a bebida na mesa.

— Agora eu sou o chato mas depois vai me agradecer. — me pega no colo.

— O que está fazendo? — sorri de lado.

— Levando a minha garota para casa.

— Eu não quero ir!

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