Capítulo vinte e oito

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Seus olhos não desgrudam do meu, ainda a espera de uma resposta.

— Bater um papo.

Mesmo assustada, quero demonstrar minha tranquilidade.

— Ah, bater um papo?! — sorri friamente. — Vamos sair daqui agora.

Segura meu braço mas me solto.

— Eu não vou sair daqui!

Sua impaciência faz com que passe a mão irritada no rosto.

— Melanie, não deixe com que eu a leve no colo.

— Não queria que eu visse a sua casinha do terror? O lugar que acaba com a vida das pessoas?!

— Eu não quero que envolva nos meus trabalhos! Você vai sair daqui comigo agora.

Seu olhar é duro sobre mim. Mal pisca e ao mesmo tempo tenta ficar no controle.

— Melanie, por favor não me deixe ou eles vão me matar. — Derek sorri de lado.

— Ainda sou obrigado a escutar isso?! Esqueceu do que aconteceu e já viraram amigos?

— Eu precisei vir. Não somos amigos mas apenas ele poderia me responder algumas coisas.

— Eu não quero você aqui! — me segura novamente pelo braço.

Dessa vez me deixo ser levada até o lado de fora. Mesmo sabendo o que está acontecendo os homens continuamos intactos sem nos olhar.

— Você não me disse tudo e eu tive que vir.

— Porra! Eu não quero que se meta nas minhas coisas.

— Virou minhas coisas quando envolve os meus pais.

— Do que está falando?

Agora sim tenho uma atenção diferente, parece estar mais calmo.

— Meu pai recebeu um bilhete dizendo para achá-lo ou algo iria acontecer comigo.

— O que?

— Alguém está fazendo isso e sinto que não é Andrew. Não poderia.

— Eu vou acabar com esse filho da puta até ele me dizer. — Derek faz menção para ir até a casa mas coloco minhas mãos em seu peito impedindo.

— Por favor, não!

Me olha como se eu acabasse de dizer que acredito em duendes e fadas.

— O que?

— Ele não sabe, Derek. Chega de torturas.

— Eu te amo como minha namorada e mulher da minha vida mas aqui é o meu trabalho e as regras quem decide sou eu.

— Dane-se! Foda-se se é o que prefere escutar! Não quero que mais vida esteja em suas mãos.

— Eu faço o que for preciso para conseguir o que quero.

— Ele não sabe de nada.

— Eu ainda não acredito.

— Pelo amor, não seja um mon..— paro de dizer.

— Monstro?! — sorri. — Eu sou um monstro!

— Talvez só agora eu esteja vendo isso.

— Epa!! — escuto a voz de Enzo mas nenhum de nós o olhamos. — Vocês estão alterados e vão dizer coisas que vão se arrepender.

— A leve daqui! — diz ainda me olhando.

— Eu não vou!

— Ah, você vai! Aqui não é um lugar para você. — olha para seus homens. — Fiquem cientes que ela não vai entrar aqui sem minha permissão e quem deixar, sofrerá as consequências.

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